Crucificação

“SOLTARAM-ME E escolheram-No. Depois Ele subiu, e eu cai. E fizeram Dele uma vítima e um sacrifício para a Páscoa. Fui libertado de minhas correntes, e caminhei com a multidão atrás Dele, mas eu era um homem vivo seguindo para minha própria sepultura.

Quando O pregaram em Sua cruz, eu estava lá.

Via e ouvia, mas parecia-me que eu estava fora do meu próprio corpo. O ladrão que crucificaram à Sua direita disse-lhe: “Estás sangrando comigo, mesmo tu, Jesus de Nazaré?”

E Jesus respondeu e disse: “Não fosse por este prego que segura minha mão, eu me estenderia e apertaria tua mão.

“Fomos crucificados juntos. Oxalá tivessem erguido tua cruz mais perto da minha.” Depois, olhou para baixo e fitou Sua mãe e um jovem que estava de pé ao lado dela. E disse: “Mãe, olha teu filho de pé ao teu lado. “Mulher, olha um homem que levará esta gotas do meu sangue ao País do Norte.”

E quando ouviu as lamentações das mulheres da Galileia, disse: “Vede, elas choram e eu tenho sede.

“Estou preso alto demais para alcançar suas lágrimas. “Não tomarei vinagre e fel para aplacar esta sede.”

Depois, seus olhos se abriram largamente para o céu, e Ele disse: “Pai, por que nos abandonaste?” E depois disse com compaixão: “Pai, perdoai-lhes por que não sabem o que fazem.”

Quando pronunciou estas palavras, pareceu-me ver todos os homens prostrados diante de Deus, implorando perdão pela crucificação desse único homem. Depois, Ele disse novamente em alta voz: “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito.” E por fim ergueu a cabeça e disse: “Agora tudo está ter minado, mas apenas sobre este monte.” E fechou os olhos.

Então, relâmpagos rasgaram os céus escuros, e ouviu-se um grande trovão.

Sei agora que aqueles que O mataram em meu lugar provocaram meu tormento interminável. Sua crucificação não durou mais do que uma hora. Mas eu serei crucificado até o fim de meus anos.”

GIBRAN, Gibran Khalil.  Jesus, o Filho do Homem. Tradução: Mansour Challita. Associação Cultural Internacional Gibran, 1973, pág. 161-162.

De Viver e de Ser

“MEU AMIGO, tu, como todos os romanos, sabes melhor conceber a vida do que vivê-la. E antes governarias terras do que te deixarias governar pelo espírito.

Vós, romanos, preferis conquistar raças e ser por elas amaldiçoados a permanecer em Roma e ser abençoados e felizes. Não pensais senão em exércitos em marcha e em navios lançados ao mar.

Como podereis, então, compreender Jesus de Nazaré, um homem simples e isolado que veio, sem armas nem navios, estabelecer um reino no coração e um império nos espaços livres da alma?

“Como compreendereis esse homem que não era um guerreiro, mas veio com a força do poderoso éter?

Ele não era um deus, era um homem como nós outros; mas Nele, a mirra da terra subia para encontrar o incenso do céu; e em Suas palavras, nosso balbucio abraçava o murmúrio do invisível; e em Sua voz, ouvíamos uma canção insondável.

Sim, Jesus era um homem e não um deus, e aí está nosso deslumbramento e nosso assombro. Mas vós, romanos, não vos maravilhais senão com os deuses, e nenhum homem vos assombra. Por isto, não com prendeis o Nazareno.

Ele pertencia à juventude da mente, e vós pertenceis à sua idade avançada.”

GIBRAN, Gibran Khalil.  Jesus, o Filho do Homem. Tradução: Mansour Challita. Associação Cultural Internacional Gibran, 1973, pág. 98.

Homem do Sudário

“Em 1902, Yves Delage, professor de anatomia comparada na Sorbonne e agnóstico convicto, procedeu a um estudo detalhado da figura do Sudário, e ficou impressionado com as coincidências que notou com o que os Evangelhos nos relatam. Apesar do escândalo que iria suscitar, declarou que o homem do Sudário não podia ser outro senão o Jesus Cristo histórico do Novo Testamento.

(…)

A figura é a de um homem com barba, de aproximadamente 1,80 de altura. O pano foi dobrado sobre a sua fronte, passando por cima da cabeça, e colocado entre as costas e uma superfície plana, formando uma imagem que mostra simultaneamente a frente e as costas por inteiro. Calcula-se que a idade do homem se situa entre os 30 e os 35 anos. Possui boa constituição física e é musculoso – um homem habitua do ao trabalho manual.

(…)

A barba, o cabelo e os traços faciais coincidem com os verificados no grupo racial judeu ou semita, fácil de encontrar ainda hoje, sobretudo entre pastores judeus e nobres árabes.”

ESPINOSA, Jaime. O Santo Sudário. São Paulo: Quadrante, 2017, pág. 25-26.

Lição de Vida Renovada

“O herói morreu como homem moderno; mas, como homem eterno aperfeiçoado, não específico e universal-, renasceu. Sua segunda e solene tarefa e façanha é, por conseguinte (como o declara Toynbee e como o indicam todas as mitologias da humanidade), retornar ao nosso meio, transfigurado, e ensinar a lição de vida renovada que aprendeu.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 28.

Princípio de Gênero em desequilíbrio

“Nas sinagogas, locais de reunião da classe dominante dos hebreus, a separação de classes era estritamente observada, sendo as mulheres consideradas incapazes, quanto a exercer qualquer posição na igreja. Esta atitude para com as mulheres está retratada em muitas passagens da liturgia judaica usada nas sinagogas, quando a ação de graças é expressa da seguinte forma: “Bendito sejas, meu Senhor e meu Deus, que não me fizeste mulher.” As mulheres eram consideradas criaturas sem alma, não podiam desenvolver qualquer grau de espiritualidade, sendo, portanto, incapazes de se tornarem angelicais. É sempre interessante, para os ocidentais que viajam pelos países do Oriente, verificar que todas as estatuas de anjos são do sexo masculino. Esta ideia da mulher sem alma se manteve em todas as línguas latinas, nas quais a palavra “anjo” é sempre masculina. Nenhum rabino se permitiria conversar com uma mulher sobre problemas religiosos, nem discutir com ela qualquer assunto espiritual.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 45.

Novo Homem, Novas Percepções, Nova Ciência

“(…) com a utilização de novas faculdades, já em via de expressão atuante, esses novos sentidos utilizados como instrumentos do conhecimento, firmar-se-ia um novo e mais amplo contexto científico, em que uma ciência bem mais avançada – a que chamamos esotérico-espiritual – apresentará meios e critérios seguros para estudar, analisar, conceituar e compreender o que vimos chamando HIPERESPAÇO e HIPERTEMPO.”

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág. 87.

Visão de Vida Elevada

“Ora, nessa ordem de raciocínio que, como visto, se exerce sobre bases cientificas, resultaria que esses éteres espacial e hiperespacial coexistiriam em qualquer ponto do universo em que nos contemos.

Ainda mais! Se o ser consciente e operante, o próprio homem ou qualquer humanoide ou não, que seja realizado ou super-realizado de uma evolução maior, dominar esse ambiente hiperespacial, quem ou qual de nós poderia marcar limites para o que possa ocorrer no sentido da manifestação da vida ou das alturas do psiquismo, do espírito e do poder, agora em tão elevado nível dessa possível existência do ser?!…”

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág. 77.

Deuses

“(…) Os Deuses, tão elevados na escada da existência estão eles, pois que a sua existência, inteligência e poder são semelhantes aos atribuídos pelas raças de homens às suas concepções da Divindade. Estes Entes estão ainda além dos mais elevados voos da imaginação humana, e o epiteto Divino é o único que lhes é aplicável. Muitos destes Entes como também as Hostes Angélicas toma muito interesse nos negócios do Universo e têm uma parte importante neles. Estas Invisíveis Divindades e Anjos Protetores estendem a sua influência livre e poderosamente no processo da Evolução e do Progresso Cósmico. A sua ocasional intervenção e assistência nos negócios humanos criou as muitas conhecimentos lendas, crenças, religiões e tradições da raça passada e presente Eles muitas vezes impuseram ao mundo os seus conhecimentos e poderes conforme a Lei do TODO.”

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 76.

Questão de Vibração

“Deveis lembrar-vos agora que os Três Grandes Planos não são as divisões atuais dos fenômenos do Universo, mas simplesmente termos arbitrários empregados pelos hermetistas para facilitar o pensamento e o estudo dos vários graus e formas da atividade e da vida universal. O átomo de matéria, a unidade de força, a mente do homem e a existência do arcanjo são graus de uma escala, e fundamentalmente a mesma coisa, a diferença sendo simplesmente uma questão de grau e coeficiente de vibração; todas são criações do TODO, e só têm sua existência na Infinita Mente do TODO.”

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 69.

O Ego Divino

“A precedente ilustração da meditação e do subsequente despertamento da meditação do TODO é mais um esforço dos Instrutores para descrever o processo Infinito por um exemplo finito. E, ainda: O que está em cima é como o que está em baixo, e o que está embaixo é como o que está em cima. A diferença é somente em grau. E assim como o TODO desperta-se da meditação sobre o Universo, assim o Homem (no tempo) cessa de manifestar no Plano Material, e retira-se cada vez mais no Espírito presente, que é realmente O Ego Divino.”

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 63.