“Dirigimo-nos como seres humanos a seres humanos: recordai-vos da vossa humanidade e esquecei todo o resto.”
FREUD, Sigmund. Porquê a Guerra? – Reflexões sobre o destino do mundo, Ed. Edições 70, 2019, pág.16.
Prefácio
“Dirigimo-nos como seres humanos a seres humanos: recordai-vos da vossa humanidade e esquecei todo o resto.”
FREUD, Sigmund. Porquê a Guerra? – Reflexões sobre o destino do mundo, Ed. Edições 70, 2019, pág.16.
Prefácio
“O homem Jesus enfrentou tentações, chorou, sofreu como qualquer ser humano; mas exercitou sua vontade de maneira suprema para suplantar o mal e a ilusão de sua natureza material, e finalmente alcançou a vitória.
(…)
Pelo que convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo. (…) (Hebreus 2:16-18). Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hebreus 4:15).
(…)
O encontro do homem comum com “o Tentador” se dá principalmente como ideias subjetivas que o seduzem sutilmente através de maus hábitos pré e pós-natais e da provocadora atração de seu ambiente material.
Grandes mestres que se aproximam da libertação final podem distintamente ver distintamente Satã e suas legiões de maus espíritos assumirem formas personificadas para armar uma decisiva resistência contra a libertação desses mestres no Espírito.”
YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 177.
Capítulo 8: A Tentação de Jesus no deserto.
“Durante sua existência terrena, uma pessoa comum está consciente apenas do corpo, o qual, movendo-se de um lugar para outro, contempla no estado de vigília diferentes porções do espaço circunscrito pela matéria. Entretanto, mesmo um indivíduo comum sente durante o estado de sono o poder superior da mente atuando em sonhos, livre das restrições impostas pelas leis usuais da física; e percebe também, durante o estado de sono profundo sem sonhos, uma limitada esfera da calma alegria da alma. Por outro lado, uma pessoa crística, mesmo durante a existência terrena, não apenas vê, através dos olhos físicos, limitadas porções do espaço, como também contempla, através do olho espiritual da intuição, a totalidade do cosmos manifestado, iluminado pela luz astral e pela Consciência Crística, com todos os planetas e estrelas cintilando como pirilampos na incomensurável vastidão do espaço-tempo.
(…)
Deus-Pai não está limitado à infinitude transcendente; Ele está simultaneamente consciente do vazio eterno além do cosmos manifestado e de cada átomo e força vibratória do universo.
A Consciência Cósmica ou Deus-Pai existe em estado puro além de toda a criação e, de maneira oculta, como a Consciência Crística presente em toda a criação. A fim de manifestar a criação, o Espírito Se divide em Pai Criador, que transcende a criação; Filho ou Consciência Crística, que se reflete na criação; e Vibração Cósmica ou Espírito Santo, a substância da criação. Uma vez que Deus Se dividiu nesses três aspectos, e também no cosmos e em todas as Suas criaturas, os seres humanos que procuram unificar-se novamente com Ele têm primeiro que ascender, por meio da meditação, da consciência de pluralidade para a consciência da trindade: Espírito Santo, Consciência Crística e Deus-Pai. Depois disso, o devoto precisa alcançar a percepção final da trindade ou manifestação triuna de Deus como o Único Espírito Absoluto: a onipresente Bem-aventurança sempre-existente, sempre-consciente e sempre-nova.”
YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 413-414.
Capítulo 74: A crucificação.
“O aspecto humano de Jesus não desmerece sua grandeza; ao contrário, o enaltece perante os olhos humanos. Além disso, infunde nos corações frágeis a esperança de que, por meio do exercício pleno da força de vontade sobre o corpo e suas tentações, o homem pode vencer a carne e, tal como Jesus, elevar-se desde a condição humana até o plano divino.
(…) Nesse caso, as palavras de Jesus “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” teriam sido hipocrisia ou encenação absurda. Se Jesus fosse Deus, como poderia sentir-se separado Dele mesmo?
Um Jesus verdadeiramente humano e divino que se debate contra as torturas e as tentações da carne, e que por força do poder da alma alcance a vitória sobre elas e a herança da vida eterna, é uma grande fonte de inspiração e de confiança para os frágeis seres humanos sujeitos a severas tentações.
(…) Seria fácil para um deus imortal, dotado de um corpo mas não afetado por ele, desempenhar um papel de sofrimento, perdão e crucificação; porém é extraordinariamente difícil para um simples ser humano vencer o ódio dos demais com o amor e aceitar e suportar que crucifiquem seu corpo injustificadamente.”
YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 406-407.
Capítulo 74: A crucificação.
“Mesmo com toda a sabedoria e o autocontrole de sua natureza divina, a natureza humana encarnada de Jesus foi temporariamente atormentada pela ilusão do sofrimento aterrador que ele estava prestes a enfrentar com sua crucificação.
Em Yoga Sutras II:3, o grande iogue Patânjali enumera cinco tipos de “problema” (klesha) inerentes a todo ser encarnado: avidya (ignorância, a ilusão individual), asmita (ego, o estado em que a alma se encontra identificada com o corpo), raga (apego, a atração por aquilo que gostamos), dvesha (aversão, sentimento de desagrado) e abhinivesha (apego ao corpo). Jesus teve que superar a natureza humana do ego limitada pelo corpo, a ilusão relativa aos terríveis acontecimentos que o aguardavam, o apego a seus discípulos e seu amor por servir àqueles que buscavam ajuda, a natural aversão humana ao sofrimento do corpo e, por último, o temor psicológico primordial que acompanha a perspectiva da morte. “
YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 361-362.
Capítulo 73: A agonia de Jesus no jardim de Getsêmani e sua prisão.
“(Mateus 21:18-22) (…)
No incidente da figueira desafortunada encontramos um desafiante contraste entre o humano e o divino, manifestando-se simultaneamente em um homem: a reação humana diante de um desapontamento, exteriorizando-se na forma de poder divino. (…) A vontade e a força vital presentes no corpo de Jesus, estando em sintonia com a Vontade Cósmica e a Vida Cósmica, simplesmente retiraram da figueira a vida e a vontade que até então a sustentavam. Assim como um engenheiro eletricista que tenha acesso a todos os interruptores do dínamo principal que controla as luzes de uma cidade pode conectar ou desconectar à vontade uma ou todas as lâmpadas, também Jesus, em sua unidade com o Engenheiro Eletricista Cósmico, podia acender a vida na extinta lâmpada do corpo inerte de Lázaro ou desconectar a vida que circulava na figueira.
(…)
A onipotência de Deus pertence ao homem contanto que ele abandone a ilusão e, por meio da meditação, eleve sua consciência do corpo até à união com o perfeito reflexo de Deus presente dentro de si. Segundo as escrituras hindus, aquele que conhece o Espírito torna-se o Espírito. Jesus demonstrou essa união com o Espírito pelo domínio sobre todas as coisas que resultava da sua unidade com o Espírito.
(…) Jesus falou do poder da fé – não da fé cega, mas da convicção perfeita que surge da realização divina e do comando pessoal de grandes leis metafísicas que têm o poder de mover montanhas e de conceder tudo o que se pede em oração.
YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 170-171.
Capítulo 64 : A entrada triunfal em Jerusalém.
“E visto que o conhecestes pessoalmente, podeis informar-nos a tal respeito?
RAMATIS: – Jesus era um homem de estatura alta, porte majestoso, de perfil clássico, hebraico, mas singularmente também possuía alguns traços imponentes de um fidalgo romano. Delicado nas formas físicas, porém, exsudava extraordinária energia à flor da pele, pois naquele organismo vibrátil as forças vivas da Natureza, aliadas a um potencial energético incomum do mundo etéreo-astral, denunciavam profunda atividade mental. A testa era ampla, suavemente alongada e seu rosto triangular, mas cheio de carne, sem rugas ou manchas até os dias da crucificação.
(…)
As criaturas curadas por Jesus diziam que o fulgor de seus olhos penetrava-lhes a medula, qual energia crepitante, transmitindo-lhes misterioso potencial de forças desconhecidas e fazendo eclodir em seus corpos a vitalidade adormecida. Os malfeitores e delinquentes não escondiam o seu terror diante desses mesmos fulgores veementes, que lhes punham a descoberto na alma o cortejo de vícios, pecados e hipocrisias. Raros homens não se prostravam de joelhos, diante de Jesus*, clamando perdão para os seus erros, quando esmagados pelos pecados erguiam-se aterrorizados ante a voz imperiosa que lhes dizia: “Vai e não peques mais.”
*Nota Pessoal: Há 2.000 anos.
(…)
Jesus era dotado de um temperamento sereno e equilibrado no contato com as criaturas humanas, pois embora vivesse sobre profunda tensão espiritual interior, em face do potencial angélico que lhe oprimia a carne, sabia contentar-se e ninguém pode-lhe apontar gestos e atitudes de cólera por sentir-se ofendido ou desatendido. Era um homem excepcional, porém sujeito a todas as necessidades fisiológicas do corpo físico, mas de uma vida regrada inconfundível.”
RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 156-159.
“Se Jesus houvesse casado e constituído um lar, a humanidade só teria lucrado com isso, pois ele então deixaria mais uma lição imorredoura da verdadeira compostura de um chefe de família.
(…)
Mas embora ele tenha da Lei do Senhor, evitado formar um lar, jamais condenou ou menosprezou a agrupamento da família, porquanto sempre advertiu quanto à legalidade e ao fundamento da Lei do Senhor, que assim recomendava: “Crescei a multiplicai-vos!” O sangue humano como vinculo transitório da família terrena, tanto algema as almas que se odeiam, como une as que amam no processo cármico de redenção espiritual.
(…)
O Imenso amor de Jesus pela humanidade é que o afastou do compromisso de constituir um lar. (…) Por isso, ao recomendar a terapêutica do “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”, ele mesmo já havia demonstrado esse amor incondicional, que abrange a Família-humanidade.
Isso era um cunho intrínseco de sua alma, pois aos doze anos de idade já respondia dentro do conceito da família universal.(…) “Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos?” (…) “Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe!”
(…)
Quando, no futuro, as virtudes superiores da alma dominarem os interesses e o egoísmo humanos, então existirá uma só família, a da humanidade terrena. Os homens terão abandonado o amor egoísta e consanguíneo, produto da família transitória para se devotarem definitivamente ao amor de amplitude universal, que consiste em “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.
Independente da recomendação de Jesus, quando aconselha o “abandono” de pai, mãe, irmão e irmã para o seguirem, a verdade é que os membros de cada família humana também não permanecem em definitivo no conjunto doméstico, pois à medida que se desfolha o calendário terrícola, processam-se as separações obrigatórias entre os componentes do mesmo lar.
(…)
Quem ama o próximo como a si mesmo, ama o Cristo e assim desaparece o amor egoísta de casta, raça e de simpatia ancestral da matéria. Em troca surge o “amor espiritual”, que beneficia todos os membros da mesma parentela e se exerce acima de quaisquer interesses da vida humana isolada, pois diz respeito à vida integral do Espirito Eterno.”
RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 151-155.
“Em face do avançado metabolismo espiritual de Jesus e pelo fato de ser um missionário, em vez de alma sob retificação cármica de existências passadas, ele merecia o comando de um organismo da melhor linhagem biológica carnal, proveniente de ancestrais zelosos de sua espécie. Esse organismo carnal, além de tudo, deveria possuir um cérebro físico capaz de resistir sem se desintegrar, quando atuado pelo fabuloso potencial do Espirito de Jesus até o prazo messiânico cronometrado pelo Alto.
(…)
Há muitos séculos os psicólogos siderais já investigavam as linhagens e as gerações judaicas, quanto à sua resistência biológica ancestral, a fim de garantir o êxito do Messias na Terra e proporcionar-lhe um instrumento carnal à altura do seu merecimento e natureza de sua missão. (…) Os últimos remanescentes de Davi não só eram vegetarianos, como avessos às especiarias, tóxicos, condimentos, álcool e vícios que afetam o perfeito equilíbrio da saúde.
(…) O mais exímio motorista não consegue sobrepujar a insuficiência mecânica e a má qualidade do veículo inferior que dirige, embora ele seja um ás do volante.
Sem dúvida, o Espírito de Jesus poderia influir e desenvolver seu corpo carnal sadio e equilibrado por força de sua graduação superior, sem necessidade de seleções genéticas. Mas o fato é que ele mesmo teria dito: “Eu não vim destruir a Lei, mas cumpri-la.” (…) O principal fundamento de sua missão junto à humanidade terrena era o de servir-se das mesmas oportunidades e submeter-se às mesmas leis a que se cingiam os demais homens, a fim de não semear desconfianças capazes de o tornarem um ídolo e não um guia.” Nota pessoal ao parágrafo: Em tudo a condição humana!
RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 106-107.
“Ora, o corpo humano, ao cabo de cerca de trinta horas, começa a deixar sobre os panos que o envolvem uma espécie de pequenos cristais resultantes dos fenômenos que ocorrem no cadáver depois desse tempo, especialmente pela decomposição cadavérica. Mas os especialistas que estudaram o Sudário não encontraram o menor indício desses cristais entre as fibras do tecido. Isto indica que o lençol fúnebre não esteve muitos dias em contato com o corpo sepultado.”
ESPINOSA, Jaime. O Santo Sudário. São Paulo: Quadrante, 2017, pág. 52.