O Despertar do Eu

“Como manifestação preliminar dos poderes que estão entrando em jogo, o sapo, que surgiu como por milagre, pode ser considerado o “arauto”; a crise do seu aparecimento é o “chamado da aventura”. A mensagem do arauto pode ser viver, como ocorre no exemplo em questão, ou, num momento posterior da biografia, morrer. Ele pode anunciar o chamado para algum grande empreendimento histórico, assim como pode marcar a alvorada da iluminação religiosa. Conforme o entende o místico, ele marca aquilo a que se deu o nome de “o despertar do eu”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 60.

Estágios da Iniciação de Jesus

“Durante o tempo de seu ministério público, Jesus passou por quatro estágios antigos e tradicionais de iniciação, esboçados séculos antes por Pitágoras, que foram: 0 primeiro grau de preparação, culminando no sermão da Montanha; o segundo grau de purificação, representado pelas milagrosas curas e demonstrações da terapêutica mística: o terceiro grau de iluminação, manifestado pela volta de Lázaro dentre os mortos; e o quarto grau de visão espiritual, manifestado pela transfiguração.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 220.

Consciência Divina

Em verdade vos digo, quem não nascer da água e do espírito não entrará no Reino de Deus.” Estas palavras estão no livro de João, que teve o cuidado de preservar as declarações místicas de Jesus, sabendo da importância desta parte das mensagens Divinas. A regeneração pela água, o renascimento pelo Batismo e o despertar da Consciência Divina interior pelo Espírito Santo, este era o Caminho para o novo Reino.

(…)

Com a vinda da Consciência Cósmica, com o despertar do Espírito Santo, vem a iluminação da mente, a paz da alma e do corpo, poder para as faculdades mentais, intuição, capacidade de curar e sabedoria para sobrepujar os obstáculos materiais e terrenos que impedem o sucesso e a felicidade.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 217.

A Montanha: Simbologia

“A verdade é que subir a montanha em busca de iluminação é uma frase simbólica e mística, nada tendo a ver com qualquer montanha física, real, ou com altitudes de caráter físico.(…)”

(…)

Subir a montanha, na terminologia mística da Grande Fraternidade Branca e nos escritos místicos dos Avatares e Mestres do passado, significava a elevação do Eu espiritual interior a uma grande altura onde o contato Cósmico, ou Consciência Cósmica, era definido e completo. (…) Sempre que um grande místico ou Mestre do passado tinha de entrar em contato ou em confronto com as fases terrenas, não espirituais da vida e lutar com um problema puramente mundano, ele ia para o vale ou para o deserto e não para o alto da montanha.

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 210-211.

Não Há Iluminação sem Estudo e Preparo

O buscador da Divina refulgência e da Consciência Cósmica que tenta aguardar a chegada do Mestre e o fulgor da Iluminação sem estudo e preparação, sem associar-se àqueles que estão qualificados para auxiliar e orientar, retarda a chegada do grande dia e muitas vezes fecha a porta no Mestre. E este fato que explica a criação de igrejas e a manutenção de fraternidades e sociedades secretas devotadas à preparação espiritual do homem.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 202.

O Mestre Virá Quando o Homem Estiver Preparado

Uma das importantes doutrinas da Grande Fraternidade Branca diz que a iluminação espiritual e a Consciência Cósmica só ocorrem no homem quando ele está preparado. (…) quando uma pessoa estiver pronta para a vinda do Mestre que irá guiá-la e instruí-la sobre as coisas mais elevadas da vida, o Mestre aparecerá. Devemos aqui enfatizar a preparação, que inclui merecimento e sinceridade de propósitos. (…) O merecimento deverá ser alcançado, a preparação deverá estar manifesta e a condição deverá ser fruto do esforço voluntário.

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 201.

Instrução no Monte Carmelo

“Segundo os registros essênios, o jovem José completou Sua instrução oficial no início do outono do Seu décimo terceiro ano de vida. Apesar de Sua precocidade e mente brilhante, não Lhe foi permitido abreviar o período normal de estudo e preparação na Escola dos Profetas, no Carmelo. (…)”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p.162.

A Necessidade do Estudo Para o Entendimento

“(…) Os maiores compositores sem dúvida escreveram suas músicas por inspiração e, segundo eles mesmos disseram, sua música lhes vinha como se fora do Céu; mas esses homens tiveram de ser treinados na técnica de expressar a inspiração que vinha da alma.

Não importa o quão completa e perfeitamente Jesus pudesse ter estado em contato espiritual com a Mente Cósmica e com a Consciência de Deus, Ele teve de passar pelo treinamento, pela educação, e pela prática do uso das palavras e expressão do pensamento que Lhe permitiu dizer as mais belas coisas na mais bela linguagem já falada pelo homem. (…)”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 132.

Contato com a Consciência de Deus

“Podemos presumir com perfeita lógica e raciocínio que, como Filho de Deus ou mensageiro de Deus, Ele era continuamente inspirado e podia, pelo contato imediato com a Consciência de Deus, encontrar ideias iluminadoras que expressava. Mas com a mesma lógica devemos acreditar que Ele precisaria ter recebido educação e treinamento em escolas mundanas, que lhe possibilitariam expressar ideias e pensamentos com palavras, com imagens e em línguas que pudessem ser compreendidas pelos seus ouvintes.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 131-132.

Toda a Força

“Se a condição humana pudesse ser consertada, com certeza o Buda o haveria feito muito tempo atrás. Estou segura de que Madre Teresa ou Mahatma Gandhi teriam decifrado o código. E certamente o Dalai Lama iria se assegurar de que alguma coisa fosse feita. A bondade desconcertante das figuras mais iluminadas da história, tanto do passado quanto do presente, é tal que, apesar de conhecerem a natureza não consertável das coisas, fizeram tudo o que podiam para servir os outros. De fato, elas tentaram com toda a força que tinham.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 108.