Acolhendo Nossa Humanidade

Acomodar tudo”, enquanto prática, significa acolher humanidade em toda a sua glória e confusão. Significa aceitar a beleza, a feiura, a alegria e a dor do mundo – nosso mundo e também todo seu mistério, ambiguidade e contradição. Como viver uma vida com a qual não podemos contar? Como podemos nos deliciar com um pedaço de bolo de chocolate quando uma criança na África tem cólera? Como podemos reconciliar o “eu” e a “iluminação”? Quem pode responder a esse tipo de pergunta? Ninguém pode. O que podemos fazer é acolher seu mistério.

Acomodar tudo é uma prática do coração, uma vez que estamos convidando a vida em vez de rejeitá-la. Essa prática expressa o princípio fundamental da não violência, porque não podemos responsabilizar os outros por nossa felicidade e dor. Não podemos apontar o dedo para o governo e nossa dizer: “É por causa de vocês que minha vida é péssima”. Não podemos objetivar as coisas desse modo quando praticamos. Mas podemos aceitar vida sabendo que cada momento surge em conexão com uma gigantesca e insondável paisagem, da qual somos parte integrante. Somos naturalmente grandes naturalmente infinitos – como todo o resto. ”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 87-88.

Compreensão e Iluminação

A negação retira a consciência do nosso desconforto, buscando a liberação sem levar em conta nossa experiência. Isso soa familiar? O Buda abandonou seu retiro na floresta por ter compreendido que o desenvolvimento espiritual não seria possível por meio da negação do mundo físico, dos pensamentos, das emoções e percepções. Em outras palavras, ele entendeu que atingir a iluminação não será possível se rejeitarmos e negarmos os acontecimentos que são a nossa vida em si.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 65.

Fazenda Rio do Ouro

“Em confronto com as experiências anteriores, vi-me como em estado bem límpido de tranquilidade emocional e mental, amplamente consciente de tudo ao redor, como vivendo uma impressionante abrangência perceptiva e consciencial. Encontrei-me de imediato com Y, sempre a receber-me com seu ar habitual de apoio e simpatia:

– “Você hoje tem condições para contactar com o Comt. YASHAMIL e com ele dialogar.”

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág. 125.

Elevação e Paz Entre os Humanos

Também convém não esquecer que é essa uma obrigação elementar para aqueles que acordaram para o ideal de servir à BONDADE, ao AMOR e à PAZ ENTRE OS HUMANOS, não a paz armada dos bombardeios e destruições inesperadas ou continuas, mar aquela Paz, que um dia, talvez não tão distante, seja a que alcancem os mais humildes dessa difícil evolução terráquea, como os mais responsáveis governantes de nações ou povos. Paz que seja tranquilidade no coração, iluminação na mente, a serviço de uma consciência em expansão, digna, nobre. Essa é a Paz, essa é a FELICIDADE pelas quais é tão positivo, tão elevado para vocês, humanos, trabalhar, trabalhar, trabalhar…”

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág. 82.

Pentecostes

“ Teto, paredes e objetos de uso corriqueiro revelavam-se formados de correntes de força, a emitirem baça claridade.

“(…) Detive-me na contemplação dos companheiros encarnados que agora apareciam mais estreitamente associados entre si, pelos vastos círculos radiantes que lhes nimbavam as cabeças de opalino esplendor.”

“Tive a impressão de fixar, em torno do apagado bloco de massa semiobscura a que se reduzira a mesa, uma coroa de luz solar, formada por dez pontos característicos, salientando-se no centro de cada um deles o semblante espiritual dos amigos em oração.”

“Desse colar de focos dourados alongava-se extensa faixa de luz violeta, que parecia contida numa outra faixa de luz alaranjada, a espraiar-se em tonalidades diversas que, de momento, não pude identificar, uma vez que a minha atenção estava presa ao círculo dos rostos fulgurantes, visivelmente unidos entre si, a maneira de dez pequeninos sóis, imanados uns aos outros. Reparei que sobre cada um deles se ostentava uma auréola de raios quase verticais, fulgentes e móveis, quais se fossem diminutas antenas de ouro fumegante.”

“Sobre essas coroas que se particularizavam, de companheiro companheiro, caíam do alto abundantes jorros de luminosidade estelar que, tocando as cabeças ali irmanadas, pareciam suaves correntes de força a se transformarem em pétalas microscópicas, que se acendiam e apagavam, em miríades de formas delicadas e caprichosas, gravitando, por momentos, ao redor do cérebro em que se produziam, quais satélites de vida breve em torno das fontes vitais que eles davam origens.”

“Custodiando a assembleia, permaneciam os mentores espirituais presentes, cada qual irradiando a luz que ele era própria.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 19-26.

Enriquecer o Pensamento

“Achando-se a mente na base de todas as manifestações mediúnicas, quaisquer que sejam os característicos em que se expressem, é imprescindível enriquecer o pensamento, incorporando-lhe os tesouros morais e culturais, os únicos que nos possibilitam fixar a luz que jorra para nós das esferas mais altas, por meio dos gênios da sabedoria e do amor que supervisionam nossas experiências.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 11-18.

Magia e Mentalização

“Imagine uma luz branca brilhante vinda de cima e entrando em seu corpo pelo topo da cabeça. Sinta-a se espalhar pelo seu corpo inteiro e então direcione-a para o seu braço. Concentre todas as suas energias para enviá-la para o seu braço, pelo dedo e para dentro da água.”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 74.

Imortalidade

“A busca da imortalidade física procede de uma incompreensão do ensinamento tradicional. (…) Conhecer a eternidade é iluminar-se; não reconhecer a eternidade produz a desordem e o mal. (…) A bênção concedida ao fiel sempre segue a própria estatura deste, assim como a natureza do desejo que o domina: a bênção é tão-somente um símbolo da energia da vida adaptado às exigências de um caso específico.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 175-177.

Grande Paradoxo

“De acordo com uma das formas tradicionais de encarar esses suportes da meditação, a forma feminina (em tibetano: yum) deve ser observada como o tempo; e a forma masculina (yab) como a eternidade. A união dos dois produz o mundo, em que todas as coisas são, a um só tempo, temporais e eternas, criadas a imagem desse deus macho-fêmea autoconsciente. (…) E assim é que tanto o masculino como o feminino devem ser encarados, alternativamente, ora como o tempo, ora como a eternidade. Isso quer dizer que os dois são o mesmo, cada um é os dois e a forma dual (yab-yum) não passa de efeito da ilusão – a qual, todavia, não difere da iluminação.

Eis uma suprema enunciação do grande paradoxo por meio do qual o mundo dos pares de opostos é abalado e o candidato admitido à visão visão do Deus, o qual, ao criar o homem à sua própria imagem, o criou homem e mulher.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp . 161-162.

Evangelho de Eva

“Sou vós e vós sois Eu; e onde quer que possais estar aí estarei. Estou em todos os lugares e sempre que o desejardes Me encontrareis; e Me encontrando, encontrar-Vos-eis”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 43. Citando o “Evangelho de Eva”, citado por Epifânio, Adversus haereses, xxvi, 3.