Dez Mandamentos

“Moisés, na sua qualidade de mensageiro do divino Mestre, procura então concentrar o seu povo para a grande jornada em busca da Terra da Promissão. Médium extraordinário, realiza grandes feitos ante os seus irmãos e companheiros maravilhados.

É quando então recebe, de emissários do Cristo, no Sinai, os dez sagrados Mandamentos que, até hoje, representam a base de toda a justiça do mundo.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 58.

Elo Entre Ocidente e o Oriente

Ainda assim, o valor global desses registros é inestimável numa pesquisa sobre o Jesus histórico. Há dois modos de conhecer um avatar. Primeiro, vislumbrando sua essência que brilha através de uma miscelânea de fatos, lendas, distorções inocentes ou propositais; e, por um exame cuidadoso, distinguindo o que é significativo e o que é irrelevante, assim como uma pessoa é reconhecida pelo que ela é, e não por seu vestuário. E, segundo, conhecendo diretamente um mestre por meio da comunhão divina intuitiva com essa alma – assim como muitos conheceram Jesus Cristo ao longo dos séculos, tal como São Francisco de Assis, a quem Jesus aparecia todas as noites em carne e osso, Santa Teresa d’Ávila e muitos outros da religião cristã; e tal como Sri Ramakrishna, um hindu, e também eu, estivemos muitas vezes na presença tangível de Jesus. Jamais teria eu assumido a tarefa de escrever este livro sem a certeza do conhecimento pessoal desse Cristo.

(…) seus ensinamentos, interiormente oriundos de sua realização divina e exteriormente nutridos por seus estudos com os mestres, expressam a universalidade da Consciência Crística que não conhece fronteiras de raça ou credo.

Tal como o sol, que nasce no Oriente e viaja para o Ocidente difundindo seus raios, também Cristo surgiu no Oriente e veio ao Ocidente para ser consagrado em uma vasta cristandade (…) Palestina (…) Esse local era o eixo ligando o Oriente com a Europa.

(…) Esse grande Cristo, irradiando a força e o poder espiritual do Oriente ao Ocidente, é um elo divino a unir os povos que amam a Deus – orientais e ocidentais.

(…) Os puros raios prateados e dourados da luz solar parecem vermelhos ou azuis quando observados através de vidros vermelhos ou azuis. Assim, também, a verdade apenas parece ser diferente quando colorida por uma civilização oriental ou ocidental.

(…)

Jesus foi um oriental – de nascimento, família e educação. Separar um mestre do contexto de sua nacionalidade significa nublar o entendimento por meio do qual ele é percebido.  

(…) Elaine Pagels, Ph.D – The Gnostic Gospel”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 99-101.

Capítulo 5: Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia.

Oficina de Mediunidade em Recife

Diário Espiritual da Oficina de Mediunidade de Recife em 10 de abril de 2022.

Durante os trabalhos de ativação e projeção de energia do domingo de manhã, sustentei por 45 minutos a vibração da sala em glossolalia. Em meio a este momento, num breve transe, vi o mestre Yogananda sorrindo docemente para mim. Agradeci pela obra que estou estudando dele e disse de minha vontade de estudar e me conectar cada vez mais com seu pensamento. Ele me respondeu:

“Foi para os meus discípulos como você, do florão da América, que escrevi com tanto cuidado os livros. El Morya vê muito potencial em você e à mim coube reconduzi-lo à vida mística mais profunda, afim de que dê conta de todo o projeto que lhe cabe. Você precisa encontrar no seu templo interior a fonte de energia que vai, como num celular, lhe recarregar as baterias, para que este não lhe venha a faltar em tempo oportuno.”

Senhor, Ensina-nos

Diário Espiritual de 09 de abril de 2019

Senhor, ensina-nos a receber as bênçãos do serviço! Ainda não sabemos, amado Jesus, compreender a extensão do trabalho que nos confiaste. Permite, Senhor, possamos formar em nossa alma a convicção de que a Obra do Mundo te pertence, a fim de que a vaidade não se insinue em nossos corações com as aparências do bem.

Dá-nos Mestre, o espírito de consagração aos nossos deveres e desapego aos resultados que pertencem ao teu amor!

Ensina-nos a agir sem as algemas das paixões, para que reconheçamos os teus santos objetivos!

Aniceto – oração final de “Os Mensageiros”

VEM

Na quarta vigília da noite, ele dirigiu-se a eles, caminhando sobre o mar. Os discípulos porém, vendo que caminhava sobre o mar, ficaram atemorizados e diziam: “É um fantasma!” E gritaram de medo. Mas Jesus lhes disse logo: “Tende confiança, sou eu, não tenhais medo”. Pedro, interpelando-o, disse: “Senhor, se és tú, manda que eu vá ao teu encontro sobre as águas”. E Jesus respondeu: “VEM”. Descendo do barco, Pedro caminhou sobre as águas e foi ao encontro de Jesus.

Mateus 14, 25-29

Bebendo do Mesmo Cálice

Enquanto ele me olhava, o Santo Graal surgiu junto à sua boca e desceu até meus lábios: em seguida, voltou a Jesus. Depois de alguns momentos de silenciosa comunhão extática, ele me disse: “Tu bebes do mesmo cálice que eu”.

Curvei-me, então, diante dele. Eu estava imensamente feliz por receber o testemunho de suas bênçãos, de sua presença. Exatamente as mesmas palavras que me disse nessa visão ele também dissera a Tomé, embora eu nunca as tenha lido.”

Nota: As palavras de Jesus estão registradas no não-canônico Evangelho de Tomé, sentença 13:
“Comparai-me e dizei-me com quem me pareço.

“Simão Pedro respondeu-lhe: ‘Tu és como um anjo justo’.

“Mateus lhe disse: ‘Tu és como um filósofo sábio’.

“Disse-lhe Tomé: ‘Mestre, minha boca é totalmente incapaz de dizer-te com quem te pareces’.

“Jesus lhe disse: “Já não sou teu Mestre, porque bebeste da fonte borbulhante que te ofereci, e te inebriaste’.”

Em outro trecho do Evangelho de Tomé (sentença 108), Jesus declara: “Aquele que beber de minha boca se tornará como eu, e eu mesmo me tornarei como ele, e as coisas ocultas lhe serão reveladas”.

Fragmentos desse Evangelho foram descobertos no final do século 19, mas o Evangelho completo, incluindo o trecho citado acim, só foi descoberto em 1945. Ele era, parte de uma coleção de manuscritos coptas do século 2 encontrados durante escavações em Nag Hammadi, no Egito, e traduzido para o inglês em 1955. (Paramahansa Yogananda deixou seu corpo em 1952.) Entretanto, foi em 1937 que Paramahansaji fez a afirmação acima de que as palavras ditas por Jesus a ele transmitiam a mesma mensagem das palavras de Jesus a Tomé. (Nota da Editora).”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. XXX.

Parte: Introdução.

Jesus Cristo Está Muito Vivo

“Quando um mestre liberto dissolve seu corpo no Espírito e ainda assim se manifesta em forma visível para devotos receptivos (tal como Jesus apareceu ao longo dos séculos que se seguiram à sua partida – para São Francisco, Santa Teresa e muitos outros no Oriente e Ocidente), isto significa que ele continua a ter um papel a desempenhar no destino do mundo. Mesmo quando os mestres completaram seu papel específico para o qual se encarnaram em forma f´ísica, é divinamente ordenado a alguns deles cuidar do bem-estar da humanidade e ajudara dirigir o seu progresso.

Jesus Cristo está muito vivo e ativo nos dias de hoje.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. XXV.

Parte: Introdução.

Semente Divina

“Toda a comunidade dos Espíritos encarnados na Terra, ou localizados em suas esferas de labor espiritual mais ligadas ao planeta, sentem a sagrada influência do Cristo por meio da assistência de seus prepostos; todavia, pouquíssimos alcançaram a pureza indispensável para a contemplação do Mestre no seu plano divino.

(…)

As parábolas do Evangelho são como as sementes divinas que desabrochariam, mais tarde, em árvores de misericórdia e de sabedoria para a humanidade.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. O Consolador. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, Pág. 197.

A Busca de Cristo e o Poder Divino

“Quando a multidão armada anunciou a quem buscava, Jesus os confrontou com a simples declaração: “Sou eu” *, ou seja: “Eu sou a Consciência Crística manifestada no corpo de Jesus, a quem vós per seguis”. Apesar de inflamados e dispostos a capturar o mestre com violência, todos da multidão instantaneamente “recuaram, e caíram por terra“, devido ao absoluto poder que emanou de Jesus quando ele assim declarou sua divindade.”

* Nota: “Em grego, simplesmente Eu sou, expressão utilizada com frequência no evangelho no sentido corriqueiro mas muitas vezes com conotação divina também, uma vez que EU SOU’ é uma versão do nome de Deus na Bíblia hebraica (ver Êxodo 3:14-15).” – Robert J. Miller, ed., The Complete Gospels: Annotated Scholars Version (Harper, San Francisco, 1994). (Nota da Editora)

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 369.

Capítulo 73: A agonia de Jesus no jardim de Getsêmani e sua prisão.

Fundamentos do “Lava-pés”

“João Batista, o profeta solitário, havia instituído cerimônias com a finalidade de incentivar certas forças psíquicas nos seus adeptos através da concentração ou reflexão espiritual. Isso impressionava os neófitos e servia para a confirmação da própria responsabilidade dos valores espirituais. Em sua época os símbolos, ritos, talismãs e as cerimônias ainda produziam louváveis dinamizações das forças do espírito ou impunham respeito e temor religioso. Eram recursos que serviam como “detonadores” das forças psíquicas, produzindo profunda influência esotérica nos seus cultores, assim como ainda hoje fazem os sacerdotes para o incentivo da fé e do respeito dos fiéis, como são os cânticos, perfumes, a música e o luxo na igrejas.

(…)

Mais tarde, João Batista também organizou a cerimônia do “lava-pés”, que simbolizava um evento fraterno e humilde, como um sentido de igualdade ou denominador comum entre todos os discípulos e o próprio Mestre. O “lava-pés” era a cerimônia que eliminava a condição social, o poder político, a superioridade intelectual ou a diferença entre os adeptos e o Mestre, atuantes sob a mesma bandeira espiritual. No momento simbólico do “lava-pés” o senhor seria o irmão do servo e também o serviria, porque ambos eram herdeiros dos mesmos bens do mundo.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 340-341.

 

Boa Nova do Reino de Deus

“O Universo é regido por leis perfeitas e imutáveis tanto na dinâmica das suas leis físicas como na regência das suas leis morais. Tudo se move num nitro harmonioso e seguro. Assim, quanto aos Espíritos, longa caminhada da sua evolução, proporciona-lhes sempre múltiplas oportunidades ou ensejos de desenvolverem e consolidarem a sua consciência individual, pois esta matriz que lhes estrutura o caráter.

Em tais condições, todos os acontecimentos de grande projeção moral e social, que se processam na face dos planetas, estão subordinados a um esquema de absoluta segurança previsto pelo Governo Oculto de cada orbe. A conturbação proveniente de surpresas ou imprevistos no existe nas manifestações panorâmicas da Criação cósmica.

Consequentemente, Jesus só desceu à Terra depois do Alto programar e aprovar o fato. Porém, quanto aos aspectos intermediários de suas atitudes, tratando-se de um missionário de elevada hierarquia espiritual, torna-se evidente que ele não seria um autômato acionado por “cordões” manejados do mundo invisível. Era um elevado mensageiro eleito pela Administração Sideral para entregar à Humanidade terrena o Código de sua própria redenção espiritual.

(…)

Num dos momentos mais expressivos de sua vida, quando lhe solicitaram para demonstrar suas credenciais superiores de Mestre, eis que ele curvou-se humilde e lavou os pés dos seus apóstolos.

(…)

Todos os espíritos ligados ao Mestre Nazareno e participantes do advento do Cristianismo eram peças escolhidas com a devida antecedência visando a mais proveitosa movimentação no plano redentor da humanidade.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 274-276.