A Descida Milenária

“Quando Moisés terminou sua missão combativa, e por vezes até cruel, no seu compromisso de codificar a ideia de um Deus único entre o povo hebreu retirado do Egito, Jesus então estabeleceu os planos para a sua descida messiânica à Terra, a fim de reajustar os ensinamentos dos seus predecessores. O profeta Isaías, tocado pela graça do Senhor e pressentindo essa “descida vibratória” do Mestre Cristão, então anuncia o seguinte: “Já um pequenino se acha nascido para nós, e um filho foi dado a nós, e o nome com que se apelidará será Deus forte, Pai do futuro século, Príncipe de Paz. O seu império se estenderá cada vez mais e a Paz não terá fim” (Isaías, 9:5,6) (…) “E tu, Belém, tu és pequenina entre os milhares de Judá, mas de ti é que há de sair aquele que há de reinar em Israel, e cuja geração é desde o principio, desde os dias da eternidade (Miquéias, 5:1).”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 43.

Missão na Terra

“A vida de Jesus não foi um automatismo, nem consequência de deliberação do Alto, impondo o Cristianismo de qualquer modo; mas os acontecimentos principais foram esquematizados dentro de um plano de sucesso espiritual, em que não fosse tolhida a vontade, o pensamento e o sentimento de todos os seus participantes encarnados ou desencarnados. Espíritos eleitos, escolhidos e convidados participaram desse programa messiânico de benefício coletivo, sob a égide do Messias, mas nenhum deles foi cerceado no seu livre-arbítrio.

Os apóstolos, discípulos e seguidores de Jesus, ao servi-lo para o êxito de sua sublime missão, também buscaram sua própria renovação espiritual e imolaram-se para a florescência de um ideal superior, liquidando velhas contas cármicas assumidas no pretérito. O sangue cristão, derramado para alimentar os fundamentos do Cristianismo, também lavou as vestes períspirituals dos seus próprios mártires.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 36-37.

Nascimento do Avatar e Vibração

“O nascimento de “Avatares” ou de altas entidades siderais no vosso orbe, como Jesus, exige a mobilização de providencias incomuns por parte da técnica transcendental, cujas medidas ainda são ignoradas e incompreendidas pelos terrícolas. É um acontecimento previsto com muita antecedência pela Administração Sideral*, pois do seu evento resulta uma radical transformação no seio espiritual da humanidade.

(…)

para cumprir a missão excepcional no prazo marcado pelo Comando Superior, o plano de sua encarnação também prevê o clima espiritual de favorecimento e divulgação de sua mensagem na esfera física. Deste modo, encarnam-se com a devida antecedência, espíritos amigos, fiéis cooperadores, que empreendem a propagação das ideias novas ou redentoras, recebidas do seu magnifico Instrutor, em favor da humanidade sofredora.

*Nota: Vide a obra de Ramatis, Mensagens do Astral, cap. “Os Engenheiros Siderais e o Plano da Criação“, que dá uma ideia aproximada da “Administração Sideral”  Trecho extraído da obra A Caminho da Luz, de Emmanuel, por Chico Xavier: “Rezam as tradições do mundo espiritual que, na direção de todos os fenômenos do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.

Jesus foi um “Avatar” ou seja, uma entidade da mais alta estirpe sideral já liberada da roda exaustiva das reencarnações educativas ou expiatórias. Em consequência, a sua encarnação não obedeceu às mesmas leis próprias das encarnações comuns dos Espíritos primários e atraídos à carne devido aos recalques da predominância do instinto animal. 

(…) Jesus, o Sublime Peregrino, ao baixar à Terra em missão sacrificial e sem culpas a redimir, para facilitar o seu ligamento com a matéria, viu-se obrigado a mobilizar sua vontade num esforço de reviver ou despertar na sua consciência o desejo de retorno à vida física já extinto em si há milênios e milênios. A fim de vencer a distância vibratória existente entre o seu fulgente reino angélico e o mundo terreno sombrio, ele empreendeu um esforço indescritível de “auto-redução”, tão potencial quanto ao que um raio de Sol teria de exercer em si mesmo para conseguir habitar um vaso de barro.

(…)

(…) para alcançar a matéria na sua expressão mais rude, teve de submeter-se a um processo de abaixamento vibratório perispiritual, de modo a ajustar-se ao metabolismo biológico de um corpo carnal.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 31-33.

Milagre dos Milagres

“Então, a grande assembleia dispersou-se, ficando Jesus e Seus onze Apóstolos sozinhos. Subiram ao alto da pedra sob a qual se haviam reunido, formaram um círculo em cujo centro ficou Jesus. Enquanto eles cruzavam os braços, numa saudação mística, tendo a mão direita sobre o peito esquerdo e os pés na posição correta, simbólico do seu ritualismo, formou-se uma nuvem no centro do círculo. Isto não as surpreendeu, pois a formação dessa nuvem fora por eles testemunhada em muitas ocasiões e conheciam a lei pela qual ela se formava. Esperavam mesmo que, depois que se lhes fosse concedido o poder, também pudessem formar tais nuvens, em certas ocasiões. As antigas escolas de misticismo e de ciência divina, assim como as de hoje, têm praticado a formação do fenômeno, mantendo em segredo a sua fórmula. Quando essas nuvens se formam, aqueles que são por elas envolvidos se tornam invisíveis. Entretanto, no caso de Jesus, não só se tornou ele invisível, como também, quando a nuvem subiu, Ele subiu com ela. A certa altura, a nuvem gradualmente se dissipou e a forma espiritual de Jesus e a Sua forma física desapareceram.

(…)

Era o milagre dos milagres, pois as onze Apóstolos, com a descida do Espírito Santo, tornaram-se os herdeiros vivos do poder divino que Jesus possuíra, transferível por eles, da mesma forma, aos dignos, e usado por eles na propagação da sua missão e da missão de Jesus pela redenção do homem.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 130-131.

O Gral Sagrado

“(…) Eles reconheceram no ato de beberem todos da mesma taça sagrada um símbolo muito antigo de ordenação bênção, símbolo de poder e de igualdade de posição em qualquer trabalho ou missão. Jesus pegou, a seguir, do pão e, após pedir a Deus que o abençoasse, dividiu-o, em pequenos pedaços, entre eles, explicando: “Esta forma material que agora vos sirvo simboliza meu corpo, o qual vos dou e divido entre vós, e por ela vos lembrareis de mim como sendo dividido entre vós, e uno convosco, e um de vós.

O beber do vinho da taça, ou gral sagrado, ainda é uma cerimônia simbólica e sagrada das escolas secretas do Oriente e do Oriente Próximo, e mesmo dalgumas escolas de sabedoria espiritual e sagrada no mundo ocidental. A divisão do pão e do vinho não era ideia original de Jesus, mas um costume antigo e sagrado que Ele aplicou de modo novo, por que nova era a Sua missão na terra, baseada em antigos símbolos e cerimônias sagradas. Comer do pão era, deste modo, partilhar do corpo físico do Cristo, e beber do vinho era beber do Seu sangue e, assim, estar não só em sagrada comunhão com Ele, mas ser parte Dele em qualquer obra sagrada de que Ele os encarregasse e lhes transferisse.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 106-107.

Os Discípulos Iniciados

“Os mistérios de que falava Jesus a Seus discípulos, e que estes procuraram com Ele aprender, para torná-los manifestos, com o propósito de os utilizar nos trabalhos missionários que desenvolviam, oram revelações sobrenaturais ou transcendentais o operações da lei que somente os iniciados ou os discípulos mais adiantados podiam compreender e aplicar. Veremos, nos capítulos subsequentes, que estes discípulos de Jesus – os cento e vinte que compunham Sua escola secreta eram iniciados, pois cumpriram o necessário à iniciação e possuíam meios secretos de se identificarem, tais como senhas, sinais e símbolos. Eles eram os mais íntimos dos milhares de seguidores de Jesus, aqueles que se haviam entregue por inteiro ao desenvolvimento e defesa do Seu trabalho, e cada um dos quais recebera uma missão especial (…)”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 79.

A Escolha do Caminho da Verdade

“É uma verdade fundamental, tão válida hoje quanto há dois mil anos, que nem toda a Humanidade está preparada, em qualquer sentido, para receber, compreender e usar as verdades superiores da vida e o poder miraculoso que nasce desse conheci mento. (…) As próprias experiências de Jesus no cumprimento da Sua missão nos dão excelentes razões para admitir o princípio do segredo. Mesmo entre aqueles que foram cuidadosamente submetidos à prova, preparados e qualificados, houve quem se tornasse cético, quem procurasse usar o conhecimento e o poder para fins pessoais e egoístas, e quem se transformasse em espiões e inimigos, bem como traidores da causa. Na perseguição e no processo a que Jesus foi submetido repousam razões que justificam a manutenção do princípio do segredo.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 36-37.

A Condição de Cristo

“É bastante claro, pelo que sabemos da história do Batismo contida nos Evangelhos cristãos, que a descida do Espírito Santo foi a infusão da autoridade sagrada e do Divino poder no corpo de Jesus, completando Sua preparação e levando ao ponto máximo Seu perfeito como Filho Divino de Deus, Avatar e Cristo vivente. Foi a reversão deste processo que ocorreu na cruz, a retirada do Espírito Santo e da condição crística, no momento da culminação de Sua breve missão, e do fim de Sua condição de Cristo.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 240.

Manifestação Exterior de Suas Iniciações

Toda a vida pública de Jesus, desde Seu batismo até a crucificação, foi uma manifestação exterior e objetiva da série de iniciações pelas quais ele tinha passado secretamente – ou mais ou menos subjetivamente durante os anos de Sua preparação, Este importante fato é muitas vezes ignorado pelos estudiosos analíticos de Sua missão e obra, e certamente é tratado superficialmente pelos que tentam interpretar Suas doutrinas, ensinamentos, atividades, sofrimentos, provações, vitórias e derrotas.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 207.

Logos Vivente

“Quando tudo terminou, os oficiais e membros do Conselho Supremo rodearam José, que obtivera então o nome de Jesus e fora reconhecido como o Cristo e Lhe prestaram homenagem e O proclamaram encarnação da Palavra ou “Logos Vivente”. Seguiu-se então a marcha cerimonial para as câmaras inferiores, onde foi realizada a primeira das Ceias do Senhor, uma festa simbólica.

No dia seguinte, foram enviados mensageiros do Egito para todas as terras em que havia ramos da Fraternidade, para proclamarem a vinda do Salvador e anunciarem o início de Sua missão redentora. Entre os mensageiros estava João, da Fraternidade Essênia da Palestina, que havia sido estudante nas escolas do Egito, preparando-se para a missão de sua vida. Ele era considerado uma reencarnação de Elias (…). Sua missão, como a dos outros mensageiros enviados a outras terras, era proclamar a vinda do Cristo.

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 193.