Incêndio em Roma

“Tácito acrescenta em suas observações acerca do incêndio em Roma:

…Primeiro, os seguidores da seita que foram presos confessaram; em seguida, em virtude de suas confissões, um grande número foi sentenciado nem tanto devido ao incêndio, mas pelo ódio da raça humana. E o escárnio acompanhou o fim deles: foram cobertos por peles de animais selvagens e mordidos até a morte por cães; ou foram amarrados a cruzes, e quando a luz do dia se extinguiu os queimaram para servir de tochas à noite. Nero ofereceu seus jardins para exibir o espetáculo… *(Tácito, Anais 15.44-2-8.)

(…) desde a época do império de Augusto (27 a.C.-14 d.C.), o imperador e o Senado reprimiram todos os dissidentes sociais que poderiam causar problemas, como astrólogos, mágicos, seguidores de cultos religiosos estrangeiros e filósofos. “O grupo cristão possuía todas as características da conspiração. Primeiro. diziam-se seguidores de um homem acusado de magia, que fora executado por essa razão e por traição: segundo, eram “ateus que denunciavam como “demônios” os deuses que protegiam a prosperidade do Estado romano – até mesmo a personificação (espirito divino) do imperador; terceiro, pertenciam a uma sociedade ilegal. ”

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 86.

Capítulo: 4- A Paixão de Cristo e a Perseguição aos Cristãos.

Criação dos Estados Unidos do Mundo

“Os pensadores que hoje sonham a criação dos Estados Unidos do Mundo, sem os movimentos odiosos das guerras fratricidas, podem sondar os desígnios do plano invisível naquela época.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 103.

A Batalha Humana

O aspecto humano de Jesus não desmerece sua grandeza; ao contrário, o enaltece perante os olhos humanos. Além disso, infunde nos corações frágeis a esperança de que, por meio do exercício pleno da força de vontade sobre o corpo e suas tentações, o homem pode vencer a carne e, tal como Jesus, elevar-se desde a condição humana até o plano divino.

(…) Nesse caso, as palavras de Jesus “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” teriam sido hipocrisia ou encenação absurda. Se Jesus fosse Deus, como poderia sentir-se separado Dele mesmo?

Um Jesus verdadeiramente humano e divino que se debate contra as torturas e as tentações da carne, e que por força do poder da alma alcance a vitória sobre elas e a herança da vida eterna, é uma grande fonte de inspiração e de confiança para os frágeis seres humanos sujeitos a severas tentações.

(…) Seria fácil para um deus imortal, dotado de um corpo mas não afetado por ele, desempenhar um papel de sofrimento, perdão e crucificação; porém é extraordinariamente difícil para um simples ser humano vencer o ódio dos demais com o amor e aceitar e suportar que crucifiquem seu corpo injustificadamente.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 406-407.

Capítulo 74: A crucificação.

Amor, Misericórdia e Perdão

“Jesus foi um exemplo visível e audível do amor e da misericórdia de Deus. (…) Eu costumava me sentir confiantemente virtuoso ao perdoar meus inimigos até dez vezes, pelo que me surpreendi quando li pela primeira vez essas palavras de Jesus. (…) (Perdoar não significa cooperar com o mal ou tolerá-lo, mas sim não abrigar sentimentos de ódio ou vingança nem agir assim motivado.)”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 399.

Capítulo 74: A crucificação.

Quem Confia na Espada Perece na Espada

“Jesus advertiu os indivíduos e nações do mundo de que aqueles que confiassem no poder da espada acabariam perecendo pela espada. Em relação à natureza humana, o ódio engendra ódio (…)”

O mal é como um bumerangue; um assassino atrai para si uma vibração prejudicial equivalente à que ele mesmo criou.

(…) Jesus pediu às nações que guardassem as espadas do ódio na bainha do autocontrole e abolissem o uso da pólvora das atitudes vingativas. As guerras modernas – em que a população desarmada e distante das linhas de frente da batalha se torna alvo de bombas de longo alcance e de destruição tanto quanto as tropas de combate – são um impiedoso testemunho de que as guerras agressivas de conquista trazem aos invasores perdas tão dolorosas quanto as que sofrem os invadidos. Cuidado, ó conquistadores e nações agressivas, pois aqueles que usarem a espada perecerão pela espada!

Em meio ao tumulto do momento, Jesus lembra aos discípulos que, se ele assim desejasse, poderia escapar da prova espiritual da crucificação pedindo a Deus e que enviasse os próprios anjos do céu para protegê-lo; ou que ele tinha o poder de simplesmente homem desmaterializar o corpo. Com a magnitude de seu domínio espiritual, apesar de estar encarnado em um corpo físico, ele poderia opor-se completamente à lei do karma, a qual desempenhava seu papel de causa e efeito; mas ele preferiu não exigir privilégios especiais. Jesus há muito sabia quais seriam os resultados de sua coragem divina ao pregar a verdade de Deus e opor-se aos males sociais. Entretanto, pelo bem das pessoas perversas que desejava reformar e pelas almas que salvaria com seu sacrifício, ele havia decidido sofrer as consequências (…)

(…) Revidar um golpe com outro golpe é um comportamento humano; responder com bondade a um golpe é santidade. Jesus demonstrou sua identidade como Filho de Deus ao agir como um deus, e não como um homem.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 370-372.

Capítulo 73: A agonia de Jesus no jardim de Getsêmani e sua prisão.