A sinagoga

A sinagoga – O Templo é o centro de toda a vida de Israel. É o lugar de culto, e o povo o frequenta principalmente por ocasião das grandes festas. Na vida comum, o centro religioso é constituído pela sinagoga, presente até mesmo nos menores povoados. Sinagoga é lugar onde o povo se reúne para a oração, para ouvir a palavra de Deus e para a pregação. Qualquer israelita adulto pode fazer a leitura do texto bíblico na sinagoga, e pode escolher o texto que quiser. Depois da leitura, também qualquer adulto pode fazer a pregação, explicando o texto
e relacionando-o com outros textos. Em geral, exalta-se a Deus e procura-se dar uma formação para a fé do povo, convidando-o o viver segundo a Lei. O sacerdote não tem função especial na sinagoga, porque esta não é lugar de culto litúrgico. Embora qualquer adulto possa presidir a uma reunião, nem todos o fazem, por serem analfabetos, ou por não se julgarem preparados para o comentário. As reuniões acabam sendo então sempre animadas pelos doutores da Lei e fariseus, que cada vez mais propagam suas ideias e aumentam sua influência sobre o povo, adquirindo prestígio cada vez maior. Em geral, a sinagoga pertence à comunidade local. Nos povoados menores, ela serve também como escola para jovens e crianças. Nos centros maiores, constroem-se salas de aula ao lado da sala de reunião. Em Jerusalém, algumas sinagogas tinham até hospedaria e instalações sanitárias para os peregrinos.”

Bíblia Sagrada. Edição Pastoral. Paulus Editora, 1990. Versão Kindle, Posição 56463.

Comércio e O Tesouro do Templo

“A circulação de toda mercadoria produzida, tanto na agricultura como no artesanato, forma outra grande atividade econômica: o comércio. Este se desenvolve mais nas cidades e está na mão dos grandes proprietários
de terras. Nos povoados, o comércio é reduzido e o sistema é mais de troca. Toda a atividade comercial é controlada por um sistema de impostos. Essa política fiscal faz com que tanto o Estado judaico como o Estado romano se tornem monopolizadores da circulação das mercadorias, o que proporciona vultosas arrecadações. Esses impostos são cobrados pelos publicanos (cobradores de impostos). Há também taxas para transportar mercadorias de uma cidade para outra e de um país para outro. Esses impostos e taxas se tornam insuportáveis
no tempo de Jesus. Por essa visão geral da economia da Palestina já podemos perceber: Jesus é artesão (carpinteiro), vários discípulos são pescadores e um deles é cobrador de impostos. O aparelho de Estado em Jerusalém exerce forte controle sobre a economia de todo o país. Além de polo de atração da capital nacional, o Estado é o maior empregador (restauração do Templo, construção de palácios, monumentos, aquedutos, muralhas etc.). Nisso tudo, o Templo tem papel central: — Coleta de impostos, através da qual boa parte da produção do país volta para o Estado. — Comércio: para atender à necessidade dos peregrinos e, principalmente, para manter o sistema de sacrifícios e ofertas do próprio Templo. — O Tesouro do Templo, administrado pelos sacerdotes, é o tesouro do Estado.”

(…)

“Além de toda essa centralização econômica, o Templo emprega mão de obra qualificada, principalmente artesãos. Assim, o Templo se torna o grande centro de exploração e dominação do povo. Mas a exploração e dominação não se restringem à economia interna, pois a Palestina é colônia do império romano. Este também cobra uma série de impostos: o tributo (imposto pessoal e sobre as terras), uma contribuição anual para o sustento dos soldados romanos que ocupam a Palestina, e um imposto sobre a compra e venda de todos os produtos.”

Bíblia Sagrada. Edição Pastoral. Paulus Editora, 1990. Versão Kindle, Posição 56361-56375.

Cidade de Jerusalém

“A cidade de Jerusalém conta com 50 mil habitantes, e está situada no extremo de um planalto, a 760 m acima do nível do mar Mediterrâneo e 1.145 m acima do nível do mar Morto. Por ocasião das grandes festas, chega a receber 180 mil peregrinos.”

Bíblia Sagrada. Edição Pastoral. Paulus Editora, 1990. Versão Kindle, Posição 56338.

Viajante

“DIZEM QUE Ele era vulgar, o rebento ordinário de uma semente ordinária, um homem rústico e violento. Dizem que só o vento penteava Seus cabelos e só a chuva assentava Suas roupas ao Seu corpo.

Consideram-No louco, e atribuem Suas palavras a demônios. Entretanto, vede, o Homem desprezado lançou um desafio, e o som desse desafio nunca se extinguirá.

Cantou uma canção, e ninguém deterá essa melodia. Ela pairará sobre as gerações e se erguerá de esfera a esfera, lembrando os lábios que lhe deram nascimento e os ouvidos que lhe serviram de berço.

Ele era um forasteiro. Sim, era um forasteiro, um peregrino em Seu caminho para um santuário, um visitante que bateu à nossa porta, um hóspede vindo de uma terra distante.

E porque não encontrou um hospedeiro cortês, voltou para Seu próprio lugar.”

GIBRAN, Gibran Khalil.  Jesus, o Filho do Homem. Tradução: Mansour Challita. Associação Cultural Internacional Gibran, 1973, pág. 144.

Sabemos Com Quem Marchamos

Tudo tem o seu tempo, uma fração do ciclo que se encadeia e se contém dentro de outro ciclo. A vida é cheia de começos e fins. Todos os fins são começos e todos os começos são fins. Nisto habita o mistério da serenidade, a doce sinfonia que embala o coração dos mansos e humildes.

Hospedes peregrinos do universo, os seres humanos terrestres ainda hão de contemplar as belezas da realidade superior, assim como os que os precederam já o fazem.

Serenidade, coerência e consistência ao longo do tempo. Sempre.

Acolhe a turma como quem acolhe amigos. Seja por eles acolhido, na naturalidade que te cabe. Hoje é dia de afinar instrumentos enrijecidos pelo tempo. Na canção do amor e da fraternidade, todos nos encontramos em um só tom e uma só voz.

Avancemos e que nada nos possa deter, pois sabemos por quem e com quem marchamos.

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