Explorar a Psique

“Porque os gnósticos, ao explorarem a psique, explicitaram um tema que hoje é para muitos implícito – a busca da religião. Algumas pessoas que procuram seu direcionamento interior, como os gnósticos radicais, rejeitam as instituições religiosas como um obstáculo ao seu progresso. Outros, como os valentinianos, participam de bom grado nelas, embora considerem a igreja mais um instrumento de sua autodescoberta do que a necessária “arca de Noé da salvação”.

Além de definir Deus de formas opostas, os cristãos gnósticos e ortodoxos caracterizaram a condição humana de modo muito diverso. Os ortodoxo seguiram o ensinamento judaico tradicional, no qual o que separa a humanidade de Deus, além da dissimilaridade essencial, é o pecado do homem. A palavra que designa o pecado no Novo Testamento, hamartia, procede do esporte de arco-e-flecha; literalmente, significa “não acertar o alvo”.

(…)

Muitos gnósticos, ao contrário, insistem em que a ignorância e não o pecado é que acarreta o sofrimento humano. O movimento gnóstico tinha algumas afinidades com os métodos contemporâneos de explorar o eu por meio de técnicas da psicoterapia. O gnosticismo e a psicoterapia valorizam, acima de tudo, o conhecimento – o autoconhecimento perceptivo.”

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 140-141.

Capítulo: 6- Gnosis: Autoconhecimento Como Conhecimento de Deus.

Períodos para Orar e Meditar

“Qualquer que seja o santuário de recolhimento, perceberemos que é especialmente benéfico orar e meditar em qualquer horário dentro dos seguintes períodos: bem cedo pela manhã, entre as 5 e 8 horas; no meio do dia, entre as 10 e 13 horas; ao entardecer, das 17 às 20 horas; e à noite, entre as 22 horas e 1 hora da madrugada. Os mestres da Índia ensinaram que os horários próximos à transição do amanhecer, meio-dia, pôr do sol e meia-noite de cada dia solar são propícios ao cultivo do progresso espiritual. As leis magnéticas cósmicas de atração e repulsão que afetam o corpo estão mais harmoniosamente equilibradas durante os quatro períodos mencionados. Esse equilíbrio ajuda a quem medita a interiorizar-se em comunhão divina.

(…)

Quando os discípulos encontraram Jesus na solidão, chamaram por ele: “Todos te buscam“. Assim como a fragrância das flores atrai as abelhas, as almas como Jesus, que exalam o perfume de Deus, atraem de modo natural as almas espiritualmente sedentas.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 474.

Capítulo 25: A cura dos doentes.

A Crença

“A  crença é um estágio inicial do progresso espiritual, necessário para admitir o conceito de Deus. Mas tal conceito tem de ser transformado em convicção, em experiência. A crença é o precursor da convicção; é preciso acreditar em algo a fim de se proceder a uma investigação imparcial. Se, porém, alguém se satisfaz apenas com a crença, esta se converte em dogma – estreiteza mental, um impedimento para a verdade e o progresso espiritual. O necessário é cultivar, no solo da crença, a safra da experiência direta e do contato com Deus. Tal conhecimento incontestável – e não a mera crença – é o que nos salva.

(…)

A verdadeira adoração de Cristo é a comunhão divina da percepção crística no templo sem paredes da consciência expandida.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 303-304.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Renascimento

“A invenção da imprensa facultava o mais alto progresso no mundo das ideias, criando as mais belas expressões de vida intelectual. A literatura apresenta uma vida nova e as artes atingem culminâncias que a posteridade não poderia alcançar. Numerosos artífices da Grécia antiga, reencarnados na Itália, deixam traços indeléveis da sua passagem, nos mármores preciosos.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 162.

Atraso Moral Terrestre

“Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram física e moralmente, examinadas as condições de atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as vísceras dos seus irmãos inferiores, como nas eras pré -históricas de sua existência, marcham uns contra os outros ao som de hinos guerreiros, desconhecendo os mais comezinhos princípios de fraternidade e pouco realizando em favor da extinção do egoísmo, da vaidade, do
seu infeliz orgulho.”

Nota pessoal: Sistema de Capela “reconforto com as víceras”.

(…)

“As grandes comunidades espirituais, diretoras do cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.”

Nota Pessoal: Exilados de Capela

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 27-28.

Índia

Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia

Antigos registros de um mosteiro tibetano;

Viagem de Jesus à Índia, o berço da religião;

Ciclos de progresso e decadência na manifestação exterior da religião;

Todas as crônicas sobre a vida de Jesus foram tingidas pela perspectiva cultural de seus autores;

Os ensinamentos do Jesus oriental foram demasiadamente ocidentalizados;

Cristianismo oriental e ocidental: os ensinamentos internos e externos;

A verdade é a religião definitiva: afiliação sectária tem pouco significado;

Jesus conhecia seu destino divino e foi para a Índia a fim de prerar-se para cumpri-lo (…) pois a India especializou-se na religião desde tempos imemoriais.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 89.

Capítulo 5: Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia.

Jesus Cristo Está Muito Vivo

“Quando um mestre liberto dissolve seu corpo no Espírito e ainda assim se manifesta em forma visível para devotos receptivos (tal como Jesus apareceu ao longo dos séculos que se seguiram à sua partida – para São Francisco, Santa Teresa e muitos outros no Oriente e Ocidente), isto significa que ele continua a ter um papel a desempenhar no destino do mundo. Mesmo quando os mestres completaram seu papel específico para o qual se encarnaram em forma f´ísica, é divinamente ordenado a alguns deles cuidar do bem-estar da humanidade e ajudara dirigir o seu progresso.

Jesus Cristo está muito vivo e ativo nos dias de hoje.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. XXV.

Parte: Introdução.

A ética, a Psicologia e a Metafísica

“A ética – a verdade das escrituras aplicada à vida materia- expõe a ciência do dever humano, as leis morais e o comportamento correto.

A psicologia – a verdade aplicada ao bem-estar mental – ensina a pessoa a se analisar, pois nenhum progresso espiritual é possível sem introspecção e autoanálise, com as quais a pessoa se dedica a descobrir o que ela é, de forma a poder se corrigir, tornando-se o que deveria ser.

A metafísica – verdades pertinentes à dimensão espiritual da vida – explica a natureza divina e a ciência do conhecimento de Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. XXII.

Parte: Introdução.

O Aspecto Espiritual do Homem

“(…) honro as diversas expressões da verdade que fluem do Deus único através das escrituras de seus Vários emissários. Todas elas têm um significado tríplice: material, mental e espiritual. São fontes divinas de “águas vivas” que podem saciar a sede da humanidade no corpo, na mente e na alma.

O significado material dos ensinamentos de Cristo enfatiza seu plicado ao bem-estar físico e social (…).

A interpretação mental elucida a aplicação dos ensinamentos de Cristo para o progresso da mente e do entendimento humanos (…).

(…) em relação ao aspecto espiritual do ser humano, os ensinamentos de Jesus apontam o caminho para o reino de Deus – a experiência pessoal das infinitas potencialidades divinas de cada alma como um filho imortal de Deus, por meio da comunhão devocional e união definitiva com o Pai Celestial, o Criador de todos.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. XXI.

Parte: Introdução.

Salvação

“(…) Mas os profetas não explicaram qual seria a natureza dessa “salvação”.

O seu Evangelho, como um “Código Moral dos costumes e das regras da vida angélica, proporciona a “salvação” do espírito do homem, libertando-o dos grilhões do instinto animal e das ilusões da vida material. (…) os redimidos ou “salvos” dos seus próprios pecados também ficam livres da emigração compulsória para um planeta inferior.

(…)

A Terra, planeta de educação primária a se mover entre bilhões de outros planetas mais evoluídos, jamais poderia justificar a derrogação das leis do Universo Moral, no sentido de o próprio Deus tomar a forma humana para “salvar” a humanidade terrícola, ainda dominada pela cupidez, sensualidade, avareza, ciúme e orgulho. Isso seria tão absurdo, como se convocar um sábio da categoria de Einstein para ensinar os rudimentos da aritmética aos alunos primários.

(…) A revelação espiritual não se faz de chofre; ela é gradativa e prodigalizada conforme o entendimento e o progresso mental dos homens. (…) Jesus, finalmente, sintetizou todos os conhecimentos cultuados pelos seus precursores, e até por aqueles que vieram depois dele. O seu Evangelho, portanto, é uma sumula de regras e de leis do “Código Espiritual” estatuído pelo Alto, com a finalidade de promover o homem à sua definitiva cidadania angélica.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 17-19.