“(…) Mas os profetas não explicaram qual seria a natureza dessa “salvação”.
O seu Evangelho, como um “Código Moral dos costumes e das regras da vida angélica, proporciona a “salvação” do espírito do homem, libertando-o dos grilhões do instinto animal e das ilusões da vida material. (…) os redimidos ou “salvos” dos seus próprios pecados também ficam livres da emigração compulsória para um planeta inferior.
(…)
A Terra, planeta de educação primária a se mover entre bilhões de outros planetas mais evoluídos, jamais poderia justificar a derrogação das leis do Universo Moral, no sentido de o próprio Deus tomar a forma humana para “salvar” a humanidade terrícola, ainda dominada pela cupidez, sensualidade, avareza, ciúme e orgulho. Isso seria tão absurdo, como se convocar um sábio da categoria de Einstein para ensinar os rudimentos da aritmética aos alunos primários.
(…) A revelação espiritual não se faz de chofre; ela é gradativa e prodigalizada conforme o entendimento e o progresso mental dos homens. (…) Jesus, finalmente, sintetizou todos os conhecimentos cultuados pelos seus precursores, e até por aqueles que vieram depois dele. O seu Evangelho, portanto, é uma sumula de regras e de leis do “Código Espiritual” estatuído pelo Alto, com a finalidade de promover o homem à sua definitiva cidadania angélica.”
RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 17-19.