O Ato de Respirar

“A respiração se origina no corpo astral. A inspiração astral corresponde a um movimento para cima através de um ponto conhecido em yoga como ida. A expiração astral corresponde a um movimento para baixo através do
canal nervoso pingala.”

(…)

“Um fluxo para cima através do ida acompanha a inspiração física. E um fluxo para baixo, através do pingala, acompanha a expiração física. A respiração astral ocorre por meio do movimento da energia para cima e para baixo.”

(…)

“Observando o ato de respirar, você destrói a identificação da alma com o corpo e a respiração. Observando o ato de respirar, você separa dele o ego e constata que seu corpo só existe parcialmente graças à respiração.”

YOGANANDA, Paramahansa. Como Despertar Seu Verdadeiro Potencial. Ed. Pensamento. Versão Kindle, 2019, Posição 905- 922.

Técnicas de Meditação

“Sente-se ereto, com as escápulas ligeiramente aproximadas, peito para fora, barriga para dentro, mãos nas junturas das coxas com o abdome. Concentre-se no ponto entre as sobrancelhas.”

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“Concentre-se no ponto entre as sobrancelhas. Expire, inspire lentamente pelas narinas, segure a respiração, conte de um a doze e sinta toda a energia juntando-se no ponto entre as sobrancelhas. Expire lentamente; e, lentamente, inspire pelas narinas, segure a respiração e conte até 25. Expire lentamente. Inspire lentamente pelas narinas, segure a respiração e conte até quarenta, sentindo a energia no ponto entre as sobrancelhas. Expire lentamente. Agora esqueça a respiração e concentre-se no ponto entre as sobrancelhas.”

(…)

“Você pode praticar esta técnica a qualquer hora. Onde quer que esteja, sente-se com a espinha ereta e relaxe totalmente. Feche os olhos (ou fixe, com eles semicerrados, o ponto entre as sobrancelhas). Em seguida, com calma profunda, observe mentalmente sua respiração sem controlá-la, à medida que entra e sai de seu corpo. Ao inspirar, mova o dedo indicador da mão direita para dentro, na direção do polegar, e mentalmente (sem mexer a língua ou os lábios), entoe “Hong”. Ao expirar, estenda o dedo indicador e entoe mentalmente “Sau”. (O
objetivo de mover o dedo indicador é tornar mais eficiente a concentração e diferenciar a inspiração da expiração.) Não tente, de maneira alguma, controlar mentalmente a respiração. Antes, assuma a atitude serena do observador silencioso, acompanhando o fluxo natural da respiração à medida que ela entra e sai do corpo.”

(…)

“As palavras sânscritas Hong e Sau têm força de mantras. A expressão básica Aham saha significa “Eu sou Ele”.”

(…)

“Sua atenção, primeiro, deve concentrar-se nessas bombas que são os pulmões e o diafragma. Concentre-se então nos movimentos físicos que elas produzem. Aos poucos, à medida que a mente se acalma, desvie a atenção do corpo para a respiração em si. Conscientize-se do ar que entra pelas narinas.”

(…)

“Depois, já totalmente calmo, sinta o ar penetrando na cabeça, pelo ponto entre as sobrancelhas — a verdadeira sede da concentração no corpo.”

YOGANANDA, Paramahansa. Como Despertar Seu Verdadeiro Potencial. Ed. Pensamento. Versão Kindle, 2019, Posição 833-903.

Inspiração e Expiração – A Cura é a Calma

“Toda vez que estiver cansado ou inquieto, inspire e contraia-se; em seguida, expire e relaxe o corpo inteiro; permaneça sem pensar nem respirar por alguns momentos e conseguirá ficar calmo.”

Nota Pessoal: O cigarro de prana

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“A cura consiste em permanecer calmo o tempo todo e fazer o melhor que puder. Se algo saiu errado, corrija o erro. Observe os fatos de maneira inteligente, serena, e obterá a compreensão correta.”

YOGANANDA, Paramahansa. Como Despertar Seu Verdadeiro Potencial. Ed. Pensamento. Versão Kindle, 2019, Posição 292-328.

Eu moro dentro do Deus…

Em meditação | Dia VI

Meditei em casa, pelos 20 minutos habituais. Logo de início, ao focalizar o Ajna, fui invadido pela frase “Eu moro dentro do Deus que mora dentro de mim”. Pratiquei-a ao longo do tempo de meditação, mergulhando literalmente nesta realidade que representa um looping ou vórtex místico muito aconchegante.

Sincronizei a respiração com o mantra, como Pe. Lucas me orientava:

Recomeçar

Em meditação | Dia I

Depois do encontro interior com Mestre Yogananda em 10 de abril de 2022, reiniciei hoje a trilha do encontro diário com YWHW. Busquei posições, posturas, músicas e respirações. Senti que inspirar profundamente, segurar e soltar vagarosamente, permanecendo algum tempo com os pulmões vazios produziu um efeito relaxante e algum movimento no coronário. Contudo, aparentemente nada foi tão efetivo quanto inspirar, e soltar o ar em mantras espontâneos (glossolalia).

Me lembrei imensamente e com carinho do início deste caminho, com Pe. Lucas. Suas dicas e seus conselhos. Havia um eco de Agostinho de Hipona em mim, ressoando: “Eis que eu procurava fora e estavas dentro de mim”.

Estou na casa de Silvana e Rogério, meus sogros em Recife. Hoje a tarde voltamos à Curitiba. Me ocorreu de preparar várias trilhas com 20 minutos de duração para poder utilizar nestes momentos. Talvez uma cadeira de Yoga também facilite. Que o Espírito me sustente neste jornada sem interrupção.

O “Grande Plano”

“O Grande Plano, ou “Manvantara” da escolástica oriental, que os hindus também classificam de uma “pulsação” ou “respiração” completa de Brahma, ou de DEUS, é considerado o “tempo exato” em que o Espirito Divino “desce” até formar a matéria e depois a dissolve novamente, retornando à sua expressão anterior. Um Grande Plano abrange a gênese e o desaparecimento do Universo exterior e compreende 4.320.000.000 de anos do calendário terreno, dividido em duas fases de 2.160.000.000 anos, assim denominadas: o “Dia de Brahma”, quando Deus expira ou se processa a descida angélica até atingir a fase derradeira da matéria ou “energia condensada” a “Noite de Brahma”, quando Deus então aspira ou dissolve o Cosmo exterior constituído pelas formas. Assim, cada fase chamada o “Dia de Brahma” e a “Noite de Brahma” perfaz o tempo de 2.160.000.000 anos terrestres, somando ambas o total de 4.320.000.000 anos, em cujo tempo DEUS completa uma “Pulsação” ou “Respiração”, subentendidas pela mentalidade ocidental ocultista como um Grande Plano na Criação Eterna**.”

¨*Vide a obra Mensagens do Astral de Ramatís, cap. “Os Engenheiros Siderais e o Plano da Criação, no qual se esmiúça com bastante clareza o que se compreende por um “Grande Plano” ou “Respiração” de Brahma.

**Conforme os Vedas, “uma respiração ou pulsação macrocósmica de Brahma ou Deus, corresponde a uma respiração microcósmica do homem”. Os hindus também costumam definir por Manvantara um período de atividade planetária com suas sete raças.

*** Nota do Revisor:– Sob admirável coincidência, justamente quando revíamos as provas do presente capítulo, surpreendemo-nos pelo artigo “Universo em Expansão”, de Mendél Creitchinann, publicado no jornal O Estado do Paraná, de domingo, dia 17 de janeiro de 1965, cujo trecho de Interesse transcrevemos a seguir: “UNIVERSO EM EXPANSÃO – A solução de Friedman, matemático russo, das equações de Einstein acerca do universo, conduziu à possibilidade de um Universo em expansão ou contração. Como relatamos em capítulo anterior, esse matemático descobriu um engano na solução final das equações sobre o universo elaboradas por Einstein. Um dos tipos de Universo que as equações indicam é o que chama Gamow de pulsante.

Admite este modelo que, quando o universo atingisse uma certa expansão máxima permissível, começaria a contrair-se. A contração avançaria até que matéria tivesse sido comprimida até uma densidade máxima, possivelmente a do material nuclear atômico, que é uma centena de milhões de vezes mais denso que água. Que começaria então novamente a expandir-se, e assim por diante através do ciclo até o infinito.

Hosanas, pois, aos velhos mestres do Oriente, que há mais de 4.000 anos vêm ensinando o “Universo Pulsante através dos Manvantaras, da Grande Respiração ou Pulsação de Brahma, ou Deus, cuja diástole e sístole cósmicas correspondem exatamente à concepção de um Universo em expansão e contração, da nova teoria científica dos astrônomos modernos. Pouco a pouco desvendam-se os símbolos da escolástica hindu, e graças à cooperação da própria ciência acadêmica, ergue-se o “Véu de Isis e surge o ensinamento ocultista oriental em todo o seu preciosismo e exatidão cientifica.

(…)

“(…) desde os velhos iniciados dos Vedas e dos instrutores da dinastia de Rama, esse tempo de expansão, que é justamente quando Deus cria e depois dissolve o Universo exterior, é conhecido por “Manvantara”, e significa um período de atividade e não de repouso, podendo ser concebido no Ocidente como um “Grande Plano” ou “Respiração” completa do Criador, dividida na diástole e sístole cósmica.”

(…)

O Universo é a sucessão consecutiva de “Manvantaras” ou “Grandes Planos”, a se substituírem uns aos outros, nos quais formam-se também as consciências individuais, que nascidas absolutamente ignorantes e lança das na corrente evolutiva das cadeias planetárias, elas despertam, crescem, expandem-se, absorvem o “bem” e o “mal” relativos às faixas ou zonas onde estacionam e depois, conscientes do seu próprio destino, atingem o grau de angelitude. Deste modo, os espíritos angélicos, como consciências participantes do Grande Plano, passam então a orientar e “guiar” aqueles seus irmãos, almas “infantis” que vão surgir no próximo Grande Plano ou “Manvantara” vindouro. Esta é a Lei Eterna e Justa; os “maiores” ensinam os menores” a conquistarem também sua própria Ventura Imortal.

A consciência espiritual do homem, à medida que cresce esfericamente, funde os limites do tempo e do espaço para atuar noutras dimensões indescritíveis; abrange, então, cada vez mais, a magnificência real do Universo em si mesma, e se transforma em Mago a criar outras consciências menores em sua própria Consciência Sideral. *Nota pessoal ao parágrafo: A chegada e epifanias da pirâmide.

A criatura humana, que vive adstrita ao simbolismo de tempo e espaço, precisa de ponto de apoio para firmar sua mente e compreender algo da criação cósmica e da existência de Deus. Os Grandes Iniciados têm amenizado essa dificuldade compondo diagramas especiais e graduado as diversas fases da descida do Espirito até a expressão matéria, como no caso dos “Manvantaras” ou Grandes Planos, em que avaliam os ritmos criadores mais importantes para auxiliar o entendimento do homem e fazê-lo sentir o processo inteligente de sua própria vida. É uma redução acessível ao pensamento humano, embora muito aquém da Realidade Cósmica, mas é a expressão gráfica mais fiel possível. Os hermetistas, hinduístas, taoístas, iogues, teosofistas, rosa-cruzes e esoteristas têm norteado os seus estudos com êxito sob esses gráficos inspirados pelos Mentores Siderais desde a extinta Atlântida.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 53-55.