A postura responsável do escutador

“A arte da escuta se realiza como uma arte da respiração. O registro hospitaleiro do outro é um inspirar que, todavia, não incorpora o outro, mas sim o acolhe e o protege. O escutador se esvazia. Ele se torna ninguém.

A postura responsável do escutador frente ao outro se expressa como paciência. A passividade da paciência é a primeira máxima do escutar. O escutador se expõe sem reservas ao outro.

O estar-exposto [Ausgesetzheit] é uma outra máxima da ética do escutar. Apenas ela impede que se curta a si mesmo. O ego não consegue escutar. O espaço do escutar como espaço de ressonância do outro se abre onde o ego é suspenso. No lugar do ego narcisista entra uma obsessão pelo outro, um desejo pelo outro.

“Deixe todos falarem: você não fala; suas palavras tomam das pessoas a sua figura. A sua admiração apaga suas fronteiras; elas não se conhecem mais, se você fala; elas são você”

HAN, Byung-Chul.A expulsão do outro: Sociedade, percepção e comunicação hoje. Ed. Vozes, 2022, Local 1205-1218.

Escutar

A escuta vale para o outro

“A escuta vale para o outro. O verdadeiro ouvinte se expõe incondicionalmente ao outro. Sem exposição ao outro, o Eu levanta a cabeça novamente. A fraqueza metafísica para o outro é constitutiva da ética da escuta como uma ética da responsabilidade. O ego que se fortalece é incapaz de ouvir porque em todos os lugares ele só ouve a si mesmo falando.”

HAN, Byung-Chul. Não coisas: Reviravoltas do mundo da vida. Ed. Vozes, 2021, Local 1164.

Coisas do coração

Papel de Conselheiro

“Ao sugerir, o perguntador incorpora o papel de conselheiro e a conversa transfere a responsabilidade de quem responde para quem sugere. Fazer perguntas sugestivas não é o mais indicado quando queremos gerar autonomia
e autorresponsabilização, que são outros propósitos da conversa de coaching.”

(…)

“Quando a resposta está vinculada a uma escala, como: “De zero a dez, quão motivado você está?”, ou ainda, “Você se sente despreparado, relativamente preparado ou muito preparado?”.”

GOLDEMBERG, Gilda. Perguntas Poderosas: Um gua prático para aprender a
perguntar e alcançar melhores resultados em coaching. Ed. Casa do Escritor – 2a Edição, 2019. Versão Kindle, posição 419-425.

A Responsabilidade Por Suas Obras

“A vinda do Cristo ao cenáculo obscuro do planeta, trazendo a mensagem luminosa da verdade e do amor, assinalara o período da maioridade espiritual da humanidade. Essa maioridade implicava direitos que, por sua vez, se fariam acompanhar do agravo de responsabilidades e deveres para a solução de grandes problemas educativos do coração.”

(…)

“(…) não fora em vão que recomendara o crescimento do trigo e do joio nas mesmas leiras, somente a Ele competindo a separação, na época da ceifa. A limitada liberdade de ação dos indivíduos e das coletividades é integralmente
respeitada. Cada qual é responsável pelos seus atos, recebendo de conformidade com as suas obras.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 119 -121.

Os Cento e Vinte Escolhidos

“(…) Mas Ele compreendeu também, não há que duvidar, que a maior eficiência, os maiores resultados e a realização mais perfeita das etapas destinadas a criar o Reino dos Céus na terra seriam cumpridos após Sua crucificação, dai haver dividido pelos cento e vinte escolhidos responsabilidades na execução do trabalho missionário.

Essa divisão se fez em doze grupos, pelos quais distribuiu todo o Seu programa de atividades terrenas, constando cada grupo de dez discípulos- homens e mulheres. Isto Lhe daria o número redondo de cento e vinte trabalhadores. A frente de cada grupo Ele colocou um dos Apóstolos, como presidente, digamos, ou como principal consultor. Os doze Apóstolos constituíam, por assim dizer, Sua junta consultiva imediata, ou grupo de íntimos conselheiros.

Alguns destes trabalhadores foram mandados para países estrangeiros no começo da execução do grande plano, pois o trabalho que eles tinham de fazer não exigia o mesmo período de preparativos e estudos na escola secreta necessário para os outros.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 92-93.

A Lei da Responsabilidade Humana

“(…) Assunto muito delicado porque temos de ajudar, sem atingir o campo das responsabilidades dos humanos e, também, sem lhes roubar o mérito do que realizarem. Com ou sem nossa ajuda, dores e alegrias haverão de ficar sempre à sua própria conta. ESSA A LEI! ESSA A LEI!”

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág.114.

Auxílio em Doença Mental

“– Muitos companheiros matriculados no serviço de implantação da Nova Era, sob a égide do Espiritismo, vêm convertendo a teoria animista num travão injustificável a lhes congelarem preciosas oportunidades de realização do bem; portanto, não nos cabe adotar como justas as palavras “mistificação inconsciente ou subconsciente”, para batizar o fenômeno. Na realidade, a manifestação decorre dos próprios sentimentos de nossa amiga, arrojados ao pretérito, de onde recolhe as impressões deprimentes de que se vê possuída, externando-as no meio em que se encontra. E a pobrezinha efetua isso quase na posição de perfeita sonâmbula, porquanto se concentra totalmente nas recordações que já assinalamos, como se reunisse todas as energias da memória numa simples ferida, com inteira despreocupação das responsabilidades que a reencarnação atual lhe confere. Achamo-nos, por esse motivo, perante uma doente mental, requisitando-nos o maior carinho para que se recupere. Para sanar-lhe a inquietação, todavia, não nos bastam diagnósticos complicados ou meras definições técnicas no campo verbalista, se não houver o calor da assistência amiga.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 22.

Responsabilidade Mediúnica

“E todavia, o que destacamos por mais alto em suas páginas é a necessidade do Cristo no coração e na consciência, para que não estejamos desorientados ao toque dos fenômenos.

Sem noção de responsabilidade, sem devoção a prática do bem, sem amor ao estudo e sem esforço perseverante em nosso próprio burilamento moral, é impraticável a peregrinação libertadora para o cimos da vida.”

Prefácio de Emmanuel. Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 7-10.

Riqueza e Autoridade

“A autoridade, como a riqueza, é um patrimônio terrível para os espíritos inconscientes dos seus grandes deveres.” (Jesus)

Xavier, Francisco Cândido / Humberto de Campos. Brasil: Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1938, p. 115.