Transfiguração dos Papéis

“E quando terminaram de escrever todas as coisas, nos vários volumes de papel que foram surgindo; Karinus deu o que havia escrito nas mãos de Anás, Caifás e Gamaliel; Da mesma forma, Leucius deu o que havia escrito nas mãos de Nicodemos e José. E de repente eles foram transfigurados e tornaram-se extremamente brancos e não foram mais vistos.”

Nascimento, Peterson do. O Evangelho Segundo Nicodemos (Coleção Apócrifos do Cristianismo Livro XI) – Versão Kindle, Posição 854.

Ritos e Votos Essênios

“Em geral, os terapeutas ou filiados externos reconheciam-se pelo sinal característico de a mão direita e apontar o dedo indicador para o céu, enquanto os adeptos do Círculo Interno fechavam o dedo mínimo e o anular, deixando o polegar, o indicador e o médio abertos e erguidos até à altura da cabeça, conforme o próprio Jesus o fazia habitualmente e se pode verificar pelas estampas católicas. A saudação peculiar preferida entre eles era “A Paz esteja convosco”, a qual punha à vontade aquele que fazia parte da comunidade e a seguir respondia: “Seja a Paz em ti e em mim pela graça do Senhor!”

(…)

Quando o ambiente dos santuários maiores se saturava de vibrações puras e energéticas, pela presença de iniciados de alto quilate espiritual, ou de visitantes da estirpe de Jesus, então ali se condensava ectoplasma sufi ciente para proporcionar a materialização de entidades superiores e a produção da “voz direta”. Isso sucedeu na “Transfiguração”, no Monte Tabor, porque ali também se congregavam muitos anciãos do Conselho Supremo da Confraria dos Essênios. Então o influxo das vibrações angélicas de Jesus, conjugadas às energias emanadas dos iniciados dos demais santuários, produziram a “tela ectoplásmica” hipersensível, que permitiu aos espíritos de Elias e Moisés projetarem as suas características pessoais, dando o testemunho de que também haviam sido precursores da obra de Jesus, embora operando apenas na lavradura do terreno.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 306-309.

 

Determinismo e Plano do Alto

“Todos os espíritos ligados ao Mestre Nazareno e participantes do advento do Cristianismo eram peças escolhidas com a devida antecedência visando a mais proveitosa movimentação no plano redentor da humanidade.

(…)

Jesus ainda ignorava que a poderosa “Voz Oculta” que o impelia estoicamente para a renúncia de sua própria vida em favor do gênero humano, provinha do próprio Cristo Planetário, que a partir da cena do batismo, no rio Jordão, atuava-lhe cada vez mais intimamente, fortalecendo-lhe a alma para qualquer desiderato trágico no desempenho de sua Missão *. Dali por diante o Mestre Nazareno firmou-se na caminhada pelo mundo e se deixou conduzir confiante e jubiloso na consecução da obra cristã, em perfeita sintonia com a sua vocação espiritual. (…) Muitas vezes ele sentiu-se desligado da própria carne, embriagando-se na efusão espiritual venturosa, que lhe envolvia a alma heroica, assim como lhe acontecera durante o “Sermão da Montanha” e na “Transfiguração” do Monte Tabor.”

*Lucas, 3:21-23.

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 276-279.

 

Lição de Vida Renovada

“O herói morreu como homem moderno; mas, como homem eterno aperfeiçoado, não específico e universal-, renasceu. Sua segunda e solene tarefa e façanha é, por conseguinte (como o declara Toynbee e como o indicam todas as mitologias da humanidade), retornar ao nosso meio, transfigurado, e ensinar a lição de vida renovada que aprendeu.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 28.

Estágios da Iniciação de Jesus

“Durante o tempo de seu ministério público, Jesus passou por quatro estágios antigos e tradicionais de iniciação, esboçados séculos antes por Pitágoras, que foram: 0 primeiro grau de preparação, culminando no sermão da Montanha; o segundo grau de purificação, representado pelas milagrosas curas e demonstrações da terapêutica mística: o terceiro grau de iluminação, manifestado pela volta de Lázaro dentre os mortos; e o quarto grau de visão espiritual, manifestado pela transfiguração.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 220.

Sacramentos

“(…) somos unidos às imagens imortais da força iniciatória, através da operação sacramental na qual o homem, desde o início dos seus dias na Terra, afastou os terrores de sua fenomenalidade e ascendeu à visão transfiguradora do ser imortal”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 137-138.

O Chamado

“(…) o chamado sempre descerra as cortinas de um mistério de transfiguração – um ritual, ou momento de passagem espiritual que, quando completo, equivale a uma morte seguida de um nascimento. O horizonte familiar da vida foi ultrapassado; os velhos conceitos, ideais e padrões emocionais, já não são adequados; está próximo o momento da passagem por um limiar”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 61.

Amor Transcendente

“(…) fundamentalmente, é uma passagem para dentro – para as camadas profundas em que são superadas obscuras resistências e onde forças esquecidas, há muito perdidas, são revitalizadas, a fim de que se tornem disponíveis para a tarefa de transfiguração do mundo. Cumprida essa etapa, a vida já não sofre sem esperança sob o peso das terríveis mutilações do desastre absoluto, esmagada pelo tempo, terrível ao longo do espaço; mas o seu horror ainda visível e seu gritos aflitos ainda tumultuados, ela se torna penetrada por um amor que a tudo abarca e a tudo sustém e por um conhecimento do seu próprio poder não conquistado. Uma parcela do lume que arde invisivelmente nos abismos de sua materialidade normalmente opaca irrompe, com um distúrbio crescente. Assim, as horrorosas mutilações são vistas, tão somente, como sombras de uma eternidade imanente e imperecível, o tempo se rende à glória, e o mundo canta com o prodigioso e angelical – mas talvez, no final das contas, monótono – canto da sereia das esferas”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 35-36.

Separação e Transfiguração

“O professor Toynbee utiliza os termos “separação” e “transfiguração” para descrever a crise por intermédio da qual é atingida a dimensão espiritual mais elevada que possibilita a retomada do trabalho da criação. O primeiro passo, a separação ou afastamento, consiste numa radical transferência da ênfase do mundo externo para o mundo interno, do macrocosmo para o microcosmo, uma retirada, do desespero da terra devastada, para a paz do reino sempiterno que está dentro de nós”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 27.