“Estudos de resultados, em geral, sugerem que a qualidade do terapeuta é mais importante do que a teoria utilizada. No entanto, as pessoas são curiosas e acredito que a teoria faz diferença, pois orienta o trabalho do terapeuta, quer o paciente perceba ou não.
O primeiro pilar consiste em um modo de pensar sobre o desenvolvimento psicológico. Na escola junguiana, é chamado de individuação. O conceito de individuação oferece um mapa para rastrear um processo de desenvolvimento ao longo da vida. A segunda característica distintiva é uma maneira particular de entender a relação terapêutica. Para isso, em geral, usamos os termos transferência e contratransferência.
Essa relação implica uma conexão mais profunda e complexa entre o analista e o analisando do que a mais óbvia e comumente referida como relação terapêutica.
A terceira grande característica que distingue uma abordagem junguiana é o fato de que trabalhamos intensamente com os sonhos do paciente. Os sonhos não são apenas bem-vindos dentro da análise; eles são ativamente buscados e empregados como passagens para o inconsciente.
O quarto pilar, a imaginação ativa, é exclusivo à psicanálise junguiana. Esse método envolve uma tentativa de se envolver diretamente com os processos do inconsciente.
(…) a combinação desses quatro elementos que distingue a psicanálise junguiana de outros modos de psicoterapia.”
STEIN, Murray. Os quatro pilares da psicanálise junguiana: Individuação – Relacionamento analítico – Sonhos – Imaginação ativa – Uma introdução concisa. Ed. Cultrix, 2023. Local, 58-78.
Uma breve introdução