Bom ou mau

“Só após a superação de todos estes -destinos da pulsão- se apresenta o que denominamos o carater de um homem, o qual, como se sabe, só muito insuficientemente se pode classificar como bom ou mau. Um homem raras vezes é inteiramente bom ou mau; em geral, é «bom» numa circunstância, e <<mau» noutras, ou «bom» em determinadas condições exteriores e decididamente <<«<mau» noutras.

(…)As pulsões egoístas transformam-se, graças à união das componentes eróticas, em pulsões sociais. Aprende-se a apreciar o ser-se amado como uma vantagem, pela qual se pode renunciar a outras. O fator exterior é a coerção da educação, que representa as exigências da civilização circundante, e é em seguida continuada pela ação direta do meio cultural. A civilidade foi adquirida mediante a renúncia à satisfação pulsional e exige de todo o novo indivíduo a repetição de semelhante renúncia. Durante a vida individual tem lugar uma constante transformação da coação externa em coerção interior. As influências culturais levam a que as aspirações egoístas se transformem sempre mais, graças às alianças eróticas, em tendencias altruistas sociais.

“(…)o indivíduo não se encontra apenas sob a influência do seu meio cultural presente, mas está também submetido à influência da história cultural dos seus antepassados.”

FREUD, Sigmund. Porquê a Guerra? – Reflexões sobre o destino do mundo, Ed. Edições 70, 2019, pág. 32-33.

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