Estado de ansiedade perpétua

“Estado de ansiedade perpétua. Nas palavras de Gerhard Schulze, este é um novo tipo de incerteza: “não saber os fins, em lugar da incerteza tradicional de não saber os meios”. Não é mais o caso de tentar, sem ter o conhecimento completo, calcular os meios (os já disponíveis e os tidos como necessários e zelosamente buscados) em relação a determinado fim. O que está em pauta é a questão de considerar e decidir, em face de todos os riscos conhecidos ou meramente adivinhados, quais dos muitos flutuantes e sedutores fins “ao alcance” (isto é, que podem ser razoavelmente perseguidos) devem ter prioridade — dada a quantidade de meios disponíveis e levando em consideração as ínfimas chances de sua utilidade duradoura.Nas novas circunstâncias, o mais provável é que a maior parte da vida humana e a maioria das vidas humanas consuma-se na agonia quanto à escolha de objetivos, e não na procura dos meios para os fins, que não exigem tanta reflexão.”

BAUMAN, Zygmunt.Modernidade líquida, Ed. Zahar, Local: 1117-1123.

Capítulo 2 | Individualidade

Tenho carro, posso viajar

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