“Quando se está no ventre da mãe, o bebê se encontra dentro de um mundo. Ao nascer, ele entra em outro mundo e passa por uma transição de um ambiente escuro para um ambiente claro. Quando o bebê nasce, ele abre os olhos e ouvidos e começa a perceber as coisas, mas não sabe onde está, nem quem são as pessoas ao redor, nem mesmo que são “pessoas”.
Uma teoria chamada “teoria do apego” foi desenvolvida para observar e descrever essa fase. O apego é como uma cola emocional que mantém duas pessoas unidas, fazendo que queiram estar juntas. Outra metáfora seria a gravidade – a pessoa menor é mantida no lugar pela pessoa maior. Essa gravidade é amor.
Quando esse apego é bem estabelecido, a criança começa a aprender à medida que seu cérebro e corpo se desenvolvem. Ela começa a aprender costumes, linguagem e expressões físicas de emoções e sentimentos, observando e imitando aqueles aos quais está mais apegada. Esse estágio da infância, que dura desde o nascimento até cerca de 18 meses ou 2 anos, é uma transição do mundo do útero e do nascimento para um mundo que apresenta pessoas, valores, objetos culturais.
A principal tarefa psicológica que precisa ser alcançada neste estágio inicial é o estabelecimento do apego. A figura materna não precisa ser a mãe biológica. Quem desempenha o papel da figura materna tem a função de atrair a criança para a vida, fazendo que ela queira ficar e participar da vida. É nesse momento que o apego é alcançado com sucesso. Essa é a primeira parte do processo de individuaçã, e o ocorre no estágio materno. Isso às vezes é chamado de “estágio paradisíaco da individuação”.
STEIN, Murray. Os quatro pilares da psicanálise junguiana: Individuação – Relacionamento analítico – Sonhos – Imaginação ativa – Uma introdução concisa. Ed. Cultrix, 2023. Local, 219-235.
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Estágio Um: Infância – A Era da mãe