“Culpar e punir os outros são expressões superficiais de raiva. Se desejamos expressar plenamente nossa raiva, o primeiro passo é eximir a outra pessoa de qualquer responsabilidade por nossa raiva. Em vez disso, fazemos brilhar a luz da consciência sobre nossos próprios sentimentos e necessidades. Ao expressarmos nossas necessidades, é bem mais provável que elas sejam atendidas do que se julgarmos, culparmos ou punirmos os outros. Os quatro passos para expressar a raiva são: (1) parar e respirar; (2) identificar nossos pensamentos que indicam julgamentos; (3) conectar-nos com nossas necessidades; e (4) expressar nossos sentimentos e necessidades não-atendidas. Às vezes, entre os passos 3 e 4, podemos escolher entrar em empatia com a outra pessoa, de modo que ela possa nos escutar melhor quando nos expressarmos no passo 4. Precisamos avançar em nosso próprio ritmo tanto ao aprendermos quanto ao aplicarmos a CNV.”
Rosenberg, Marshall B. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. Editora Ágora. São Paulo, 2006, p. 215.
Tópicos do Capítulo
- Matar pessoas é superficial demais.
- Nunca ficamos com raiva por causa do que os outros dizem ou fazem.
- Para motivar pela culpa, misture estímulo e causa.
- A causa da raiva está em nosso pensamento em idéias de culpa e julgamento.
- Quando julgamos os outros, contribuímos para a violência
- Use a raiva como um chamado de despertar.
- A raiva nos rouba energia ao dirigi-la para ações punitivas.
- Quando tomamos consciência de nossas necessidades, a raiva cede lugar a sentimentos que servem à vida.
- A violência vem da crença de que as outras pessoas nos causam sofrimento e portanto merecem ser punidas.
- Temos quatro opções quando escutamos uma mensagem difícil:
1. Culpar a nós mesmos;
2. Culpar os outros;
3. Perceber nossos próprios sentimentos e necessidades;
4. Perceber os sentimentos e necessidades dos outros. - Os julgamentos dos outros contribuem para criar profecias que acarretam a própria concretização.
- Passos para expressar a raiva:
1. Parar. Respirar;
2. Identificar nossos pensamentos que estão julgando as pessoas;
3. Conectar-nos a nossas necessidades;
4. Expressar nossos sentimentos e necessidades não-atendidas. - Quanto mais escutarmos os outros, mais eles nos escutarão.
- Mantenha-se consciente dos sentimentos violentos que surgem em sua mente, sem julgá-los.
- Quando escutamos os sentimentos e necessidades da outra pessoa, reconhecemos nossa humanidade em comum.
- O que precisamos é que a outra pessoa escute verdadeiramente nosso sofrimento.
- As pessoas não escutam nossa dor quando acham que têm culpa de algo.
- Pratique traduzir cada julgamento numa necessidade não atendida.
- Vá no seu ritmo.