“Aquilo que se nomeia por amor é fundamental para a fenomenologia da coniunctio. O amor é tanto causa como efeito. A coniunctio inferior deriva do amor como concupiscência, enquanto o amor transpessoal (análogo à Afrodite celeste de Platão) gera a coniunctio superior e é por ela gerado: afirmou-se, e com razão, que o amor pelo objeto é o aspecto extrovertido da individuação.
O amor pelo objeto é amor objetivo, um amor purgado do desejo pessoal, um amor que não é um dos lados de um par de opostos, mas que se encontra além destes. Esse amor transpessoal está na base de todas as lealdades sociais e grupais, tais como a fidelidade à família, a um partido, à nação, à Igreja e à própria humanidade. O aspecto extrovertido da coniunctio promove o interesse social e a unidade da raça humana; o aspecto introvertido, a conexão com o Si-mesmo e a unidade da psique individual.
EDINGER, Edward F. Anatomia da Psique. O Simbolismo Alquímico na Psicoterapia, Ed. Cultrix 2006, Pág 239.
Capítulo 8 Coniunctio