Introdução

O processo da psicoterapia, quando quer que se aprofunde, coloca em movimento acontecimentos misteriosos e abismais. É muito fácil, tanto para o paciente como para o terapeuta, perder o sentido de direção. Eis por que há um tão desesperado apego a teorias da psique limitadas e inadequadas; elas ao menos oferecem um sentido de orientação. Caso não desejemos submeter os fenômenos psíquicos ao leito de Procusto de uma teoria preconcebida, devemos sair em busca das categorias que ensejem a compreensão da psique no âmbito da própria psique. Um velho ditado alquímico exorta: “Dissolve a matéria em sua própria água.” (…)

(…) “A real natureza da matéria era desconhecida do alquimista; ele tinha meros indícios a respeito. Ao tentar explorá-la, projetou o inconsciente sobre as trevas da matéria, a fim de iluminá-la… Enquanto fazia suas experiências químicas, o operador passava por determinadas experiências psíquicas que lhe pareciam ser o comportamento particular do processo químico. Como se tratava de uma questão de projeção, ele naturalmente desconhecia o fato de a experiência nada ter a ver com a própria matéria. Ele experimentava sua projeção como uma propriedade da matéria; mas sua experiência, na realidade, era do seu próprio inconsciente.”

Estudando a alquimia, Jung descobriu que essa luxuriante teia(…):

“Cedo percebi que a psicologia analítica coincidia de modo bastante singular com a alquimia. As experiências dos alquimistas eram, num certo sentido, as minhas próprias experiências, assim como seu mundo era meu mundo. Foi, com efeito, uma descoberta marcante: eu encontrara a contraparte histórica da minha psicologia do inconsciente. “

 

EDINGER, Edward F. Anatomia da Psique. O Simbolismo Alquímico na Psicoterapia, Ed. Cultrix 2006, Pág.21.

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