“O fato de o futuro trazer menos liberdade, mais controle, vigilância e opressão não estava em discussão. Orwell e Huxley não discordavam quanto ao destino do mundo; eles apenas viam de modo diferente o caminho que nos levaria até lá se continuássemos suficientemente ignorantes, obtusos, plácidos ou indolentes para permitir que as coisas seguissem sua rota natural.
Em carta de 1769 a Sir Horace Mann, Horace Walpole escrevia que “o mundo é uma comédia para os que pensam, e uma tragédia para os que sentem”.
(…)quando Orwell e Huxley esboçaram os contornos do trágico futuro, ambos sentiram que a tragédia do mundo era seu ostensivo e incontrolável progresso rumo à separação entre os cada vez mais poderosos e remotos controladores e o resto, cada vez mais destituído de poder e controlado.”
BAUMAN, Zygmunt.Modernidade líquida, Ed. Zahar, Local: 992-996.
Capítulo 2 | Individualidade