“A empatia é a compreensão respeitosa do que os outros estão vivenciando. Em vez de oferecermos empatia, muitas vezes sentimos uma forte urgência de dar conselhos ou encorajamento e de explicar nossa própria posição ou nossos sentimentos. Entretanto, a empatia requer que esvaziemos nossa mente e escutemos os outros com a totalidade de nosso ser. Na CNV, não importa quais palavras os outros usem para se expressar, simplesmente prestamos atenção em suas observações, sentimentos, necessidades e pedidos. Podemos então desejar repetir o que ouvimos, parafraseando o que compreendemos. Permanecemos assim em empatia, permitindo que os outros tenham ampla oportunidade de se expressar antes de começar a propor soluções ou pedir por amparo.
Precisamos sentir empatia para dar empatia. Quando percebemos que estamos sendo defensivos ou incapazes de oferecer empatia, precisamos (a) parar, respirar, sentir empatia por nós mesmos, ou (b) gritar de modo não-violento ou (c) dar-nos um tempo.”
Rosenberg, Marshall B. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. Editora Ágora. São Paulo, 2006, pp. 150-151.
Tópicos do Capítulo
As duas partes da CNV:
• expressar-se com honestidade
• receber com empatia.
A compreensão intelectual bloqueia a empatia.
Não importa o que os outros digam, apenas ouvimos o que eles estão (a) observando, (b)
sentindo, (c) necessitando e (d) pedindo.
Preste atenção às necessidades dos outros, e não ao que eles estão pensando de você.
Ao solicitar informações, primeiro expresse seus próprios sentimentos e necessidades.
Repita ao interlocutor mensagens emocionalmente carregadas.
Só parafraseie quando isso contribuir para maior compaixão e entendimento.
Por trás de mensagens intimidadoras, estão simplesmente pessoas pedindo para satisfazermos suas necessidades.
Uma mensagem dificil se torna uma oportunidade de enriquecer a vida de alguém.
Parafrasear poupa tempo.
Permanecendo em empatia, permitimos que nossos interlocutores atinjam níveis mais profundos de si mesmos.
Sabemos que a pessoa que fala recebeu empatia quando: (a) há um alívio de tensão ou (b) o fluxo de suas palavras chega ao fim.
Precisamos de empatia para podermos dar empatia.