“Em situações em que não há uma oportunidade de comunicação, como naquelas em que há perigo iminente, podemos precisar recorrer à força como meio de proteção. A intenção por trás do uso protetor da força para proteção é evitar danos ou injustiças, e nunca punir ou fazer com que as pessoas sofram, se arrependam ou mudem. O uso punitivo da força tende a gerar hostilidades e reforçar a resistência ao próprio comportamento que buscamos obter. A punição diminui a boa vontade e a auto-estima, e desvia nossa atenção do valor intrínseco de uma ação para suas consequências externas. Culpar e punir não contribuem para as motivações que gostaríamos de inspirar nos outros.”
Rosenberg, Marshall B. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. Editora Ágora. São Paulo, 2006, p. 234.
Tópicos do Capítulo
- A intenção por trás do uso da força como proteção é apenas, como o nome indica, proteger; não é punir, culpar ou condenar.
- O medo do castigo corporal obscurece nas crianças a consciência da compaixão subjacente às exigências dos pais.
- As punições também incluem colocar rótulos que expressam julgamentos e retirar privilégios.
- Quando temos medo de ser punidos, concentramo-nos nas consequências, não em nossos próprios valores.
- O medo da punição diminui a auto-estima e a boa vontade.
- Pergunta 1: O que eu quero que essa pessoa faça?
Pergunta 2: Que motivos desejo que essa pessoa tenha para fazê-lo?