O Amor é Maior do Que a Lei

“O amor é maior do que a lei; ele é o vínculo entre o coração do devoto e o coração incondicional de Deus. A lei se baseia na justiça impessoal ponderada segundo o princípio de causa e efeito; mas o amor considera Deus como nosso Pai-Mãe de misericórdia cujo ilimitado perdão está sempre presente, quer se tenha ou não cumprido totalmente a lei.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 101.

Capítulo 35: O Perdão dos Pecados.

Deus é Amor

Assim, o método supremo para que o homem possa livrar-se da necessidade de colher os resultados de suas ações errôneas do passado consiste em abandonar sua condição de ser humano, convertendo-se em filho divino. As más ações de uma alma identificada com o corpo (isto é, como o ego) terão de ser punidas de acordo com a lei do karma; mas se a alma, por meio da meditação extática, libertar-se totalmente de sua identificação com o corpo e se perceber como a pura imagem do Espírito, ela não estará mais sujeita a punição por quaisquer erros que tenha cometido em sua condição humana.

Suponhamos que o poderoso monarca de uma nação se disfarce e vá até uma taverna de seu reino, embriagando-se a ponto de esquecer sua estatura, e dê início a uma violenta briga com um dos clientes. Os taberneiros o levam até o juiz, o qual havia sido indicado para o cargo pelo próprio rei. Quando o juiz está prestes a pronunciar a sentença, o monarca recupera suas faculdades, retira o disfarce e diz: “Eu sou o rei que o nomeou para o cargo de juiz e tenho poder para lançá-lo na prisão. Como você se atreve a condenar-me?” Similarmente, a alma soberana e sempre perfeita, enquanto identificada com o corpo, pode agir mal e ser condenada pelo juiz do karma; mas, quando identifica sua consciência com Deus – o Criador do juiz cármico -, então essa alma régia não está mais sujeita ao julgamento relativo às suas negligências do passado.

(…)

O amor por Deus – a entrega a Deus – destrói no homem o karma da ignorância. O amor puro – o amor divino – remove as barreiras que se interpõem entre o homem e seu Criador. A mulher pecadora que “muito amou” foi transformada pelo toque santificante desse amor.

(…)

Deus é amor. Ainda que a consciência externa esteja iludida ou sob a influência do mal, toda alma é um sagrado receptáculo pleno desse divino amor.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 99-100.

Capítulo 35: O Perdão dos Pecados.

Amar a Deus pela Oração e Meditação

“Santos e sábios que cumprem os dois maiores mandamentos não mais estão subordinados à disciplina dos outros mandamentos, pois, ao amarem a Deus na meditação transcendente e também como manifestado nos demais, honram automaticamente a justiça de todas as leis cósmicas.

(…)

Portanto, amar a Deus pela oração e meditação contínuas e amá-Lo por meio do serviço físico, mental e espiritual a todas as Suas manifestações em nossa família universal – eis o fundamento e a essência da totalidade das outras leis de conduta humana e das vidas libertadas.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 509.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

Conhecer a Deus para Amá-Lo

“Embora seja necessário amar a Deus para conhecê-Lo, é igual mente verdade que precisamos conhecer Deus para amá-Lo.

(…)

Há apenas um Criador de todas as faculdades do homem. Deus é a Origem do amor com que amamos; de nossas almas com que cla mamos pela imortalidade; de nossas mentes e processos mentais com que pensamos, raciocinamos e alcançamos êxito; e de nossa vitalidade com que nos empenhamos nas atividades da vida.

(…)

Amar a Deus de toda a alma requer a completa quietude da interiorização transcendente.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 503-505.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

Filiação Divina

“Os devotos que amam profundamente a Deus, sabendo que Ele é seu Pai amoroso, jamais sentem que precisam mendigar a Ele suas necessidades diárias, pois Deus lhes dará tudo o que necessitam sem que precisem pedir. Deus não deseja que Seus filhos se dirijam a Ele como mendigos. As preces mendicantes expressam dúvida quanto aos próprios direitos divinos como herdeiros do reino infinito de Deus.

Um mendigo obtém o que lhe cabe como mendigo, mas um filho tem direito à sua parte como filho. Esta é a consciência com que devemos nos dirigir ao Pai Celestial. Ele está sempre disposto a prover Seus filhos, bastando que estes se tornem capazes de receber, ao haver comprendido plenamente a sua imortal filiação divina.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 549.

Capítulo 28: O Pai-Noso: Jesus ensina seus seguidores a orar – O Sermão da Montanha, parte III.

Templo do Nosso Coração

Acima de tudo, Deus aprecia as dádivas do amor, da paz e da devoção oferecidas no templo de nosso próprio coração ou através do templo dos corações dos demais. (…) A má vontade para com um irmão desafeiçoado é uma profanação do templo interior da harmonia.

A desarmonia que resulta da inimizade é o juiz e o guarda que lança a pessoa no cárcere da perturbação interior. Na verdade, nin guém pode sair da prisão da desarmonia a menos que abandone in ternamente o último ceitil da ira, do ressentimento e dos sentimentos de vingança. Considerar quem quer que seja como inimigo significa eclipsar a presença de Deus naquela alma.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 515-516.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Deus na Paz do Silêncio e na Fraternidade

“Aqueles que conhecem Deus como Paz no templo interior do silêncio e que lá reverenciam esse Deus de Paz são, por meio desse relacionanamento de comunhão divina, Seus verdadeiros filhos.

(…)

A consciência de “filho de Deus” nos faz sentir amor por todas as criaturas. (…) O Pai não reconhece nenhuma denominação criada pelo homem; Ele ama a todos, e Seus filhos precisam aprender a viver nessa mesma consciência. Quando o homem restringe sua identidade à sua humana natureza étnica, isto dá origem a infortunios intermináveis e ao fantasma da guerra.

Os seres humanos receberam, potencialmente, ilimitado poder como prova de que são realmente os filhos de Deus. Em tecnologias como a da bomba atômica percebemos que, se o homem não utilizar corretamente seus poderes, ele se destruirá. (…) O poder do homem para promover a guerra está crescendo; assim precisa também crescer sua habilidade de promover a paz. A melhor forma de impedir a ameaça da guerra é a fraternidade – a percepção de que, como filhos de Deus, somos todos uma só família.

Todo aquele que incite a discórdia entre nações irmãs, à guisa de patriotismo, é um traidor de sua divina família.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 488-489.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Misericórdia

“A misericórdia é uma espécie de angústia paternal diante das imperfeições de um filho que incidiu o erro.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 484.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Deus Justo

“Quando é que um Deus justo cancelaria repentinamente o direito inato de um indivíduo (de continuar se esforçando pela consumação dos potenciais de seu verdadeiro Eu) para fazê-lo sofrer num inferno eterno? É inadmissível que Jesus, sendo a encarnação do amor, da misericórdia e do perdão, pudesse pregar e apoiar tal doutrina. O contexto de toda a sua vida e ensinamentos impossibilita uma inter pretação literal das referências ao inferno como um lugar de ardente tormento eterno.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 248.

Capítulo 41: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte II).

Expandir em Amor e Serviço

Aquele que se desvincula da felicidade e do bem-estar dos outros já se condenou ao isolar-se do Espírito que permeia todas as almas, pois quem não se expande em amor e serviço ao Deus presente nos outros desconsidera o poder redentor da conexão com a universalidade de Cristo. Todo ser humano recebeu o poder de fazer o bem; se ele deixa de utilizar tal atributo, seu nível de evolução espiritual não é muito superior ao egoísmo instintivo do animal.

(…) Expandir continuamente o círculo do amor significa sintonizar a consciência humana com o Filho unigênito.

Nota: “Um ser humano é parte de um todo, por nós denominado ‘o Universo’, uma parte limitada no tempo e no espaço. Ele percebe a si próprio, seus pensamentos e sentimentos, como algo separado do restante – uma espécie de ilusão óptica de sua consciência. Essa ilusão é como uma prisão para nós, restringindo-nos a nossos desejos pessoais e à afeição por algumas poucas pessoas que nos são mais próximas. Nossa tarefa deve ser a de libertar-nos dessa prisão, ampliando nosso círculo de compaixão para abranger todas as criaturas vivas e a totalidade da natureza em sua beleza.” Albert Einstein

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 301.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.