O Martírio não é o Caminho da Salvação

“O autor rejeita a propaganda ortodoxa em favor do martírio o caminho da salvação – e demonstra horror às suas exclamações de alegria diante de atos de violência contra os “pequeninos”. Desse modo, a comunidade católica “se diri- girá para um destino sombrio”;  muitos fiéis “serão oprimidos entre eles”.

o Apocalipse de Pedro…

(…) Aquele que você contempla feliz e sorridente em cima da cruz é o Jesus vivo. Mas este cujas mãos e pés estão perfurados por pregos é a sua parte carnal, é o substituto submetido à vergonha, aquele que veio à vida em sua semelhança. Eles aviltaram o que restou de sua aparência. E olhe para ele e (olhe para) mim!” *(Ibid., 81.15-24, em NHL 344.)

Através dessa visão, Pedro aprendeu a encarar o sofrimento. No início, temeu que ele e seu Senhor “morreriam”; agora compreendia que só o corpo, “sua réplica carnal”, o “substituto”, poderia morrer. O Senhor explica que a “parte primal”, o espírito inteligente, é libertado para se unir “à luz perfeita do meu santo espírito.”

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 106-107.

Capítulo: 4- A Paixão de Cristo e a Perseguição aos Cristãos.

A Paixão de Cristo e a Perseguição

Existe um fato no qual quase todos os relatos acerca de Jesus de Nazaré, escritos por pessoas hostis ou devotadas a ele, concordam: que por ordem do procurador romano da Judéia, Pôncio Pilatos, ele foi condenado e crucificado (ca. 30). Tácito, o aristocrático historiador romano (ca. 55-115):

…designou como réus e puniu com extrema crueldade uma classe de pessoas detestadas por seus vícios, chamada pela multidão de cristãos. Cristo, que lhes atribuiu o nome, foi condenado à morte no reino de Tibério, por sentença do procurador Pôncio Pilatos, e a superstição maligna foi reprimida por algum tempo, mas eclodiu mais uma vez, não apenas na Judéia, o berço da enfermidade, mas também na capital, onde tudo de horrível ou vergonhoso no mundo reunia-se e convertia-se no assunto da moda. *(1. Tácito, Annals 15.44.2-8.)

(…) se as fontes possuem um consenso em relação aos fatos básicos da execução de Jesus, os cristãos discordam radicalmente de sua interpretação. Um texto gnóstico de Nag Hammadi o Apocalipse de Pedro, descreve uma versão totalmente diferente âa crucificação.”

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 79-81.

Capítulo: 4- A Paixão de Cristo e a Perseguição aos Cristãos.

A Civilização do Porvir

“Uma tempestade de amarguras varrerá toda a Terra. Os filhos da Jerusalém de todos os séculos devem chorar, contemplando essas chuvas de lágrimas e de sangue que rebentarão das nuvens pesadas de suas consciências enegrecidas. Condenada pelas sentenças irrevogáveis de seus erros sociais e políticos, a superioridade europeia desaparecerá para sempre, como o Império Romano, entregando à América o fruto das suas experiências, com vistas à civilização do porvir.

Vive-se agora, na Terra, um crepúsculo, ao qual sucederá profunda noite; e ao século XX compete a missão do desfecho desses acontecimentos espantosos.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 202.

Evolução da Humanidade

“E a figura mais dolorosa, ali relacionada, que ainda hoje se oferece à visão do mundo moderno, é bem aquela da igreja transviada de Roma, simbolizada na besta vestida de púrpura e embriagada com o sangue dos santos.

Reza o Apocalipse que a besta poderia dizer grandezas e blasfêmias por 42 meses, acrescentando que o seu número era o 666 (Apocalipse, 13:5 e 18). Examinando-se a importância dos símbolos naquela época e seguindo
o rumo certo das interpretações, podemos tomar cada mês como sendo de 30 anos, em vez de 30 dias, obtendo, desse modo, um período de 1260 anos comuns, justamente o período compreendido entre 610 e 1870, da nossa era, quando o papado se consolidava, após o seu surgimento, com o imperador Focas, em 607, e o decreto da infalibilidade papal com Pio IX, em 1870, que assinalou a decadência e a ausência de autoridade do Vaticano, em face da evolução científica, filosófica e religiosa da humanidade.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 117.

Apocalipse de Elias

“Em muitas listas, escritos e papéis dos antigos escritores eclesiásticos, encontra-se a menção de um “Apocalipse de Elias”, apócrifo, havendo citações do mesmo em Coríntios (1) 2:9, e outras passagens da Bíblia. O antigo Livro de Elias ou Apocalipse de Elias era conhecido pelos místicos da Grande Fraternidade Branca, sendo do conhecimento de todos os Rosacruzes Orientais que se trata de um registro muito sagrado da antiga história e dos ensinamentos dos Essênios e Nazarenos. Nos primeiros séculos da Era Crista e durante a vida de Jesus, o Apocalipse de Elias era bastante conhecido e utilizado nas aulas dos membros mais avançados da organização. Mas, como ocorreu com muitos outros registros valiosos e iluminadores, relativos aos ensinamentos mais secretos, o Apocalipse de Elias deixou de pertencer ao domínio público e se “perdeu”.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 137.