Enriquecer o Pensamento

“Achando-se a mente na base de todas as manifestações mediúnicas, quaisquer que sejam os característicos em que se expressem, é imprescindível enriquecer o pensamento, incorporando-lhe os tesouros morais e culturais, os únicos que nos possibilitam fixar a luz que jorra para nós das esferas mais altas, por meio dos gênios da sabedoria e do amor que supervisionam nossas experiências.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 11-18.

Ponto de Partida Existencial

Chegamos cada vez mais perto de nossa pauta e ponto de partida existencial: o domínio de si mesmo, oriundo do autoconhecimento, da aceitação do que temos e somos.

Transformar-se significa dar forma em si mesmo, escolher ser e realizar tudo o que podermos e que, em verdade, já somos, na mente daquele que é.

General

O Que é Realmente a Liberdade

“Procure compreender o que é realmente a liberdade e como ela é alcançada. A liberdade não é o direito ou a capacidade de fazer o que se quer. Ela vem da compreensão dos próprios limites e dos limites naturais estabelecidos pela providência divina. Ao aceitar os limites e as inevitabilidade da vida e ao trabalhar com eles em vez de lutar contra eles, nos tornamos livres.”

Epicteto. A arte de viver/ Epicteto; uma nova interpretação de Sharon Lebell. Sextante, Rio de Janeiro, 2018, pp. 41-42.

O Corpo e o Ser

“Enquanto se apegar de alguma forma a esse corpo à feição de cadáver”, escreve o monge hindu Shankaracharya, “o homem é impuro e sofre com seus inimigos, tal como sofre no nascimento, na enfermidade e na morte; mas quando se concebe a si mesmo como [ser] puro, como a essência do Deus e do Imóvel, ele se liberta… Rejeita com energia essa limitação de um corpo inerte e corrupto por natureza. Esquece-o. Pois o que foi vomitado (como deves vomitar teu corpo) só pode causar desgosto quanto retorna à mente”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 123.

Superar a Ignorância

“Não obstante, todo fracasso em lidar com uma situação da vida deve traduzir-se, no final, como restrição à consciência. As guerras e as explosões emocionais são paliativos da ignorância; os arrependimentos, iluminações que vêm tarde demais. Todo o sentido do mito onipresente da passagem do herói reside no fato de servir essa passagem como padrão geral para homens e mulheres, onde quer que se encontrem ao longo da escala. Assim sendo, o mito é formulado nos mais amplos termos. Cabe ao indivíduo, tão somente, descobrir sua própria posição com referência a essa fórmula humana geral e então deixar que ela o ajude a ultrapassar as barreiras que lhe restringem os movimentos. (…)

No consultório do psicanalista moderno, os estágios da aventura do herói ainda vêm a lume nos sonhos e alucinações dos pacientes. Camada após camada de falta de autoconhecimento é penetrada, exercendo o analista o papel de auxiliar, de sacerdote iniciatório. (…)

O ponto nevrálgico da curiosa dificuldade reside no fato de que as nossas concepções conscientes a respeito de que a vida deve ser raramente correspondem àquilo que a vida de fato é”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 121.

Limiar e imortalidade

“(…) a passagem do limiar constitui uma forma de auto aniquilação. (…) O desaparecimento  corresponde à entrada do fiel  no templo – onde ele será revivificado pela lembrança de quem e do que é, isto é, pó e cinzas, exceto se for imortal. O interior do templo, ou ventre da baleia, e a terra celeste, que se encontra além, acima e abaixo dos limites do mundo, são uma só e a mesma coisa”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 92.

Conhece-te a Ti Mesmo

Diário Espiritual de 11 de março de 2020

“Conhece-te a ti mesmo é o grande desafio da alma humana, imersa na ilusão sensorial convencional. Redescobrir-se Unidade com o Uno é ultrapassar a pseudo separatividade que se imprime ao atual estágio da evolução humana.

Árduo caminho é olhar para si, e nisto a filosofia tem o poder de apaziguar o espírito a partir do transporte de nossa mente a novos patamares de compreensão da vida e seus doces mistérios.

O sábio é aquele que aprendeu a saborear cada momento com a certeza de que a saciedade plena é a sua origem, destino e natureza, seguindo assim suavemente pela vida.”

W.W.