A filosofia se realiza como reflexão

“A filosofia torna-se, então, o pen­samento interrogando-se a si mesmo. Por ser uma volta que o pensamento realiza sobre si mesmo, a filosofia se realiza como reflexão ou, seguindo o oráculo de Delfos busca realizar o “Conhece-te a ti mesmo“. 

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14º Edição. São Paulo: Editora Ática. 2020, pág. 24.

Introdução: Para que filosofia?

Atitude filosófica: indagar

Aula Magna

Comece compreendendo-se a si mesmo

“Diante de sua surpresa,a criança que entorta e desentorta a colher lhe diz simplesmente:A colher não existe“. Neo está diante de uma contradão entre visão e realidade: o que ele não existe e o que existe não é visto por ele. 

Exatamente por isso e por estar perplexo, sem compreender o que se passa, é que o oráculo lhe mostra a inscrição sobre a porta – Conhece-te a ti mesmo, indicando-lhe que antes de tentar resolver os enigmas do mundo externo será mais proveitoso que comece compreendendo-se a si mesmo.” 

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14º Edição. São Paulo: Editora Ática. 2020, pág. 18.

Introdução: Para que filosofia?

E se não for bem assim?

Aula Magna

O Reino está Dentro e Fora

“(…) Ora, o Reino está, ao mesmo tempo, fora e den tro de vocês. Quando obtiverem o autoconhecimento, então serão conhecidos, e perceberão que são os filhos do Pai vivo. Mas, caso não conheçam a si mesmos, farão da pobreza sua morada, e serão essa pobreza.” *(Evangelho de Tomé 32.19-33.5, em NHL 118. nfasea centada.)

(…) Esse “Reino”, então, simboliza um estado de transformação da consciência.

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 146.

Capítulo: 6- Gnosis: Autoconhecimento Como Conhecimento de Deus.

Receber o Conhecimento

“Silvano prossegue:

Bata em si mesmo como quem bate em uma porta e caminhe sobre si mesmo como se percorresse uma estrada reta. Se caminhar nessa estrada, será impossível perder-se. (…) Abra a porta para si mesmo para que possa se conhecer(…) Aquilo que abrires para si mesmo se abrirá. *(Ibid., 106.30-117.20, em NHL 356-361)

O Evangelho da Verdade expressa o mesmo pensamento:

(…) Se alguém possui conhecimento, ele recebe o que lhe pertence e o atrai para si mesmo(…) Aquele que receber o conhecimento dessa forma sabe de onde vem e para onde está indo. *(Evangelho da Verdade 21.11-22.15, em NHL 40)

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 145.

Capítulo: 6- Gnosis: Autoconhecimento Como Conhecimento de Deus.

Conhece-te a Ti Mesmo

“O conformismo à norma da fé limitava todos os cristãos a uma ideologia inferior: “Eles dizem: “[Mesmo que] um [anjo] venha do céu e pregue a você além daquilo que nós pregamos, deixe-o ser excomungado!” A fé nos sacramentos demonstra um pensamento ingênuo e irracional: os cristãos católicos praticam o batismo como um rito de iniciação que lhes garante “uma esperança de salvação”,” por lhes acreditarem que só aqueles que recebem o batismo são “guiados para a vida”.

Contra essas “mentiras” o gnóstico declara que “isto, portanto, é o verdadeiro testemunho: quando um homem conhece a si mesmo e Deus está acima da verdade, ele se salvará”.” Apenas aqueles que reconhecem sua ignorância e aprendem a libertar-se pela descoberta de quem são vivenciam a iluminação como uma nova vida, como “a ressurreição. Os rituais físicos como o batismo são irrelevantes, pois “o batismo da verdade é algo diverso; é pela renúncia [ao] mundo que o encontramos”.

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 126.

Capítulo: 5- Qual é a “Verdadeira Igreja”?

Compreensão Espiritual e Autoconhecimento

Primeiro, os judeus e os cristãos ortodoxos insistem que um abismo separa a humanidade de seu Criador: Deus é exatamente o oposto. Mas alguns dos gnósticos que escreveram esses evangelhos contradizem isso: o autoconhecimento é o conhecimento de Deus; o eu e o divino são idênticos. (…) o “Jesus vivo” desses textos fala de ilusão e iluminação, não de pecado e arrependimento(…). Em vez de ter como missão nos salvar do pecado, ele veio para ser um guia que abre o acesso à compreensão espiritual.”

PAGELS, Elaine. Os Evangélhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. XXI-XXII.

Capítulo: Introdução.

Os Sinais Distintivos do Sábio

“(Os sinais distintivos do sábio são:) humildade, ausência de hipocrisia, inofensividade, capacidade de perdoar, retidão, serviço ao guru, pureza de mente e de corpo, firmeza, autocontrole;

Indiferença aos objetos dos sentidos; ausência de egotismo, compreensão das dores e dos males (intrínsecos à vida mortal): nascimento, doença, velhice e morte;

Desapego, não identificação do Eu com filhos, esposa e casa, por exemplo; equanimidade ininterrupta em circunstâncias de sejáveis ou indesejáveis;

Inabalável devoção a Mim pela yoga que nega a separatividade, busca de lugares solitários, rejeição da companhia de homens mundanos;

Perseverança no Autoconhecimento; e percepção, por meio da meditação, do objeto de toda a aprendizagem: a verdadeira essência ou significado. Todas essas qualidades constituem sabedoria; as qualidades opostas a elas constituem ignorância.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 497.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Prioridades e Consistência ao Longo do Tempo

“Acabe com o hábito confortável e obstinado de idolatrar seus compromissos menores e ignorar seu pacto mais importante com a sabedoria. Ninguém vai responder pelo que você faz.”

(…)

“Sistematize e programe seus compromissos. Deixe que a secretária de seu julgamento lúcido determine o itinerário cotidiano de sua vida.”

(…)

“O primeiro gole não faz um bêbado. Uma série de repetições levianas de uma ação errada elege o hábito dominador como governante. A força quantitativa prevalece sobre a frágil voz qualitativa da razão (…)”

YOGANANDA, Paramahansa. Como Despertar Seu Verdadeiro Potencial. Ed. Pensamento. Versão Kindle, 2019, Posição 154-162.

Porta Aberta Entre os Mundos

“– E essas respostas – continuou meu colega – traduzem equação definitiva para os problemas que expõem?

– Isso não – aclarou o Assistente, convicto –; entre o auxílio e a solução vai sempre alguma distância em qualquer dificuldade, e não podemos esquecer que cada um de nós possui os seus próprios enigmas.

Se é assim, por que motivo o intercâmbio? Se os desencarnados não podem oferecer uma conclusão pacífica aos tormentos dos irmãos que ainda se demoram na carne, por que a porta aberta entre eles e nós?”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 18.

Commodity Mediúnico

“Mediunidade não basta por si só.
É imprescindível saber que tipo de onda mental assimilamos para conhecer da qualidade do nosso trabalho e ajuizar de nossa direção.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 11-18.