Avatar do Grande Seth

” (…) gostaria de destacar uma pequena parte do texto que diz: “Jesus, o vivo, aquele a quem o grande Seth se revestiu”. O texto na língua inglesa está escrito: “Jesus the living one, even he whom the great Seth has put on.” A parte do texto “Seth has put on” em uma tradução literal ficaria algo como: “Seth colocou”. Seth colocou no sentido de vestir, como quem veste uma roupa, ou seja, o autor está relatando que Seth se vestiu ou se revestiu de Jesus, como se Jesus fosse uma roupa, ou um veículo o qual o grande Seth pode se manifestar no mundo material. Algo como um avatar, do Sânscrito अवतार (Avatāra), que significa “descida” e representa a aparência ou a encarnação de um Ser Supremo, assim como o grande Seth, ou seja, de acordo com o texto Jesus seria a encarnação, o avatar do grande Seth.”

Nascimento, Peterson do. Evangelho Copta dos Egípcios (Coleção Apócrifos do
Cristianismo Livro XVI) – Versão Kindle, Posição 616.

Enviados de Jesus ao Plano Material

“Krishna, Buda e outros grandes enviados de Jesus ao plano material, para exposição de suas verdades salvadoras, foram compreendidos pelo grande povo sobre cuja fronte derramou o Senhor, em todos os tempos, as claridades divinas do seu amor desvelado e compassivo.

(…)

Nos bastidores da civilização, somos compelidos a reconhecer que a Índia foi a matriz de todas as filosofias e religiões da humanidade (…).”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 46-48.

Elo Entre Ocidente e o Oriente

Ainda assim, o valor global desses registros é inestimável numa pesquisa sobre o Jesus histórico. Há dois modos de conhecer um avatar. Primeiro, vislumbrando sua essência que brilha através de uma miscelânea de fatos, lendas, distorções inocentes ou propositais; e, por um exame cuidadoso, distinguindo o que é significativo e o que é irrelevante, assim como uma pessoa é reconhecida pelo que ela é, e não por seu vestuário. E, segundo, conhecendo diretamente um mestre por meio da comunhão divina intuitiva com essa alma – assim como muitos conheceram Jesus Cristo ao longo dos séculos, tal como São Francisco de Assis, a quem Jesus aparecia todas as noites em carne e osso, Santa Teresa d’Ávila e muitos outros da religião cristã; e tal como Sri Ramakrishna, um hindu, e também eu, estivemos muitas vezes na presença tangível de Jesus. Jamais teria eu assumido a tarefa de escrever este livro sem a certeza do conhecimento pessoal desse Cristo.

(…) seus ensinamentos, interiormente oriundos de sua realização divina e exteriormente nutridos por seus estudos com os mestres, expressam a universalidade da Consciência Crística que não conhece fronteiras de raça ou credo.

Tal como o sol, que nasce no Oriente e viaja para o Ocidente difundindo seus raios, também Cristo surgiu no Oriente e veio ao Ocidente para ser consagrado em uma vasta cristandade (…) Palestina (…) Esse local era o eixo ligando o Oriente com a Europa.

(…) Esse grande Cristo, irradiando a força e o poder espiritual do Oriente ao Ocidente, é um elo divino a unir os povos que amam a Deus – orientais e ocidentais.

(…) Os puros raios prateados e dourados da luz solar parecem vermelhos ou azuis quando observados através de vidros vermelhos ou azuis. Assim, também, a verdade apenas parece ser diferente quando colorida por uma civilização oriental ou ocidental.

(…)

Jesus foi um oriental – de nascimento, família e educação. Separar um mestre do contexto de sua nacionalidade significa nublar o entendimento por meio do qual ele é percebido.  

(…) Elaine Pagels, Ph.D – The Gnostic Gospel”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 99-101.

Capítulo 5: Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia.

O Estudo dos Livros Sagrados e a Meditação

Os pergaminhos tibetanos relatam que enquanto esteve entre os budistas Jesus dedicou-se ao estudo de seus livros sagrados e podia discorrer perfeitamente sobre eles. Aparentemente por volta da idade de 26 ou 28 anos, ele pregou sua mensagem no estrangeiro enquanto se dirigia de volta a Israel através da Pérsia e de países adjacentes, encontrando fama entre a população e hostilidade por parte das classes sacerdotais do zoroastrismo e outras.

Isso não significa que Jesus tenha aprendido tudo o que ensinou de seus mentores espirituais e daqueles com quem se associou na Índia e regiões vizinhas. Os avatares já vêm com seu cabedal de sabedoria. O tesouro de realizacão divina de Jesus foi meramente reavivado e moldado de forma a adequar-se à sua missão singular, durante sua permanência entre os sábios hindus, monges budistas e particularmente os grandes mestres da yoga, de quem recebeu iniciação na ciência esotérica da união divina por meio da meditacão. Do conhecimento que acumulara e da sabedoria que brotara de sua própria alma em meditação profunda, ele destilou para as multidões parábolas simples acerca dos princípios ideais pelos quais se deve dirigir a vida aos olhos de Deus. Todavia, ele ensinou os mistérios mais profundos aos discípulos mais próximos, que estavam prontos para recebê-los, como está evidenciado no livro do Apocalipse de São João no Novo Testamento, cuja simbologia tem correspondência exata com a ciência iogue da realização divina.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 97-98.

Capítulo 5: Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia.

O Senhor da Vinha e a Consciência Crística

Em uma parábola simples que encerra verdades metafísicas, Jesus relata como, no princípio de um incomensurável ciclo da criação universal, o “Pai de Família” Cósmico criou esta Terra como uma fértil vinha em que Seus filhos humanos – as almas, um reflexo de Seu próprio e único Ser – destinavam-se a trabalhar como “lavradores” a fim de cultivar os frutos da libertadora sabedoria e com eles deleitar-se. O Senhor cercou a vinha terrena com a aura de Suas vibrações divinas, cavou na consciência humana um lagar de intuição e edificou ali uma torre de visão espiritual. Depois disso entregou essa vinha aos cuidados de Seus lavradores – as almas encarnadas – e “ausentou-se para longe“, ou seja, ocultou-Se no plano transcendente da Consciência Cósmica pela duração daquele ciclo da criação.

Chegando o tempo dos frutos” – quando Deus esperava que os lavradores das videiras da sabedoria a quem arrendara a frutífera vinha colhessem a safra de muitas experiências belas –, Ele enviou Seus profetas para coletar desses lavradores uma parte de sua colheita de amor e gratidão fertilizada pela sabedoria. Mas as pessoas da Terra, cuja prístina consciência espiritual se havia degradado sob a influência da ilusão, recusaram-se a aceitar os mensageiros de Deus e os rejeitaram com violência. Muitos outros profetas enviados à Terra foram igualmente caluniados e assassinados. Um deles veio na forma de João Batista e também foi tratado de modo vergonhoso.

Por último, o Senhor da vinha resolveu enviar às pessoas ingratas e cruéis da Terra Seu reflexo único em toda a criação vibratória – O Filho ou Consciência Crística – manifestado na forma de um avatar. Deus esperava que tais pessoas ingratas demonstrassem reconhecimento a Ele, reverenciando Seu filho. Entretanto, elas estavam embriagadas com a ilusão. Em sua perversidade, desejaram desfrutar as bênçãos da Terra sem a interferência dos preceitos orientadores de Deus ou de Seus emissários. Apesar da evidência de que esse filho era “o herdeiro“, um autêntico representante de Deus em quem a consciência divina estava plenamente manifestada, eles o mataram com a expectativa de “apoderar-se de sua herança, ou seja, de governar a Terra de acordo com seus próprios desejos, em vez de fazê-lo segundo os princípios da retidão.

É evidente que nesse caso Jesus se referia a si próprio, profetizando sua crucificação – o ponto culminante do mau tratamento que havia recebido dessas pessoas egotistas que ocupavam cargos de autoridade – e também o inevitável resultado de tais atos: o Senhor da vinha da Terra, por meio da Lei Cósmica, puniria os responsáveis pelo mal causado a Seu filho e daria a vinha a outros arrendatários que tentariam cultivar os frutos da sabedoria e oferecê-los em agra decida adoração. (…) “entenderam que falava deles“.

Outros lavradores” – aqueles que entregariam ao Senhor Vinha “os frutos a seu tempo” – é uma referência às gerações futuras de devotos que reverenciariam a vida exemplar de Jesus e seus ensinamentos. Por meio da devoção à Consciência Crística manifestada nesse filho divino, eles colheriam de seu trabalho na vinha da Terra uma profusa safra de sabedoria divina: a percepção do reino divino presente dentro deles – uma região de tão abundante bem-aventurança que eles voluntariamente devolveriam ao Senhor, na forma de louvor e adoração, os frutos que haveriam de colher.

Jesus prosseguiu, profetizando que a Consciência Crística – rejeitada por aqueles que haviam edificado sua própria civilização – seria a pedra angular utilizada na construção do templo de uma vida celestial sobre a Terra.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 182-183.

Capítulo 65 : Jesus ensina pela última vez no templo de Jerusalém.

O Tempo Exato

“O “acaso” é coisa desconhecida no Cosmo, pois tudo obedece a um plano inteligente, o os mínimos acontecimentos da vida humana interligam-se as causas e efeitos em correspondência com a esquema do Universo Moral. Sem dúvida, há um fatalismo irrevogável no destino do homem a sua eterna Felicidade. Ninguém jamais poderá furtar-se de ser imortal e venturoso, pois, se isso fosse possível, Deus também desapareceria, porque o espírito humano é da mesma substância do Criador. Dentro do plano inteligente de aperfeiçoamento dos homens e dos mundos, o Alto atende aos períodos de necessidades espirituais das humanidades encarnadas, assim que elas se manifestam mais sensíveis para as novas revelações e evolução dos seus códigos morais.

Na época exata dessa necessidade ou imperativo de progresso espiritual, manifesta-se na Terra um tipo de instrumento eletivo a cada raça ou povo, a fim de apurar -lhe as idiossincrasias, ajustar o temperamento e eliminar à É uma vida messiânica de esclarecimento sobre o fanatismo religioso e o preparo de um melhor esquema espiritual o futuro. Antúlio, o filósofo da Paz, pregou aos atlantes as relações pacíficas entre os homens; Orfeu deixou seu rasto poético e saudosa melodia de confraternização entre os gregos; Hermes ensinou no Egito a imortalidade da alma e as obrigações do espírito após a morte do corpo físico; Lao-Tse e Confúcio atenderam ao. povo chinês, semeando a paciência e a amizade sob as características regionais; Moisés, quase à força, impôs a ideia e o culto de Jeová, um único Deus; Zoroastro instruiu os persas na sua obrigação espiritual; Krishna despertou os hindus para o amor a Brahma, e Buda, peregrinando pela Ásia, aconselhou a purificação da mente pela luz do coração.

Todas as encarnações desses instrutores espirituais precederam Jesus no tempo certo e obedecendo a um programa evolutivo delineado pelo Alto. Eles amenizaram paixões, fundiram crenças, fortaleceram a mente terrena. aposentaram deuses epicuristas, propuseram deveres e prepararam a humanidade para fazer jus à crença em um só Deus e a disciplinar-se por um só Código Moral do mundo, o qual seria o Evangelho.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 186..

Identidade Sideral

“Mais uma vez tomais a palavra do espírito pelo espirito da palavra, porquanto não estamos nos referindo a qualquer situação geográfica ou astronómica nestes relatos. Jesus deixou o seu reino espiritual apenas quanto à redução do seu campo vibratório e da sua consciência sideral, mas não veio de qualquer outra latitude astronómica ou cósmica. A esfera dos Amadores é um conjunto sideral de almas excelsas e identificadas por um padrão espiritual semelhante ao de Jesus. São espíritos eletivos, entre si, que formam um todo ou coletividade sideral e vibram, felizes, unidos pela mesma natureza angélica. Não se trata de uma “esfera material” ou planeta físico, mas de um “estado vibratório” peculiar e de natureza superior. São entidades portadoras de um Amor incondicional; e sentem-se felizes quando eleitas para qualquer missão redentora nos mundos físicos, dispondo-se a todos os sacrifícios em benefício dos seus irmãos que ainda se encontram nesses planos inferiores.

(…)

Jesus foi um “Avatar” eleito da esfera dos Amadores para baixar à Terra no tempo predito, porque só um espírito do quilate dessa esfera seria capaz de tanto amor e renúncia para a missão de redimir o homem terreno.

No entanto, desde a origem do vosso orbe, ele jamais deixou de presidir os vossos destinos, atento ao esquema evolutivo traçado há trilhões de anos terrestres na elaboração do atual “Grande Plano que vos proporciona a aquisição individual de consciência espiritual.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 76-77.

Nascimento do Avatar e Vibração

“O nascimento de “Avatares” ou de altas entidades siderais no vosso orbe, como Jesus, exige a mobilização de providencias incomuns por parte da técnica transcendental, cujas medidas ainda são ignoradas e incompreendidas pelos terrícolas. É um acontecimento previsto com muita antecedência pela Administração Sideral*, pois do seu evento resulta uma radical transformação no seio espiritual da humanidade.

(…)

para cumprir a missão excepcional no prazo marcado pelo Comando Superior, o plano de sua encarnação também prevê o clima espiritual de favorecimento e divulgação de sua mensagem na esfera física. Deste modo, encarnam-se com a devida antecedência, espíritos amigos, fiéis cooperadores, que empreendem a propagação das ideias novas ou redentoras, recebidas do seu magnifico Instrutor, em favor da humanidade sofredora.

*Nota: Vide a obra de Ramatis, Mensagens do Astral, cap. “Os Engenheiros Siderais e o Plano da Criação“, que dá uma ideia aproximada da “Administração Sideral”  Trecho extraído da obra A Caminho da Luz, de Emmanuel, por Chico Xavier: “Rezam as tradições do mundo espiritual que, na direção de todos os fenômenos do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.

Jesus foi um “Avatar” ou seja, uma entidade da mais alta estirpe sideral já liberada da roda exaustiva das reencarnações educativas ou expiatórias. Em consequência, a sua encarnação não obedeceu às mesmas leis próprias das encarnações comuns dos Espíritos primários e atraídos à carne devido aos recalques da predominância do instinto animal. 

(…) Jesus, o Sublime Peregrino, ao baixar à Terra em missão sacrificial e sem culpas a redimir, para facilitar o seu ligamento com a matéria, viu-se obrigado a mobilizar sua vontade num esforço de reviver ou despertar na sua consciência o desejo de retorno à vida física já extinto em si há milênios e milênios. A fim de vencer a distância vibratória existente entre o seu fulgente reino angélico e o mundo terreno sombrio, ele empreendeu um esforço indescritível de “auto-redução”, tão potencial quanto ao que um raio de Sol teria de exercer em si mesmo para conseguir habitar um vaso de barro.

(…)

(…) para alcançar a matéria na sua expressão mais rude, teve de submeter-se a um processo de abaixamento vibratório perispiritual, de modo a ajustar-se ao metabolismo biológico de um corpo carnal.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 31-33.

Justiça Divina e Carma

“Examinando as tropelias sangrentas narradas no Velho Testamento, podemos certificar-nos do imenso número de soldados, comparsas e aventureiros judeus, que naquela época praticaram as mais bárbaras atrocidades. No entanto, sob o gládio da justiça divina, eis que eles retomaram à carne travestidos ainda na figura de judeus, porém, humilhados e vitimas dos nazistas nos famigerados campos de concentração e em mortes cruéis, para resgatar os débitos clamorosos do pretérito*.

*Nota do Médium – Segundo certo comunicado mediúnico por entidade de reconhecido critério espiritual, Hitler, no passado, foi o rei Davi e comandou inúmeras vezes as hecatombes sangrentas registradas amiúde, na Bíblia. Mas de acordo com a lei de “quem com ferro fere com ferro será ferido” o seu espírito retornou à Terra, na Alemanha, e, sob a injunção do Carma, abriu as comportas do sofrimento redentor para os seus próprios comparsas e soldados que comandou outrora e lhe cumpriram fielmente as ordens bárbaras. Assim, os mesmos judeus que ele trucidou neste século, nos campos de concentração, já tinham vivido com ele e eram os mesmos soldados a comparsas Impiedosos, afeitos nos massacres dos povos vencidos. Como exemplo a esmo das barbaridades cometidas pelo rei Davi e seus exércitos, no passado, eis o que se encontra em II Samuel, 12:31 e transcrevemos: “E trazendo os seus moradores, os mandou serrar; o que passassem por cima delas carroças ferradas; e que os fizessem em pedaços com cutelos; oe os botassem em fornos de cozer tijolos; assim o fez com todas as cidades do amonitas; e voltou Davi com todo o seu exército para Jerusalém.”

**Nota: Citação de Samuel é controvertida

(…)

“Os esoteristas, teosofistas, rosa-cruzes e iogues reconhecem Jesus como entidade já liberada do jugo do Carma um Avatar ou Instrutor Espiritual de alta estirpe; enfim, um “eleito” de elevada categoria sideral e de amplitude cósmica.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 28-30.

Preâmbulo – Trechos Importantes

“Esta obra prende-se a algumas lembranças do contato que tivemos com Jesus de Nazaré, na Palestina, e de indagações que fizemos a alguns dos seus próprios discípulos naquela época, e a outros, aqui no Espaço.(…) pudemos revivê-los recorrendo aos arquivos ou “registros etéricos”, fruto das vibrações das ondas de luz, ao Éter ou “Akasha” dos orientais, que fotografa desde o vibrar de um átomo até a composição de uma galáxia*.

[*] “Conforme não mais ignoram os estudiosos e pensadores do Espiritismo, as poderosas sensibilidades etéricas, as ondas luminosas disseminadas pelo Universo, o fluido universal, enfim, sede da Criação, veículo da Vida, possui a prodigiosa capacidade de fotografar e arquivar em suas indescritíveis essências os acontecimentos desenrolados sob a luz do Sol, na Terra, ou pela vastidão do Infinito”. Trecho extraído da p. 56, da obra Dramas da Obsessão, de Yvonne A Pereira, editada pela Federação Espírita Brasileira.”

(…)

Não defendemos “tese” nem pretendemos firmar pontos doutrinários nos relatos sobre O Sublime Peregrino; tentamos apenas revelar-vos algumas atitudes e estados de espírito do Mestre Jesus, que se ajustam realmente à sua elevada contextura espiritual. (…) Em verdade, todos nós descobrimos, dia a dia, que ainda sabemos muito pouco sobre a natureza sideral de Jesus, e, possivelmente, só depois de alguns milênios poderemos conhecê-la em sua plenitude.

(…)

A tradição mitológica costuma sempre descrever o nascimento dos grandes iniciados ou avatares destinados a desempenharem relevantes missões sociais ou espirituais, como provindos de virgens e sob misterioso esponsalício estranho à ordem natural do sexo e da gestação Crisna, Lao-Tse, Zoroastro, Buda, Salivahana e outros instrutores espirituais nasceram de virgens e através de fenômenos ou processos extraterrenos.

(…)

A consumação do seu holocausto na cruz foi o coroamento messiânico e a confirmação inconfundível de toda sua doutrina recomendada à humanidade e sem derrogar as leis do mundo material, pois os seus próprios “milagres” nada tinham de sobrenaturais, mas podiam ser facilmente explicáveis pelas leis da física transcendental com relação aos fenômenos mediúnicos hoje conhecidos.

(…)

O Mestre mobilizava todos os recursos possíveis para evitar sua desencarnação prematura, cujo corpo de carne se ressentia do potencial elevado das vibrações emitidas pelo seu Espirito angélico. (…) O ritmo do metabolismo de sua vida espiritual ultrapassava o limite áurico de toda a humanidade terráquea, e os seus raciocínios transbordavam fora do tempo e do espaço, exaurindo-lhe o cérebro.

No seu hercúleo esforço para situar-se a contento, na carne, Jesus assemelhava-se a um raio de sol tentando acomodar-se numa vasilha de barro.

(…)

Malgrado o terrícola ainda não possuir sensibilidade moral apurada, em condições de avaliar o imenso sacrifício e abnegação despendidos por Jesus para descer aos charcos do vosso mundo, são bem menores as lutas, angustias e os tormentos do pecador, no sentido de purificar-se até subir as esferas da angelitude, ante o martírio do anjo que renuncia às venturas celestiais dos mundos divinos, para descer ao abismo pantanoso dos mundos materiais, como sucedeu a Jesus.

É bem mais fácil e cômodo despojarmo-nos dos trajes enlameados e tomarmos um banho refrescante, do que vestirmos roupas pesadas e descermos a um fosso de Todo repulsivo e infeccionado, onde se debatem criaturas necessitadas de nosso auxílio.”

Paz e Amor.

Ramatis

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 11-15.