Escolas Iniciáticas

“Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.

Em virtude das circunstâncias mencionadas, os egípcios traziam consigo uma ciência que a evolução da época não comportava.”

“Aqueles grandes mestres da Antiguidade foram, então, compelidos a recolher o acervo de suas tradições e de suas lembranças no ambiente reservado dos templos, mediante os mais terríveis compromissos dos iniciados nos seus mistérios. Os conhecimentos profundos ficaram circunscritos ao círculo dos mais graduados sacerdotes da época, observando-se o máximo cuidado no problema da iniciação.”

Nota Pessoal: A razão das escolas iniciáticas

“A própria Grécia, que aí buscou a alma de suas concepções cheias de poesia e de beleza, através da iniciativa dos seus filhos mais eminentes, no passado longínquo, não recebeu toda a verdade das ciências misteriosas.”

“Os sábios egípcios conheciam perfeitamente a inoportunidade das grandes revelações espirituais naquela fase do progresso terrestre; chegando de um mundo de cujas lutas, na oficina do aperfeiçoamento, haviam guardado as
mais vivas recordações, os sacerdotes mais eminentes conheciam o roteiro que a humanidade terrestre teria de realizar. Aí residem os mistérios iniciáticos e a essencial importância que lhes era atribuída no ambiente dos sábios daquele tempo.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 36.

Saudade Torturante do Céu

“Dentre os Espíritos degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacavam na prática do bem e no culto da verdade.”

(…)

“Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas organizações religiosas.”

(…)

“Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações morava a ansiedade de voltar ao orbe distante (…)”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 35.

Experiência Pessoal da Realidade Única

Para a prova absoluta da verdade se requer mais do que a racional dos pedantes, as orações de fé dos eclesiásticos, a prova científica de investigadores dedicados; a derradeira validação de qualquer doutrina reside na autêntica experiência pessoal daqueles que entram em contato com a Realidade Unica. A diversidade de opiniões em assuntos religiosos persistirá indubitavelmente enquanto as multidões ainda carecerem de tal qualificação. Não obstante, Deus deve apreciar a heterogênea miscelânea de Sua família humana, já que não Se deu ao trabalho de escrever claras orientações através dos céus para todos pudessem igualmente vê-las e concordar em segui-las.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 78.

Capítulo 4: A infância e a juventude de Jesus.

Ignorância e Medo do Poder de Jesus

“Ter medo de Jesus foi uma tolice da parte dos gadarenos resultante de sua falta de compreensão. O que eles deveriam temer era sua própria ignorância. Se tivessem compreendido o poder redentor de Jesus, teriam lhe perguntado como poderiam libertar-se da são pela ignorância, o pior dos demônios!

(…)

Na ciência espiritual da realização divina e da união com Deus – a yoga – ensinada por um mestre que tem o conhecimento de Deus, não há nada que se relacione com a superstição, a magia, a auto-hipnose, o espiritismo mediúnico, a bruxaria ou qualquer prática semelhante.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. II. Editora Self, 2017, pág. 181.

Capítulo 38: “A tua fé te salvou” A tempestade, a doença, os demônios e a morte curvam-se diante da vontade de Jesus.

Meditação Esotérica

“Ele ensinou a ciência esotérica da meditação a seus discípulos mais próximos e adiantados, transmitindo-lhes “em oculto” o que o povo em geral daquela época obscura não estava espiritualmente preparado para compreender (…)”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 375.

Capítulo 73: A agonia de Jesus no jardim de Getsêmani e sua prisão.

Técnicas Investigativas Aplicadas ao Sudário

“Além disso, as imagens corpo-apenas estão presentes somente na superfície externa das fibras do Sudário, com uma penetração de apenas duas ou três fibrilas. A escuridão da imagem do corpo parece ser determinada pelo número de fibrilas em uma unidade de área; quanto mais fibrilas, mais escura ela é.

ESTUDOS FÍSICOS E QUÍMICOS

Numerosas técnicas de investigações físicas e químicas têm sido aplicadas ao Sudário nos últimos 26 anos, começando em 1978, logo após o exame do Sudário feito pelos membros do Projeto de Pesquisa do Sadino de Turim (STURP). Os integrantes do STURP testaram todos os pigmentos e técnicas que se sabe terem sido usados antes de 1532, aquecendo-os no linho acima da temperatura de carbonização. Essas técnicas de investigações físicas e químicas incluíram microscopia (de luz, de polarização, de fase, fluorescente, estéreo, petrográfica, de varredura, eletrônica); análise imunoquímica; análise química enzimática: análise de sorologia; análise têxtil; testes microquímicos; espectroscopia Raman a laser com microssonda; espectroscopia de massa; espectroscopia ótica e de infravermelho; análise de raios X por energia dispersiva, difração de raios X; espectroscopia FTIR (Espectroscopia no Infravermelho Transformada de Fourier); análise com microssonda eletrônica; análise de imagem com computador VP-8; estudos com computador; espectrometria de pirólise de massa e outros. Em 1981, o STURP publicou um relatório final com algumas das seguintes conclusões oficiais:

1) Não havia pigmentos, pinturas, corantes ou manchas nas fibrilas.

2) Testes de imagem por meio de raios X, fluorescência e microquímica nas fibrilas concluíram que a imagem não poderia ter sido pintada.

3) O realce de imagem por computador mostrou que informações tridimensionais estão codificadas na imagem.

4) A avaliação microquímica indicou que não havia condimentos ou óleos, nem agentes bioquímicos produzidos pelo corpo em vida ou após a morte.

5) Houve um contato direto do corpo com o Sudário que explica as marcas de açoite e o sangue.

6) Os melhores esforços do STURP foram incapazes de providenciar uma explicação adequada para a imagem, que fosse cientificamente satisfatória sob os pontos de vista físico, químico, biológico e médica.

7) Experiências físicas e químicas com linho antigo fracassaram em reproduzir adequadamente o fenômeno criado Sudário.

8) O consenso científico é de que a imagem foi produzida por algo que resultou em oxidação, desidratação e conjugação da estrutura dos polissacarídeos das micro fibrilas do próprio linho.

9) Embora mudanças similares possam ocorrer com o ácido sulfúrico ou o calor, não existem métodos físicos conhecidos que possam ser responsáveis pela totalidade da imagem.

10) A resposta para a questão de como a imagem foi produzida ou o que a produziu é um mistério.

11) A imagem do Sudário é a de um ser humano real, um homem que foi açoitado e crucificado, e não o produto de um artista.

12) As manchas de sangue no Sudário são compostas de hemoglobina e obteve-se resultado positivo quanto à presença de soroalbumina.

Em 1984, um exame completo das várias manchas e imagens no Sudário foi publicado em Archaeological Chemistry III, por Jumper, Adler, Jackson, Pellicori, Heller e Druzik, em que relataram o seguinte:

1) As fibrilas nas áreas de imagem corpo-apenas foram determinadas como sendo amarelas. Essa imagem é visível somente porque as fibrilas superficiais são mais amareladas do que nas áreas de não imagem.

2) A causa da cor amarelada na área da imagem corpo-apenas é compatível com o efeito de envelhecimento devido à alteração das micro fibrilas da estrutura de celulose do linho causada por oxidação, desidratação e a conjugação de uma longa cadeia de moléculas de açúcar que as micro fibrilas. O cromóforo (grupo químico responsável pela cor) parece conter algum tipo de grupo carbonílico conjugado. Quando o linho envelhece, ele vai se tornando amarelado a uma taxa baixa em razão da decomposição. causou um envelhecimento acelerado ou um efeito de decomposição avançada na imagem corpo-apenas se esta for comparada com as áreas de não-imagem que a circundam. As áreas mais coloridas da imagem corpo-apenas apenas refletem a presença de mais fibras por área de superfície.

3) Experiências realizadas por Pellicori para acelerar o envelhecimento processo de decomposição por meio de aquecimento controlado, com ou sem a aplicação de substâncias como suor, azeite de oliva, etc. linhos resultaram na reprodução da mesma coloração amarelada e características espectrais iguais às observadas no Sudário. A aplicação de calor aparentemente acelera o processo de decomposição. Em outras palavras, o que poderia ter normalmente se desenvolvido durante um período relativamente longo é acelerado pelo calor em uma questão de horas.

4) A cor das fibrilas foi sujeita a restes de solubilidade com toda a gama de solventes orgânicos e foi descoberto que essa cor não pode ser extraída. Fortes ácidos ou bases não afetaram a cor.

5) Como a maior parte dos corantes orgânicos é afetada pelas altas temperaturas, se um corante orgânico criou a imagem, deveria haver alguma mudança nas cores das bordas das marcas de queimadura, resultantes do incêndio de Chambéry.

6) As áreas da imagem corpo-apenas não fluorescem sob luz ultravioleta, mas as áreas de queimadura sim, na parte das fibras escuras. Isso foi determinado devido à formação de produtos es de pirólise com combustão em uma atmosfera de oxigênio reduzida. Rogers acredita que a razão por que não vemos fluorescência nas áreas de imagem se deva ao fato de a cor da imagem agir como um filtro ótico e absorver muito fortemente na luz ultravioleta.

7) Testes microquímicos, espectroscopia com sonda Raman a laser e espectroscopia de massa falharam em revelar evidencia de materiais adicionados nas fibrilas da imagem corpo-apenas.

8) Não existe evidência de qualquer aderência entre as fibrilas das áreas de imagem corpo-apenas. Além disso, os testes para proteína nas fibrilas dessas áreas resultaram negativos, abaixo de um milésimo de miligrama, utilizando-se testes de sensibilidade, incluindo o método de fluorescamina, digestão de proteases e o teste de negro de amido. O teste de negro de amido, contudo, se usado isoladamente e sem controle como McCrone fez, pode levar a resultados enganosos, porque pode macular celulose oxidada.

9) As imagens de sangue eram claramente sangue e provavelmente de origem humana, não havendo a presença de nada mais que pudesse ser suspeito. Não havia evidência de realce artístico de uma imagem de sangue preexistente ou de que as imagens de sangue foram pintadas.

10) Nas áreas de imagem relativas ao sangue, as fibrilas parecem estar aderidas. O teste para proteína resultou positivo para essas fibrilas. Isso também foi reportado por Schwalbe e Rogers e por Pellicori. Este último também notou que havia uma cobertura das fibras e variação de cor. Levando tudo em consideração, a cor nas áreas de sangue mostra-se diferente daquela na área da imagem corpo apenas.

11) Testes de mancha microquímicos com iodo indicaram a presença de algumas frações de goma nas fibras do Sudário.

12) Outras descobertas estão listadas a seguir, na Hipótese de McCrone Sobre Pintura com Óxido de Ferro.

13)Em conclusão, esses pesquisadores indicam que eles não têm uma explicação simples e satisfatória para como a imagem se formou na vestimenta, e acharam altamente improvável que ela tenha sido artisticamente produzida.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 303-308.

A Polêmica do Carbono 14

“A ciência é construída de fatos, assim como uma casa é construída com pedras. Mas uma coleção de fatos não é ciência, da mesma forma que um amontoado de pedras não é uma casa. (Jules Henry Poncairé)

O método possui limitações, pois à radiação cósmica e variações solares, além da questão da contaminação, podem causar problemas para a datação precisa do tecido.

O teste de datação por carbono 14 (radio carbono) foi descrito pela primeira vez em 1947, pelo ganhador do Prêmio Nobel Willard F. Libby (…) A teoria por trás da datação por carbono 14 é a seguinte: o carbono 14 é formado na atmosfera terrestre pela interação entre nêutrons e o nitrogênio 14. Esses nêutrons são produzidos por uma interação de raios cósmicos com o nitrogênio presente nas camadas mais altas da atmosfera da Terra. O carbono 14, então, é oxidado e se transforma em dióxido, e, juntamente com o carbono 12 e o carbono 13, é distribuído na atmosfera, oceanos, lagos, etc. O carbono 14 é mais pesado que o carbono normal e começa a se decompor imediatamente depois que é formado. Sob condições teóricas ideais, essa decomposição em forma de radiatividade ocorre num ritmo exponencialmente uniforme e exato. O ritmo de decomposição é dado em termos de meia-vida (5.730 anos). Depois, desse período de tempo, ele continua a perder metade dos 5.730 anos restantes e pode ser usado para datar material que tenha vivido até há não mais de 50 mil anos e há não menos de 500 anos.

O método original de datação baseia-se no fato de que as plantas absorvem o dióxido de carbono 14 junto com dióxido de carbono não-radiativo e, quando os animais comem as plantas, o carbono 14 é incorporado aos seus tecidos. Quando um organismo morre, ele imediatamente deixa de absorver carbono 14 e começa a perder o carbono radiativo no ritmo mencionado.

(…)

Um segundo problema, a contaminação, é importante porque amostras contaminadas com o carbono moderno podem fazer com que certos materiais pareçam ser centenas ou milhares de anos mais novos do que realmente são.

(…)

Um dos cientistas que estabeleceu a datação por carbono declarou “Nós provamos que o Sudário é falso. Qualquer um que discorde de nós deveria passar a pertencer à Sociedade da Terra Plana”.

Como resultado dessas muitos cientistas abandonaram as pesquisas relativas ao Sudário. Para muitos, a datação por carbono 14 era o “padrão-ouro”, o teste definitivo, a suprema-corte da ciência.

(…)

1) Estudos extensivos não revelaram evidência de artifício humano (pintura com tintas orgânicas ou inorgânicas, tingimentos, manchas ou pigmentos de qualquer tipo). A imagem do Sudário não for pintada utilizando-se qualquer tipo de pigmento ou instrumento conhecido.

2) Não houve substância colando ou ligando as fibras. Isto significa que não havia tintas ou outros agentes que as estivessem mantendo unidas.

(…)

5) Nenhum tipo de pigmento sulfuroso utilizado na Antiguidade incluindo cinábrio (sulfeto de mercúrio ou vermelhão), trissulfeto de arsênico (pigmento dourado, conhecido como “ouro mosaico” ou bissulfeto de arsênico (pigmento alaranjado)-foi encontrado no Sudário.

(…)

7) Exames forenses da imagem feitos por Heller e Adler mostraram que ela era compatível à de um homem que fora crucificado, em rigor mortis, apresentando múltiplos ferimentos, circundados por halos microscópicos cuja análise revelou serem marcas de soro albumina (o soro sanguíneo, ou plasma). Isto foi confirmado em testes realizados com metilfenol, fluorescamina e outros testes enzimáticos. Halos de soro albumina eram desconhecidos na Idade Média. Estes halos são percebidos ao redor das marcas da flagelação. eram difíceis de serem vistos sob luz normal, mas se revelaram. vividamente em fotos realizadas com luz ultravioleta. Os halos eram muito pequenos e seria necessário um microscópio para vê-los e uma instrumentação microscópica especial para que eles fossem pintados ao redor de cada um dos ferimentos; uma tarefa gigantesca se fosse realizada em tempos modernos e simplesmente impossível nos tempos medievais.

8) Uma codificação da informação tridimensional estava presente na imagem feita com um analisador de imagens VP-8, o que não acontece em fotos e pinturas, que mostraram distorções com o achatamento do relevo, incluindo os braços dentro do peito e o nariz afundado no rosto.

9) Há uma relação com a distância do tecido para o corpo.

10) (…)as fibras estavam coloridas externamente, mas não havia coloração em seu interior. Seria quase impossível aplicar tintas, pigmentos, corantes etc. apenas na parte externa e, circunferencialmente, ao redor de duas ou três fibras; isto teria de ser feito sob as lentes de um microscópio e com instrumentos especiais.

(…)

12) O Sudário apresenta características de claro e escuro semelhantes a uma imagem fotográfica em negativo. A fotografia não era conhecida nos tempos medievais. Esta inversão entre os tons claros e escuros não é vista em obras artísticas de períodos anteriores ao advento da fotografia.

13) A presença de sangue foi detectada em várias áreas do Sudário c confirmada por sangue legalmente aceitáveis em tribunais de justiça, incluindo Heller e Adler, por meio de diversos testes de varredura microespectrofotométrica de cristais e fibras, testes de cianometemoglobina e de hemocromógenos, varredura de reflexão, testes positivos para pigmentos de bile e fluorescência de hemoporfirina.

14) A utilização de enzimas para digerir o sangue revelou que não existe nenhuma imagem subjacente nas áreas em que o sangue está presente (onde se formaram padrões condizentes com vários ferimentos e sangramentos), comprovando que o sangue estava presente antes da formação da imagem.

15) O Sudário contém tipos de pólen de 38 plantas da Palestina e áreas adjacentes, identificados por botânicos e palinologistas especializados em vegetação da Terra Santa.

(…)

17) A precisão da informação médica sobre os ferimentos, a presença de rigor mortis, padrão de fluxo de sangue, sangue com halos de soro albumina etc. sugerem autenticidade.

18) Evidencias têxteis-inclusive as apresentadas por John Tyrer, um respeitado técnico da Faculdade de Tecnologia e do Instituto Têxtil de Manchester – sustentam que o padrão da tecelagem seja do século I (…).

(…)

21) A presença de um carbonato de cálcio especifico conhecido como aragonita travertina, encontrada nos resíduos da área ensanguentada do pé no Sudário foi notada pelo dr. Joseph Kohlbeck, um químico e especialista em cristalografia óptica. O dr. Ricardo Levi-Setti, do Instituto Enrico Fermi da Universidade de Chicago, comparou à “sujeira” do Sudário com amostras colhidas em Jerusalém, utilizando um microscópio de escaneamento de íons, de alta resolução, e constatou uma grande semelhança.

(…)

23) A datação por carbono 14 não é um teste infalível e frequentemente produz resultados enganosos, com margens de erro que chegam a milhares de anos, devido à utilização de amostres anômalas, não adequadas para o processo de datação.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 387-405.

Sustentação Para a Autenticidade – Pólen

“Chegou a hora em que a verdade científica deve deixar de ser a propriedade de alguns poucos, e deve entrelaçar-se à vida cotidiana do mundo. (Jean Louise Rodolphe Agassiz)

Estudos recentes do pólen encontrado no Sudário e comentários arqueológicos acerca do padrão do tecido contribuíram para que a idade do Sudário fosse estimada. Os estudos do pólen foram feitos pelo dr. Max Frei, um criminalista internacionalmente famoso-que, além de ser professor de Criminologia na Universidade de Zurique, fundador e ex-diretor do Laboratório Cientifico da Polícia de Zurique, possui um doutorado em botânica e é um renomado perito botânico a respeito da flora mediterrânea.

Em 1973, Frei ou fitas adesivas para coletar amostras de poeira de várias áreas do Sudário e analisou esta poeira usando um microscópio luminoso e um microscópio de escaneamento de elétrons. Identificou com sucesso 49 espécies de pólen. Em 1978, ele coletou amostras adicionais do Sudário e recebeu amostras do receptáculo de prata que o Sudário tinha sido guardado. Identificou com sucesso outras oito, perfazendo o total de 57 espécies de pólen (tabela 5) provenientes da região do mar Morto, do Negev, de Constantinopla, das estepes da Anatólia, na Turquia, e de regiões da Europa.

Tabela : 5

(…)

O geólogo alemão Lennart von Post (1884-1951) foi quem primeiro estabeleceu os princípios básicos da análise do pólen em seus estudos sobre ambientes primitivos. Ele determinou as seguintes características básicas: a) várias plantas produzem grandes quantidades de pólen (um pinheiro pode produzir 100 bilhões de grãos de pólen); b) o revestimento exterior dos grãos de pólen (esina) é extremamente durável, sobrevivendo por centenas de milhões de anos; e, c) todas as plantas da mesma espécie produzem grãos de pólen com a mesma forma geral, mas esta conformação mostra-se diferente de acordo com as espécies. Cerca de 5% (4,95%, exatamente) dos grãos de pólen carregados pelo vento voltam a cair sobre a terra num raio de 1.600 metros das plantas que os geraram-exceto alguns que chegam a viajar por até 48 quilómetros. O tamanho dos grãos de pólen varia entre dez e duzentos milésimos de milímetro, suas formas vão desde a esférica até a espiralada, e sua superfície pode ser áspera e irregular ou completamente lisa e uniforme. Uma membrana protetora chamada esina reveste os grãos de pólen, e é muito resistente à ação de substâncias químicas, sendo responsável pela excelente preservação do pólen sob circunstâncias adversas. O pólen mistura-se à atmosfera, é carregado por massas de ar, e cai sobre a terra; quando os grãos caem sobre lagos, depositam-se em camadas. O pólen tem sido utilizado pelas ciências forenses para identificar suspeitos em vários crimes e reconstituir as ações de vários indivíduos, vivos ou mortos.

Frei descobriu que somente 17 das 58 espécies presentes no Sudário eram comuns na França ou Itália. Praticamente todas as outras eram de origem não-europeia e comumente encontráveis na região de Jerusalém.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 366-372.

Estudos Sobre o Sangue

“Estudos científicos das “áreas manchadas de sangue” foram conduzidos pela primeira vez em 1973, por um grupo especial de experts, a Comissão de Turim. (…) é importante saber que as imagens de sangue permeiam a espessura total do Sudário, o que não ocorre com a imagem do corpo, e tais imagens só estão presentes na superfície das fibras externas. (…) Até 1980, porém, não houve nenhuma confirmação, química morfológica, de que essas áreas seriam sangue. Uma questão que sempre se formula é: por que as áreas de sangue apresentam a cor rubra, como a de sangue fresco, e não um vermelho amarronzado, de sangue velho? De acordo com Raes, saponária, que era utilizada para preservar as roupas e foi identificada no Sudário, preserva também a cor do sangue.

Em 1980, porém, os drs. Alan Adler e John Heller, usando um espectroscópio e testes microquímicos, descobriram e reportaram a presença de sangue nas fibrilas de linho utilizando amostras retiradas das áreas de ferimento do Sudário por meio de fita adesiva. Como os testes de sangue usuais podem resultar em falsos positivos que podem até incluir sais de ferro e dar falsas reações negativas, em que existe pouca solubilidade quando se usam amostras envelhecidas, eles escolheram um teste mais específico, que poderia converter o grupo hemático suspeito a uma porfirina que permitiria uma fluorescência Soret característica. O teste exibiu reação positiva para sangue. Além disso, testes imunológicos demonstraram que o sangue é de origem primata.

O Dr. Baima Bollone, junto com os Drs. Jorio e Massaro, reportou em 1981 que o sangue era de origem humana, usando uma técnica de anticorpo fluorescente. O grupo relatou que foi determinado, com sucesso, o grupo sanguíneo, que era do tipo AB.

Uma observação de grande importância, reportada em1984 por Jumper et al. em Archaeological Chemistry, é a ausência de imagens do corpo nas imagens dos ferimentos, sugerindo que as imagens de sangue estavam presentes na vestimenta antes que a imagem do corpo tenha sido colocada, aparecido ou, talvez, se desenvolvido. (…) que a cor da imagem nos pulsos e mãos é bastante densa, que não havia imagem sob o “fluxo de soro”, e que a soma das evidências parece apoiar a posição de que o sangue impediu a formação de imagem. O dr. Adler também mostrou que cada ferimento apresenta anéis de retração de soro que podem ser vistos sob raio ultravioleta, confirmando a presença de exsudatos coagulados. 

Dr. Adler declarou, “Simplesmente não se pode dizer que as imagens de sangue foram pintadas Seria preciso um grande suprimento de exsudatos frescos de coágulos de um ser humano traumaticamente ferido para pintar tudo de uma maneira correta do ponto de vista forense. Ele teria, ainda, que pintar um anel de contração de soro em cada ferimento. A lógica sugere que um falsário ou artesão daquela época não saberia como fazer isso, aliás, nem saberia que seria preciso faze-la.”

É igualmente importante notar que as marcas de açoitamento foram feitas várias horas antes de a vítima ser removida da cruz, de forma que crostas de coágulos se teriam formado nas feridas, tornando difícil entender como 25 marcas de açoitamento poderiam ter deixado impressões tão precisas. Todo patologista forense que eu consultei concordou em que os ferimentos teriam causado grandes sangramentos e que o corpo teria que ter sido lavado, para estar de acordo com a precisão dos ferimentos no Sudário. (…) O dr. Rogers apoiou a teoria de que o corpo foi lavado, pois revelou que não acredita que houvesse evidência química de suor na roupa o tempo em que o homem do Sudário permaneceu envolto nele. Ele argumenta que resíduos de esqualene e outros elementos químicos que compõem o suor- os quais teriam sido transportados para a vestimenta por meio dos efeitos da tensão de superfície na fase liquida-estão ausentes do Sudário.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 273-279.

Asfixia

“Quanto mais aprendemos sobre ciência, mais percebemos que seus maravilhosos mistérios são todos explicados por umas poucas leis simples tão interligadas e tão dependentes umas das outras, que vemos a mesma mente animando todas elas. (Olympia Brown, 1835-1900)

(…)

A asfixia é um estado químico e fisiológico que resulta da incapacidade de se obter o oxigênio adequado para o metabolismo das células e para eliminar o excesso de dióxido de carbono.

(…)

Hynek tentou confirmar as alegações de LeBec com uma observação que ele fez enquanto servia no exército austro-germânico na Primeira Guerra Mundial. Hynek testemunhou o enforcamento de soldados condenados pendurados pelos pulsos com seus pés pouco acima do chão. Os tinham que se erguer para expelir o ar dos pulmões. Depois de um curto período, ocorreram violentas contrações de todos os músculos, causando severos espasmos. O indivíduo torturado tinha extrema dificuldade para expirar, causando a asfixia. Isso durava cerca de dez minutos, e depois ele era retirado da forca. Barbet reforçou as observações de Hynek com o depoimento de dois prisioneiros do campo de concentração de Dachau, que também testemunharam o enforcamento de um condenado de modo similar. Os prisioneiros recordaram que o condenado tinha dificuldade para respirar e continuamente erguia o corpo num esforço para tomar fôlego, até que ficou muito exausto e morreu por asfixia.

Ambas as observações são muito interessantes, mas somente seriam válidas quando aplicadas a indivíduos cujos braços estão suspensos diretamente acima da cabeça e as pernas pendendo livres. Além do mais, isso não é aplicável de forma alguma à suspensão na cruz; seria como comparar maçãs com laranjas.

(…)

O padrão de bifurcação do ferimento do pulso não se deve ao fato de inclinar e retesar o corpo, como foi presumido por Barbet, porque experiências revelam que o ângulo do pulso não muda quando o corpo é retesado. (…) Além disso, se os pulsos tivessem sido mesmo pregados, particularmente com um prego quadrado, eles estariam firmemente fixados, impedindo qualquer mudança no ângulo.

É possível que, quando o prego foi removido do pulso de Jesus, um coágulo ou sangue seco foi perturbado, fazendo com que o sangue escorresse durante a remoção da cruz. 

(…)

O ato de quebrar as pernas, chamado skelokopia ou crurifragium, foi o argumento final a priori de Barbet para apoiar sua teoria de que Jesus teria morrido por asfixia. De acordo com Barbet, se as pernas estivessem quebradas, o crucarius estaria impossibilitado de se erguer para respirar. O ritual do crucifagium  era comumente executado quando a vítima se encontrava a beira da morte, como uma espécie de golpe de misericórdia para apressar o processo causando um severo choque traumático e hemorrágico. (…) Uma única fratura em um osso femoral (o osso da coxa), pode resultar na perda de dois litros de sangue, e mais de quatro litros serão perdidos se os dois ossos femorais forem fraturados. A quebra das pernas causaria uma grave hipovolemia, acrescida à perda de sangue e de fluidos corporais por causa do açoitamento, da hematidrose e do suor excessivo, além da perfuração dos pés e mãos, do tempo na cruz etc. Em alguns casos, uma volumosa embolia pode ocorrer, resultando em morte rápida. Como o crucarius já se encontrava em severa condição de a fraqueza por causa do choque, a acentuada hemorragia resultante da fratura dos ossos das pernas e a violenta dor iriam aprofundar o nível do choque traumático e hipovolêmico, com consequente queda na pressão sanguínea e rápido congestionamento nas extremidades inferiores, resultando em perda da consciência, coma e morte. (…) O crurifragium tinha uma segunda função – prevenir que a vitima se arrastasse depois da remoção da cruz se ainda estivesse viva e, assim, evitar que fosse devorada por animais selvagens.

(…)

É interessante notar, do ponto de vista da patologia forense, que em um caso de crucificação real, os pés e mãos estariam extremamente inchados e doloridos pelo fato de estarem pregados à estaca e à barra horizontal, respectivamente, ambos piorando com o tempo. Qualquer pressão feita contra os pregos nos pés seria completamente intolerável.

É interessante notar que o professor Baima Bollone repudiou a hipótese de asfixia com base no fato de que Jesus não poderia falar se Ele estivesse com falta de oxigênio, e é sabido que Ele fez isso várias vezes enquanto esteve na cruz.

(…)

1) Os resultados desses estudos desmentem esmagadoramente a teoria da asfixia como causa da morte.

2) Não existe dificuldade para respirar na posição da cruz.

3) A posição dos voluntários na cruz foi completamente compatível com os critérios postulados por Barbet.

4)  Os testes de oximetria auricular, gases do sangue e testes respiratórios complementares mostram evidências de que o nível de oxigênio permaneceu normal ou aumentou.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 131-155.