Vontade, Força e prática

“A filosofia é estudada, ideias são discutidas, símbolos são explicados, mas para aprender a arte mágica após ter aprendido a filosofia da magia, você deve possuir três coisas:

1. A vontade sem desejo.

2. A força para estar sempre em ação.

3. A prática de quem não comete erros.

Aquele que deseja é incapaz de querer. O desejo é um apetite de ilusão que paralisa a vontade, e o mecanismo da vontade se torna mais perfeito na ausência de qualquer desejo. (…) Mas ninguém pode dizer com exatidão onde termina o desejo e começa o querer, apenas a sua filosofia pode explicar isso para você.

(…) o mago tem de possuir a força necessária para transformar-se nas diferentes forças da natureza e produzir. como a natureza, todos os seus milagres e maravilhas;(…) A força para avançar de modo incessante é como a força na imutável persistência da natureza e é a mesma força dos que querem operar milagres.

Na arte da mági ca, aquele que sabe como conceber e não concebe é como o fabricante de espadas que faz a arma para a guerra e não vai à guerra.

Por meio do desenvolvimento de suas faculdades, isto é, pela virtude de seu espírito, o mago se torna um artista depois de ser um filósofo. Esse espírito do mago, instalado e alimentado pelo corpo humano, tem duas grandes prerrogativas que os espíritos desencarnados não têm o poder para transformar energia e a liberdade para materializar. Assim que o mago começa a trabalhar por conta própria, sua alma adaptável torna-se a chama de vida que sobe e desce, como os antigos hermetistas costumavam dizer. Isso significa que o espírito dele vive na terra e no espaço, e somente quando o espírito do homem vivendo na carne adquiriu o poder de subir, isto é, de chegar à superfície da corrente astral, ele é capaz de subjugar todas as criaturas da corrente ou oceano que constitui a aura da Terra.

(…) icthys.

O Cristo – isto é, a alma do homem que, a seu bel-prazer, sobe aos céus ou desce às profundezas – era simbolizado por um peixe que, usando suas nadadeiras e bexigas natatórias, vem à superfície da água ou, sem- pre que tem vontade, desce até as mais profundas cavernas do oceano.

A alma do homem na luz astral é como o peixe na água. Ela só é capaz de operar em harmonia com os poderes intelectuais ultra-astrais após adquirir o poder de subir e descer, como o peixe; antes de atingir esse estado, o homem comum é simbolizado pela tartaruga e o caracol, que representam o corpo astral no pesado recipiente da matéria carnal.”

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág.174-176.

Terceira Parte

Os Mistérios da Taumaturgia

A violência é vencida pela união

“(…)um caminho levou da força ao direito, mas qual? A meu ver, só podia ter sido um: o que passava pelo facto de a força maior de um indivíduo poder ser compensada pela associação de vários mais débeis. L’union fait la force. A violência é vencida pela união, o poder dos unidos representa agora o direito, em oposição à força do indivíduo isolado. Vemos, pois, que o direito é o poder de uma comunidade. Continua a ser uma força disposta a dirigir-se contra qualquer indivíduo que se lhe contraponha; opera com os mesmos meios, persegue os mesmos fins; na realidade, a diferença reside apenas em que já não é o poder de um indivíduo a impor-se, mas o da comunidade.

(…) a diferença reside apenas em que já não é o poder de um indivíduo a impor-se, mas o da comunidade.

Com isto, penso eu, já temos o essencial: a superação da violência pela transferência do poder para uma unidade mais ampla, mantida pelos vínculos afetivos dos seus membros. (…) As leis desta associação determinam então em que medida o individuo há de renunciar à liberdade pessoal de exercer violentamente a sua força, para que seja possível uma convivência segura.

(…)

Há ainda uma outra fonte de transformação jurídica, que se manifesta apenas de forma pacífica: é o desenvolvimento cultural dos membros da entidade coletiva, mas esta pertence a um contexto que só mais tarde será abordado.”

FREUD, Sigmund. Porquê a Guerra? – Reflexões sobre o destino do mundo, Ed. Edições 70, 2019, pág.65-66.

Reflexões a dois sobre o destino do mundo (1932)

“Carta de Freud a Einstein”

Minimalismo

“As pessoas que são materialmente ricas podem ser pobres em desenvolvimento espiritual interior se a riqueza lhes serve para saciar os sentidos vorazes; por outro lado, aqueles que são materialmente “pobres” por opção que simplificaram as condições externas de sua vida a fim de ter tempo para Deus-, estes acumularão riquezas espirituais e realizações que ouro algum poderia jamais comprar.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 481.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Manter-se Financeiramente

“Não é um pecado que os ministros ou instrutores religiosos procurem manter-se financeiramente de modo que possam estar livres para desde que para tanto não explorem Deus nem seus seguidores. Sempre prosseguir servindo ao desenvolvimento da espiritualidade defendi que no mundo atual é apropriado utilizar métodos empresa riais no âmbito da religião, mas que é uma blasfêmia e um grave pecado espiritual utilizar a religião para fins comerciais ou negociar com o sagrado nome de Deus, ou ludibriar devotos sinceros para satisfazer ambições pessoais de ganho financeiro e hábitos luxuosos.

(…)

É espiritualmente legítimo sustentar uma igreja ou organização religiosa mediante as contribuições voluntárias recebidas nos serviços e reuniões religiosas e com os fundos resultantes da venda de livros e de outros meios de difusão da verdade, desde que o dinheiro seja utilizado para propagar a causa espiritual e para o modesto sustento do instrutor toda a sua vida à disseminação da obra divina. Mas é condenável que que dedica tais fundos sejam desviados para o bolso de pseudoprofetas inescrupulosos e seus assistentes.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, páginas 223-237.

Capítulo 40: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte I).

Desenvolvimento da Intuição

“Como almas individualizadas, o Espírito manifesta progressiva mente Seu poder de conhecimento ao longo dos sucessivos estágios de evolução: como resposta inconsciente nos minerais, como sensibilidade na vida vegetal, como conhecimento sensitivo guiado pelo instinto nos animais, como intelecto, razão e intuição introspectiva não desenvolvida no homem, e como intuição pura no super-homem.

(…)

Assim como o instinto confina o animal dentro de limites estabelecidos, também a razão restringe o ser humano que não tenta se tornar um super-homem pelo desenvolvimento da intuição.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 271.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Ensinamentos Passo a Passo

“A igreja cristã primitiva, após a entrega das “chaves” de São Pedro aos sucessivos líderes cristãos, afirmava que na realidade preservara cuidadosamente intacto, por um ou dois séculos, o espírito da primitiva organização secreta fundada por Jesus. A história das primeiras atividades da igreja cristã mostra que, embora o povo constituísse um grande círculo externo de adoradores e seguidores dos ensinamentos cristãos, ele recebia apenas uma forma velada e muito moderada dos princípios cristãos; no círculo interno secreto, de número limitado, os noviços eram introduzidos, passo a passo, nos mistérios e cada vez mais altos, até atingirem um grau de desenvolvimento e revelação que lhes permitia prosseguir no trabalho que Jesus iniciara e que transmitira a Seus discípulos.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 37-38.

Projetando Sua Personalidade e Consciência

“O aparecimento de Jesus entre Seus Discípulos em várias ocasiões durante o período de recuperação constitui, em diversos casos, uma demonstração mística do Mestre, projetando Sua personalidade e consciência a locais distantes de Seu corpo físico. Estas demonstrações de leis espirituais elevadas eram comuns, não só para Jesus, mas, também para muitos eminentes Avatares do passado, alguns de Seus Apóstolos e Discípulos e muitos irmãos da Grande Fraternidade Branca que se faziam visíveis em pontos distantes com bastante frequência. Hoje em dia encontramos nos ensinamentos Rosacruzes as leis simples que auxiliam homens e mulheres a alcançarem o elevado grau de desenvolvimento psíquico que lhes permite projetarem a consciência psíquica a um ponto distante, de acordo com sua vontade, e se tornarem visíveis às elevadas faculdades de pessoas igualmente desenvolvidas e que chegaram ao necessário grau de receptividade.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 253.

Senda que Leva ao Círculo Interno.

“O desenvolvimento espiritual é um problema de evolução, a qual só é rápida para bem poucos. O maior trabalho deve ser dirigido às massas, para permitir que umas poucas pessoas possam encontrar a Senda que leva ao círculo interno.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 209.

Os Estudos Ecumênicos de Jesus

Segundo as instruções enviadas para a escola do Carmelo pelo Templo Supremo de Heliópolis, o jovem Avatar deveria completar sua educação com um completo estudo das religiões e ensinamentos antigos das várias seitas e credos que mais haviam influenciado o desenvolvimento da civilização. Em outras palavras, Ele deveria se familiarizar com os dogmas das chamadas religiões pagãs, antes de encetar os estudos relativos à evolução dos ritos e crenças pagãos para os princípios e credos mais elevados ensinados nas escolas de mistério do Egito.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 162.

Compreensão e Iluminação

A negação retira a consciência do nosso desconforto, buscando a liberação sem levar em conta nossa experiência. Isso soa familiar? O Buda abandonou seu retiro na floresta por ter compreendido que o desenvolvimento espiritual não seria possível por meio da negação do mundo físico, dos pensamentos, das emoções e percepções. Em outras palavras, ele entendeu que atingir a iluminação não será possível se rejeitarmos e negarmos os acontecimentos que são a nossa vida em si.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 65.