“Praticantes budistas e estudiosos também lançam mão de metáforas tradicionais para descrever a experiência do despertar; Longchenpa, por exemplo, fez uso do espaço como a metáfora universal para a natureza da ausência de fronteiras da mente. Metáforas são sugestões que podem servir de gatilho para uma compreensão a partir de experiências pessoais. Na tradição Vajrayana, estudantes maduros recebem transmissão por meio de metáforas ou instruções essenciais de um professor qualificado, que os introduz desse modo à natureza sem fronteiras da mente.
Mas, no final, a liberação é inexprimível: Como é dito no Dzogpa Chenpo, ou literatura da Grande Perfeição, tentar descrever tal experiência é como uma pessoa muda tentar descrever o sabor do açúcar.”
MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra, 2018. p. 79.