A Natureza de Deus e a Política

“Esse não é um caso único: podemos ver em toda a história do cristianismo como as várias crenças sobre a natureza de Deus continham inevitáveis e diferentes implicações políticas.

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 51.

Capítulo: 2- “Um Deus, Um Bispo”: A Política do Monoteísmo.

Eliminar o Elemento Humano da Escolha

“… o mais importante —, eles pretendiam, com essa prática, eliminar o elemento humano da escolha. Um observador do século XX pode assumir que os gnósticos deixavam esses assuntos entregues ao acaso, mas os gnósticos pensavam de forma diferente. Acreditavam que como Deus governava tudo no universo, tirar a sorte exprimia Sua escolha.”

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 46.

Capítulo: 2- “Um Deus, Um Bispo”: A Política do Monoteísmo.

Autoridade Espiritual

“(…)no fim do século II, quando os ortodoxos insistiam em “um Deus”, validaram, ao mesmo tempo, o sistema de governo no qual a igreja era governada por “um bispo”. (…) Quando os cristãos ortodoxos e os gnósticos discutiam a natureza de Deus, estavam ao mesmo tempo discutindo
a questão da autoridade espiritual.

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 36.

Capítulo: 2- “Um Deus, Um Bispo”: A Política do Monoteísmo.

Encarnações Divinas

“Já que o retorno periódico das encarnações divinas faz parte do projeto criador de Deus, sinais de tais nascimentos estão gravados no Grande Plano Superior. Os sábios, por meio da intuição desperta da alma, conseguem ler as inscrições celestiais; e, se estiver de acordo com a vontade de Deus que tal evento futuro seja conhecido, eles o profetizam em revelações abertas ou veladas.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 04.

O Amor é Maior do Que a Lei

“O amor é maior do que a lei; ele é o vínculo entre o coração do devoto e o coração incondicional de Deus. A lei se baseia na justiça impessoal ponderada segundo o princípio de causa e efeito; mas o amor considera Deus como nosso Pai-Mãe de misericórdia cujo ilimitado perdão está sempre presente, quer se tenha ou não cumprido totalmente a lei.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 101.

Capítulo 35: O Perdão dos Pecados.

Deus é Amor

Assim, o método supremo para que o homem possa livrar-se da necessidade de colher os resultados de suas ações errôneas do passado consiste em abandonar sua condição de ser humano, convertendo-se em filho divino. As más ações de uma alma identificada com o corpo (isto é, como o ego) terão de ser punidas de acordo com a lei do karma; mas se a alma, por meio da meditação extática, libertar-se totalmente de sua identificação com o corpo e se perceber como a pura imagem do Espírito, ela não estará mais sujeita a punição por quaisquer erros que tenha cometido em sua condição humana.

Suponhamos que o poderoso monarca de uma nação se disfarce e vá até uma taverna de seu reino, embriagando-se a ponto de esquecer sua estatura, e dê início a uma violenta briga com um dos clientes. Os taberneiros o levam até o juiz, o qual havia sido indicado para o cargo pelo próprio rei. Quando o juiz está prestes a pronunciar a sentença, o monarca recupera suas faculdades, retira o disfarce e diz: “Eu sou o rei que o nomeou para o cargo de juiz e tenho poder para lançá-lo na prisão. Como você se atreve a condenar-me?” Similarmente, a alma soberana e sempre perfeita, enquanto identificada com o corpo, pode agir mal e ser condenada pelo juiz do karma; mas, quando identifica sua consciência com Deus – o Criador do juiz cármico -, então essa alma régia não está mais sujeita ao julgamento relativo às suas negligências do passado.

(…)

O amor por Deus – a entrega a Deus – destrói no homem o karma da ignorância. O amor puro – o amor divino – remove as barreiras que se interpõem entre o homem e seu Criador. A mulher pecadora que “muito amou” foi transformada pelo toque santificante desse amor.

(…)

Deus é amor. Ainda que a consciência externa esteja iludida ou sob a influência do mal, toda alma é um sagrado receptáculo pleno desse divino amor.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 99-100.

Capítulo 35: O Perdão dos Pecados.

Ele Sofre, Se Esforça e Se Regozija

A persistência do homem no erro é a razão de permanecer condenado ao ostracismo, banido da consciência divina.  (…) A verdade é que, sendo Deus onipresente, Ele sofre naqueles que choram, Se esforça naqueles que trabalham e Se regozija nos que conhecem a bem -aventurança da alma. O Grande Espírito desejou Se tornar muitos, e em muitos Se tornou; mas os muitos não O reconhecem. Eles se mantêm segregados devido ao seu individualismo. Aferrando-se à ilusão de que seu ego possui uma existência separada, eles se esquecem por completo de que sua individualidade é apenas uma diminuta onda na superfície do Oceano Cósmico. A salvação consiste em romper essa ilusão do individualismo, de modo que a pequena onda possa imergir no oceano do Espírito.

(…)

Quando a alma novamente se percebe como filha de Deus, descendente autêntica do Infinito Imaculado – e compreende que, devido à ilusão onirica, apenas imaginou ser temporaria mente um ser pecador -, então a consciência abriga uma fé inquebrantável nessa realidade. A mera; a convicção latente de que a alma é filha de Deus é permanente e imutável, ainda que esteja oculta por algum tempo na matriz de pecado própria da mortalidade.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 98.

Capítulo 35: O Perdão dos Pecados.

A Lei do Karma

A lei do karma governa cada ação da pessoa. O bem produz bons resultados; o mal gera más consequências. Uma ação má contra a sociedade é um crime; uma ação má contra o bem -estar da alma é um pecado.

(…)

Séculos de incompreensão dos conceitos bíblicos sobre o pecado, e da sua suposta abominação aos olhos de Deus, criaram uma imagem popularmente aceita de um Todo-Poderoso cuja ira contra os pecadores é impiedosa, implacável e de uma severidade vingativa.

Embora Deus seja o Criador do ser humano e Aquele que o sus tenta, Ele decretou que a lei de causa e efeito, ou karma, governe a vida de modo que o próprio homem seja o juiz de seus atos. Por meio das boas ações, o ser humano compele a lei do karma a re compensá-lo. Quando resolve agir mal, então – de acordo com seu próprio decreto e convite à lei do karma – ele mesmo dá origem ao seu sofrimento.

Quando um homem age mal, não existe nenhuma força consciente pronta a lançar-se sobre ele e destruí-lo. A lei cósmica não toma decisões deliberadas sobre a boa sorte ou infortúnio da pessoa.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 95-96.

Capítulo 35: O Perdão dos Pecados.

Te Ocupes de Teu Dever

“Marta, és muito conscienciosa em deveres e assuntos materiais, que te causam preocupações e dispersam tua mente. preciso que te ocupes de teu dever espiritual supremo, que consiste em manter a mente em Deus enquanto cuidas da realização de tuas diversas tarefas.

(…)

Todo aspirante à verdade, quer leve a vida secular de um chefe de família ou a de um renunciante em um eremitério, deve ser capaz de expressar, alternadamente e conforme necessário, a natureza dual de Marta e Maria, cumprindo suas obrigações com o pensamento em Deus e assumindo todos os dias com devoção o dever espiritual de praticar a meditação com a mente absorta em Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 515-517.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.

Programas Sociais e Políticos Itópicos

“Programas sociais e políticos utópicos trarão poucos benefícios duradouros até que a humanidade aprenda a eterna ciência por meio da qual os seguidores de qualquer religião po dem conhecer Deus na unidade da comunhão da alma com o Espírito.

(…)

Ame o Amor Único que Se oculta por trás de todos os Seus atraentes disfarces.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 514.

Capítulo 53: A observância dos dois maiores mandamentos.