Consciência, Existência e Bem-Aventurança

“O reino” é a transcendente e imanente Consciência Cósmica do Deus-Pai que tudo abarca, a Inteligência Infinita que constitui a única Realidade de toda a manifestação. “O poder” é a onipotência da vontade divina. E qual é a maior “glória” de Deus senão o Seu amor? Assim, temos a inteligência pura de Deus, a vontade pura de Deus e o amor puro de Deus – o reino, o poder e a glória, todos pertencentes a Deus. A mente racional não pode conceber Deus como o Absoluto Sem Nome, mas o homem pode compreender o conceito da tríplice natureza de Deus: consciência, existência e amor divino ou bem-aventurança.

1. Consciência: a Onisciência que tudo permeia;

2. Existência: a vontade cósmica que se expressa como a objetivação da vida e de toda manifestação;

3. Bem-aventurança (amor divino): o amor que alcançou a perfeição é bem-aventurança. Bem-aventurança, amor e beleza estes termos se complementam como sinônimos. A beleza é a manifestação harmoniosa do amor; a perfeição do amor é bem-aventurança.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. II. Editora Self, 2017, pág. 532.

Capítulo 28: O Pai-Noso: Jesus ensina seus seguidores a orar – O Sermão da Montanha, parte III.

Filiação Divina

“Os devotos que amam profundamente a Deus, sabendo que Ele é seu Pai amoroso, jamais sentem que precisam mendigar a Ele suas necessidades diárias, pois Deus lhes dará tudo o que necessitam sem que precisem pedir. Deus não deseja que Seus filhos se dirijam a Ele como mendigos. As preces mendicantes expressam dúvida quanto aos próprios direitos divinos como herdeiros do reino infinito de Deus.

Um mendigo obtém o que lhe cabe como mendigo, mas um filho tem direito à sua parte como filho. Esta é a consciência com que devemos nos dirigir ao Pai Celestial. Ele está sempre disposto a prover Seus filhos, bastando que estes se tornem capazes de receber, ao haver comprendido plenamente a sua imortal filiação divina.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 549.

Capítulo 28: O Pai-Noso: Jesus ensina seus seguidores a orar – O Sermão da Montanha, parte III.

Retribuir o Ódio com o Amor

“Os mortais comportam-se como mortais quando retribuem na mesma medida em que recebem; mas expressam sua inata divindade quando, a partir da pura magnanimidade de sua alma, retribuem o ódio com o amor e o mal com o bem.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 533.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Medida da Manifestação Divina

“Embora a luz da misericórdia divina brilhe do mesmo modo sobre bons e maus, e a chuva de Seus benéficos poderes se derrame similarmente sobre justos e injustos, isso não significa que os bons e os maus sejam capazes de refletir em igual medida a infinita graça de Deus. O carvão não pode refletir a mesma quantidade de luz solar que o diamante. De maneira semelhante, as mentalidades obscuras não refletem Deus assim como o fazem as mentalidades virtuosas.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 532.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Ilusão da Posse

“Uma compaixão prática para com aqueles que passam necessidade dissipa as trevas da separação entre as almas e é a luz que nos permite ver todos os corações unidos pelo elo dourado singular do amor divino. Deus palpita em todos os corações, sofrendo naqueles que padecem e regozijando-Se nos que estão sadios.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 526.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Contemplar Deus Corpo do Outro

” A pessoa espiritual contempla Deus não apenas em seu próprio corpo, mas também no corpo dos demais. (…) Tudo o que uma pessoa de natureza divina faça por alguém, ela sente que por meio de tal ação está desapegadamente fazendo algo por si mesma em outro corpo – assim como se troca o anel de um dedo para outro.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 525.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Consciência Crística e Sua Justiça

“Todos os fenômenos, tanto na terra quanto no céu, são manifestações inconcebivelmente numerosas de um único Númeno ou Substancia divina. Essa Essência subjacente, que conecta todas as coisas numa unidade cósmica, é a verdade, a Realidade, Deus refletido na criação como a Inteligência Crística. A Verdade da criação, sua essencial divindade ou bondade – até então oculta pelo disfarce macabro de maya – é revelada por aqueles que, como Jesus, manifestam a Consciência Crística e Sua justiça.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 506.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Estado de Bem-aventurança Meditativa

O celestial estado de bem-aventurança meditativa experimentado nesta vida é um antegozo da alegria sempre-nova sentida pela alma imortalizada no estado após a morte. A alma leva consigo essa alegria às sublimes regiões astrais de A bem-aventurança e beleza celestial, onde as flores vitatrônicas fazem beleza celestiais do desabrochar suas pétalas iridescentes no jardim do éter e onde o clima, a atmosfera, o alimento e os habitantes são feitos de diferentes vibrações de luz multicolorida – um reino de manifestações refinadas que estão, mais do que as rudes imperfeições da Terra, em harmonia com a essência da alma.

Pessoas virtuosas que resistem às tentações na Terra mas não reino astral se libertam totalmente da ilusão – são recompensadas após a morte com um descanso revigorante nesse reino astral, entre os numerosos semianjos e almas semirredimidas que levam uma vida muito superior àquela na Terra. Lá, elas desfrutam dos resultados de seu bom karma astral por um período carmicamente predeterminado; passado esse tempo, seu karma terreno remanescente as atrai de volta à reencar nação em um corpo físico. Seu “grande galardão” no céu astral as capacita a manifestar à vontade condições desejáveis, lidando inteiramente com vibrações e energia, e não com as propriedades fixas das substâncias sólidas, líquidas e gasosas encontradas durante sua jor nada terrena. No céu astral, todos os móveis, propriedades, condições climáticas e de transporte estão sujeitos ao poder de vontade dos seres astrais, que são capazes de materializar, manipular e desmaterializar a substância vitatrônica desse mundo mais sutil de acordo com sua preferência.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 495-496.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Deus na Paz do Silêncio e na Fraternidade

“Aqueles que conhecem Deus como Paz no templo interior do silêncio e que lá reverenciam esse Deus de Paz são, por meio desse relacionanamento de comunhão divina, Seus verdadeiros filhos.

(…)

A consciência de “filho de Deus” nos faz sentir amor por todas as criaturas. (…) O Pai não reconhece nenhuma denominação criada pelo homem; Ele ama a todos, e Seus filhos precisam aprender a viver nessa mesma consciência. Quando o homem restringe sua identidade à sua humana natureza étnica, isto dá origem a infortunios intermináveis e ao fantasma da guerra.

Os seres humanos receberam, potencialmente, ilimitado poder como prova de que são realmente os filhos de Deus. Em tecnologias como a da bomba atômica percebemos que, se o homem não utilizar corretamente seus poderes, ele se destruirá. (…) O poder do homem para promover a guerra está crescendo; assim precisa também crescer sua habilidade de promover a paz. A melhor forma de impedir a ameaça da guerra é a fraternidade – a percepção de que, como filhos de Deus, somos todos uma só família.

Todo aquele que incite a discórdia entre nações irmãs, à guisa de patriotismo, é um traidor de sua divina família.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 488-489.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Anseio pela Divindade

“Ele falava da divina melancolia resultante do despertar da consciência de que se está separado de Deus, o que cria na alma um insaciável anseio por unir-se novamente ao Amado Eterno.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 482.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.