Médium de Deus

Divina mediunidade – Reportando-nos a qualquer estudo da mediunidade, não podemos olvidar que, em Jesus, ela assume todas as características de exaltação divina. *

(…) no estábulo se reúnem pedras e arbustos, animais e criaturas humanas, representando os diversos reinos da evolução terrestre, para receber-lhe o primeiro toque mental de aprimoramento e beleza.

*Nota do autor espiritual: em A gênese (cap. XV, item 2), observa Allan Kardec, com referência aos fenômenos da mediunidade em Jesus: “Agiria como médium nas curas que operava? Poder-se-á considerá-lo poderoso médium curador? Não, porquanto o médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados, e o Cristo não precisava de assistência, pois que era ele quem assistia os outros. Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, como o podem fazer, em certos casos, os encarnados, na medida de suas forças. Que Espírito, ao demais, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de os transmitir? Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir. Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.”

Xavier, Francisco Cândido/ André Luiz. Mecanismos da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, Capítulo 26.

Semente Divina

“Toda a comunidade dos Espíritos encarnados na Terra, ou localizados em suas esferas de labor espiritual mais ligadas ao planeta, sentem a sagrada influência do Cristo por meio da assistência de seus prepostos; todavia, pouquíssimos alcançaram a pureza indispensável para a contemplação do Mestre no seu plano divino.

(…)

As parábolas do Evangelho são como as sementes divinas que desabrochariam, mais tarde, em árvores de misericórdia e de sabedoria para a humanidade.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. O Consolador. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, Pág. 197.

A Batalha Humana

O aspecto humano de Jesus não desmerece sua grandeza; ao contrário, o enaltece perante os olhos humanos. Além disso, infunde nos corações frágeis a esperança de que, por meio do exercício pleno da força de vontade sobre o corpo e suas tentações, o homem pode vencer a carne e, tal como Jesus, elevar-se desde a condição humana até o plano divino.

(…) Nesse caso, as palavras de Jesus “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” teriam sido hipocrisia ou encenação absurda. Se Jesus fosse Deus, como poderia sentir-se separado Dele mesmo?

Um Jesus verdadeiramente humano e divino que se debate contra as torturas e as tentações da carne, e que por força do poder da alma alcance a vitória sobre elas e a herança da vida eterna, é uma grande fonte de inspiração e de confiança para os frágeis seres humanos sujeitos a severas tentações.

(…) Seria fácil para um deus imortal, dotado de um corpo mas não afetado por ele, desempenhar um papel de sofrimento, perdão e crucificação; porém é extraordinariamente difícil para um simples ser humano vencer o ódio dos demais com o amor e aceitar e suportar que crucifiquem seu corpo injustificadamente.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 406-407.

Capítulo 74: A crucificação.

Sacrifício Pela Causa da Verdade

“A sabedoria divina e a atitude interior de Jesus permaneceram imperturbáveis mesmo em seu caminho para a crucificação. Ele aceitou o sofrimento sabendo que não se devia a nenhuma transgressão sua, mas que ele estava se martirizando pela causa da verdade. Em contrapartida ao sacrifício temporariamente doloroso de seu corpo, ele receberia a bem-aventurança absoluta e eterna por haver cumprido a missão que Deus lhe havia confiado.

Desse modo, Jesus não se acovardou com autopiedade, mas sim advertiu as mulheres que choravam por ele de que deviam sentir pena de si mesmas. Suas palavras não demonstravam falta de gratidão às piedosas mulheres que se lamentavam por ele; ao contrário, comovido com essa atitude de compaixão, ele as aconselhou a tomar medidas de reforma e reparação espiritual a fim de modificar o curso dos males iminentes que as aguardavam no futuro.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 397.

Capítulo 74: A crucificação.

Tormento Pela Crucificação

“Mesmo com toda a sabedoria e o autocontrole de sua natureza divina, a natureza humana encarnada de Jesus foi temporariamente atormentada pela ilusão do sofrimento aterrador que ele estava prestes a enfrentar com sua crucificação.

Em Yoga Sutras II:3, o grande iogue Patânjali enumera cinco tipos de “problema” (klesha) inerentes a todo ser encarnado: avidya (ignorância, a ilusão individual), asmita (ego, o estado em que a alma se encontra identificada com o corpo), raga (apego, a atração por aquilo que gostamos), dvesha (aversão, sentimento de desagrado) e abhinivesha (apego ao corpo). Jesus teve que superar a natureza humana do ego limitada pelo corpo, a ilusão relativa aos terríveis acontecimentos que o aguardavam, o apego a seus discípulos e seu amor por servir àqueles que buscavam ajuda, a natural aversão humana ao sofrimento do corpo e, por último, o temor psicológico primordial que acompanha a perspectiva da morte. “

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 361-362.

Capítulo 73: A agonia de Jesus no jardim de Getsêmani e sua prisão.

Profecias de Isaías

“Quando Isaías escreveu que as pessoas tinham tido os olhos cegados e os corações endurecidos, isto significava que eles mesmos, através das próprias ações materialistas errôneas, haviam eclipsado as refinadas faculdades da inteligência e do sentimento concedidas por Deus, tornando-se incapazes de perceber as manifestações de Sua divina presença e o funcionamento de Suas leis na criação – nem mesmo desejando voltar-se para Deus para que Ele pudesse curá-los.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 202.

Capítulo 66: “É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado”.

Poder Divino

(Mateus 21:18-22) (…)

No incidente da figueira desafortunada encontramos um desafiante contraste entre o humano e o divino, manifestando-se simultaneamente em um homem: a reação humana diante de um desapontamento, exteriorizando-se na forma de poder divino. (…) A vontade e a força vital presentes no corpo de Jesus, estando em sintonia com a Vontade Cósmica e a Vida Cósmica, simplesmente retiraram da figueira a vida e a vontade que até então a sustentavam. Assim como um engenheiro eletricista que tenha acesso a todos os interruptores do dínamo principal que controla as luzes de uma cidade pode conectar ou desconectar à vontade uma ou todas as lâmpadas, também Jesus, em sua unidade com o Engenheiro Eletricista Cósmico, podia acender a vida na extinta lâmpada do corpo inerte de Lázaro ou desconectar a vida que circulava na figueira.

(…)

A onipotência de Deus pertence ao homem contanto que ele abandone a ilusão e, por meio da meditação, eleve sua consciência do corpo até à união com o perfeito reflexo de Deus presente dentro de si. Segundo as escrituras hindus, aquele que conhece o Espírito torna-se o Espírito. Jesus demonstrou essa união com o Espírito pelo domínio sobre todas as coisas que resultava da sua unidade com o Espírito.

(…) Jesus falou do poder da fé – não da fé cega, mas da convicção perfeita que surge da realização divina e do comando pessoal de grandes leis metafísicas que têm o poder de mover montanhas e de conceder tudo o que se pede em oração.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 170-171.

Capítulo 64 : A entrada triunfal em Jerusalém.

Samsara e Sansara

“(…) o Evangelho, é um Código divino que, através de seus conceitos de alta moralidade, e um reflexo vivo das próprias leis do Cosmo.

(…)

*Nota de Ramats: -Samsara, termo sânscrito, significa literalmente “ação de vagar”; é a transição e a mutação continuas; a passagem pelos mundos transitórios, que é o físico, o astral e o próprio mental, causa fundamental dos renascimentos na matéria e do sofrimento pela ignorância da verdade da vida espiritual.

´*Nirvana:- E o oposto de Sansara; é um estado perene de consciência desperta, o autoconhecimento que liberta. Não é um estado de aniquilamento do ser, como a gota d’água se funde no oceano; porém, um estado de plena consciência espiritual; é a vida do Espírito liberto das limitações do tempo e do espaço, com o direito de trânsito livre no Infinito.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 219-220.

 

Diferença Entre Transferência de Poder e a de Autoridade

É Interessante ressaltar que a transferência de poder e a de autoridade constituem dois atos distintos. Neste caso, o poder não significa autoridade ou privilégio. O poder de curar e o poder sobre espíritos impuros referem-se a um processo divino definido que aplica princípios e leis divinas a condições materiais, físicas ou espirituais no homem e ao seu redor. Os discípulos tiveram de ser preparados para receber este poder, para que pudessem compreende-lo e usá-lo inteligentemente. Não se tratava de mera fórmula de encantamento, de algum pro cesso de necromancia, de magia negra ou magia branca, como os pagãos haviam usado.

(…)

Consistia do conhecimento que os prepararia, depois de dias, semanas e meses de oração e meditação, que os purgaria e os tornaria receptáculos adequados e canais apropriados para o influxo e efluxo de um princípio divino que se manifestava como um poder singular e santo para fazer certas coisas.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 110.

Consciência Divina

Em verdade vos digo, quem não nascer da água e do espírito não entrará no Reino de Deus.” Estas palavras estão no livro de João, que teve o cuidado de preservar as declarações místicas de Jesus, sabendo da importância desta parte das mensagens Divinas. A regeneração pela água, o renascimento pelo Batismo e o despertar da Consciência Divina interior pelo Espírito Santo, este era o Caminho para o novo Reino.

(…)

Com a vinda da Consciência Cósmica, com o despertar do Espírito Santo, vem a iluminação da mente, a paz da alma e do corpo, poder para as faculdades mentais, intuição, capacidade de curar e sabedoria para sobrepujar os obstáculos materiais e terrenos que impedem o sucesso e a felicidade.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 217.