Doutrina Através das Parábolas

“Nas parábolas ele punha toda sua tática e inteligência, pois o mais insignificante fenômeno da Natureza transfundia-se na força de um símbolo cósmico. Os seus ensinamentos estão repletos de comparações singelas, mas sempre ligadas à vida em comum dos seres, que atravessaram os séculos e se transformaram em conceitos definitivos, constituindo-se num repositório de encantamento para a redenção humana.

(…)

Só mesmo a força criadora de um Anjo e o sentimento excelso de um Santo, conjugados à sabedoria cósmica de um Sábio, seriam capazes de modelar preceitos eternos sob a argila das palavras mais insignificantes.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 230-231.

 

Princípios Místicos

“(…) as doutrinas secretas e os mistérios que Jesus veio à terra revelar e transmitir constituíam um dom transcendental de Deus, passado aos Apóstolos escolhidos, que deveriam considerar-se guardiães destas coisas, e não simples recipientes de uma bênção. Eles deviam, como guardiães dessas verdades e mistérios, divulgá-los e aplicá-los, dispensando-se de conservá-los dentro de si como uma possessão pessoal legitima.

Vemos nesta ideia um dos primeiros princípios místicos, mantidos como lei e como prática fundamentais pelos devotos seguidores de várias irmandades e organizações místicas de hoje. A rara sabedoria divina, que chega ao místico sincero através de revelações ou pelo estudo de antigos manuscritos constantes dos arquivos da sua irmandade, não deve ser tida, pelos que a ela têm acesso, como um poder intelectual ou como dons que sobrelevam seu valor pessoal, para servi-lo egoistamente no domínio da vida. (…) ele se transformará num instrumento, como um servo que trabalha nas vinhas da Humanidade, de Deus e da Consciência universal divina.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 74-75.

O Caminho do Reino dos Céus

“Sua apresentação das quatro Bem-aventuranças: o maravilhoso poder da humildade, a compaixão pelos sofrimentos alheios, a bondade interior do coração e a fome e sede de Justiça, foram as doutrinas místicas, os princípios espirituais que Ele mostrou serem o Caminho do Reino dos Céus.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 216.

O Mestre Virá Quando o Homem Estiver Preparado

Uma das importantes doutrinas da Grande Fraternidade Branca diz que a iluminação espiritual e a Consciência Cósmica só ocorrem no homem quando ele está preparado. (…) quando uma pessoa estiver pronta para a vinda do Mestre que irá guiá-la e instruí-la sobre as coisas mais elevadas da vida, o Mestre aparecerá. Devemos aqui enfatizar a preparação, que inclui merecimento e sinceridade de propósitos. (…) O merecimento deverá ser alcançado, a preparação deverá estar manifesta e a condição deverá ser fruto do esforço voluntário.

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 201.

Etapas de Assimilação da Lei da Fraternidade

“(Jesus para Hehil – Infante Dom Henrique)

Bem sabes que, enquanto os homens não se integrarem no conhecimento pleno da minha doutrina de amor e de fraternidade, os tratados comerciais serão os necessários jogos de interesses a equilibrarem as ambições, em proveito dos setores da verdadeira evolução espiritual.”

Xavier, Francisco Cândido / Humberto de Campos. Brasil: Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1938, p. 59.

A Força e o Ser

“Por conseguinte, para perceber o pleno valor de que se revestem de figuras mitológicas que chegaram até nós, faz-se necessário compreender que elas não são, tão-somente, sintomas do inconsciente (como o são efetivamente todos os pensamentos e atos humanos), mas também declarações controladas e intencionais de determinados princípios de cunho espiritual, que permaneceram constantes ao longo do curso da história humana, como a forma e a estrutura nevrálgica da própria psique humana. .Em termos sucintos: a doutrina universal ensina que todas as estruturas visíveis do mundo – todas as coisas e seres – são o efeito de uma força ubíqua de que emergem, força essa que os sustenta e preenche no decorrer do período de sua manifestação e para a qual eles devem retornar quando de sua dissolução última. Trata-se da força que a ciência conhece como energia, os melanésios como Mana, os índios sioux como Wakonda, os hindus como Shakti e os cristãos como poder de Deus. Sua manifestação na psique que é denominada, na psicanálise, libido. E sua manifestação no cosmo constitui a estrutura e o fluxo do próprio universo.

A apreensão da fonte desse substrato do ser, indiferenciado e, não obstante, particularizado nos quatro cantos do mundo, é frustrada pelos próprios órgãos por meio dos quais deve ser realizada. As formas de sensibilidade e as categorias do pensamento humano, elas mesmas manifestações dessa força, limitam a mente num grau tão considerável, que normalmente é impossível, não apenas ver, como também conceber, além do colorido, fluido, infinitamente variegado e deslumbrante espetáculo fenomênico. A função do ritual e do mito consiste em possibilitar e por conseguinte facilitar, o salto – por analogia. Formas e conceitos que a mente seus sentidos podem compreender são apresentados e organizados de um modo capaz de sugerir uma verdade ou uma abertura que se encontram mais além.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 255.

Humor e Sofisticação

“A sofisticação do humor da imagética infantil, quando modulada numa habilidosa versão mitológica da doutrina metafísica, emerge de maneira magnificente  num dos mais bem conhecidos dentre os grandes mitos do mundo oriental(…).”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 167.

Doutrina Máxima

“A doutrina máxima da Bruxaria, a Rede Wiccana, é: “Faça o que quiser, mas não prejudique ninguém.

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 47.

Verdades

“As verdades contidas nas doutrinas religiosas são, afinal de contas, tão deformadas e sistematicamente disfarçadas”, escreve Sigmund Freud, “que a massa da humanidade não pode identificá-las como verdade.”

Freud, Sigmund. The future of an illusion. The Hogarth Press, Londres, 1961, pp. 44-45 in Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 11.