Caminhando Sobre as Águas

“Ainda no campo da fenomenologia física ou metapsíquica objetiva, identificamo-lo em plena levitação, caminhando sobre as águas, e em prodigiosa ocorrência de materialização ou ectoplasmia, quando se põe a conversar, diante dos aprendizes, com dois varões desencarnados que, positivamente, apareceram glorificados, a lhe falarem de acontecimentos próximos.

(…)

Em cada acontecimento, sentimo-lo a governar a matéria, dissociando-lhe os agentes e reintegrando-os à vontade, com a colaboração dos servidores espirituais que lhe assessoram o ministério de luz.”

Xavier, Francisco Cândido/ André Luiz. Mecanismos da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, Capítulo 26.

Ressureição de Jesus

“Quando surgiu entre os apóstolos e Tomé quis tomar-lhe as mãos, isso foi possível devido justamente à faculdade ectoplásmica dos presentes, que lhe permitiu a materialização em corpo inteiro e o êxito da “voz direta”, sob os fulgores da luz sideral.

(…)

Pedro ficara bastante preocupado, depois que ouvira rumores de vândalos e criaturas embriagadas, a soldo do Sinédrio, que se propunham profanar o túmulo de Jesus e arrastar-lhe o corpo pelas ruas. Era intenção dos sacerdotes extinguir qualquer impressão favorável à doutrina e á pessoa de Jesus, evitando quaisquer demonstrações dramáticas que dessem vida e alento à tragédia da cruz. (…) Deste modo, Pedro resolveu pro curar José de Arimatéia e expor-lhe as suas desconfianças; e como o seu amigo também alimentava as mesmas preocupações, transferir o corpo de Jesus para outro local, desconhecido de todos.

Então, após verificarem que a cidade dormia, ambos dirigiram-se ao sepulcro e, munidos de roletes de lenho e alavancas, fizeram deslizar a pedra de entrada mediante esses gonzos improvisados. Em seguida, mudaram as vestes ensanguentadas de Jesus por novos lençóis limpos e incensados. Depois, no silêncio da noite, desceram a encosta do Calvário e sepultaram o corpo num túmulo desconhecido, abandonado no meio do capinzal e de ruínas esquecidas.

(…)

No entanto, Pedro e José de Arimatéia captaram as orientações do Alto e num empreendimento elogiável guardaram absoluto segredo até de Maria de Magdala e da mãe do Amado Mestre, apagando todos os vestígios da mudança.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 256-257.

 

As Curas

“Sob a pedagogia dos Essênios, amigos da família, Jesus desenvolveu as forças ocultas sob rigorosa disciplina e aprendizado terapêutico, a ponto de curar pela simples presença aqueles que dinamizavam um intenso estado de fé em sua alma. Mas ele não violentou ou contrariou as leis do mundo físico ou do mundo espiritual. Seguia deter minados métodos e regras na distribuição, concentração e doação dos seus fluidos curadores. O Mestre, embora um Sábio e um Justo, submetia-se fielmente ao mecanismo natural da vida humana criada por Deus e exercia o seu ministério sem discrepar dos princípios de controle e organização dos mundos planetários. Não há dúvida de que a capacidade espiritual de Jesus poderia dispensar qualquer técnica ou gestos apropriados para efetuar suas curas. Mas a verdade é que ele mesmo mobilizava, dirigia e aplicava os fluidos terapêuticos conforme as leis que os regiam.

(…)

Sadio de organismo, sem qualquer deformidade “psicofísica”, com um duplo etérico portador do mais puro ectoplasma, em combinação com o mesmo elemento extraído da contextura do próprio orbe, Jesus era uma antena viva diamantífera, de onde fluíam energias vitais que, operando modificações surpreendentes nos enfermos, eram tidas por milagres. A sua palavra criadora era penetrante e hipnótica. Insuflava a vitalidade, o ânimo, a alegria e a esperança nos que o ouviam. O seu falar se impregnava de tal força, que os paralíticos se moviam, os cegos enxergavam e os leprosos se limpavam das chagas corrosivas. Era um fabuloso potencial de energias criadoras que lhes dava a saúde e restabelecia-lhes o dinamismo orgânico.

Aliás, o conhecimento moderno da própria ciência académica demonstra que o ser humano pode despertar e acumular forças vitais em si mesmo, quando confia e submete-se incondicionalmente a uma vontade insuperável, que o convence de curá-lo de todos os seus males. (…) incendidos por uma fé que lhes ativa todo o cosmo orgânico-vital logram curas surpreendentes, que são fruto de sua própria mobilização energética.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 246-247.

 

Milagres e Feitos

“O Mestre realizou inúmeras curas e renovações espirituais, que não devem ser consideradas milagres, mas resultantes de suas faculdades mediúnicas. Em virtude de sua elevada hierarquia espiritual e da incessante cooperação das entidades angélicas que o assistiam, tudo o que ele realizava nesse sentido, embora tido por miraculoso, era apenas consequência da aplicação inteligente das leis transcendentais. Afora os Essênios terapeutas, que sabiam manejar com êxito as forças ocultas e curavam pela imposição das mãos, só alguns outros iniciados ou magos, como Simão, o Mago, os discípulos de Apolônio de Tyana, sacerdotes, budistas, iogues ou adeptos emigrados do Egito, é que sabiam provocar tais fenômenos. Os demais, mesmo cientistas altamente intelectualizados da Judéia e de Roma, ignoravam as leis do mundo invisível. O conhecimento atual da fenomenologia mediúnica e a existência de médiuns de alta capacidade ectoplásmica comprovam os mesmos feitos do Sublime Galileu.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 243.

 

O Recurso Ectoplasma

“– O ectoplasma está situado entre a matéria densa e a matéria perispirítica, assim como um produto de emanações da alma pelo filtro do corpo, e é recurso peculiar não somente ao homem, mas a todas as formas da Natureza. Em certas organizações fisiológicas especiais da raça humana, comparece em maiores proporções e em relativa madureza para a manifestação necessária aos efeitos físicos que analisamos. É um elemento amorfo, mas de grande potência e vitalidade. Pode ser comparado a genuína massa protoplásmica, sendo extremamente sensível, animado de princípios criativos que funcionam como condutores de eletricidade e magnetismo, mas que se subordinam, invariavelmente, ao pensamento e à vontade do médium que os exterioriza ou dos Espíritos desencarnados ou não que sintonizam com a mente mediúnica, senhoreando-lhe o modo de ser.

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 28.

Materialização de Flores

“Terminado que foi o trabalho medicamentoso, um risonho companheiro de nossa esfera tomou pequena porção das forças materializantes do médium sobre as mãos e afastou-se para trazer, daí a instantes, algumas flores que foram distribuídas com os irmãos encarnados, no intuito de sossegar-lhes a mente excitadiça.

(…)

É o transporte comum, realizado com reduzida cooperação das energias medianímicas. Nosso amigo – e designou com a destra o emissário das flores – apenas tomou diminuta quantidade de força ectoplásmica, formando somente pequeninas cristalizações superficiais do polegar e do indicador, em ambas as mãos, a fim de colher as flores e trazê-las até nós.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 28.

Divisão dos Fluídos

“Em derredor, grande massa de substância ectoplásmica leitosa-prateada, da qual se destacavam alguns fios escuros e cinzentos, amontoava-se, abundante.

(…)

– Aí temos o material leve e plástico de que necessitamos para a materialização. Podemos dividi-lo em três elementos essenciais, em nossas rápidas noções de serviço, a saber – fluidos “A”, representando as forças superiores e sutis de nossa esfera, fluidos “B”, definindo os recursos do médium e dos companheiros que o assistem, e fluidos “C”, constituindo energias tomadas à Natureza terrestre.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 28.

Assistência ao Médium

“Companheiros nossos prestavam carinhosa assistência ao médium separado da vestimenta física, como se ele fora um doente ou uma criança.

(…)

O ectoplasma está em si tão associado ao pensamento do médium, quanto as forças do filho em formação se encontram ligadas à mente maternal. Em razão disso, toda a cautela é indispensável na assistência ao medianeiro.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 28.

Ectoplasma

O veículo físico, assim prostrado, sob o domínio dos técnicos do nosso plano, começou a expelir o ectoplasma, qual pasta flexível, à maneira de uma geleia viscosa e semilíquida, através de todos os poros e, com mais abundância, pelos orifícios naturais, particularmente da boca, das narinas e dos ouvidos, com elevada percentagem a exteriorizar-se igualmente do tórax e das extremidades dos dedos. A substância, caracterizada por um cheiro especialíssimo, que não conseguimos descrever, escorria em movimentos reptilianos, acumulando-se na parte inferior do organismo medianímico, onde apresentava o aspecto de grande massa protoplásmica, viva e tremulante.

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 28.

Fenômenos de Evolução das Luzes

“Dispondo, desde o início, o nosso grupo de pesquisa de sensitivos capazes, é de ver-se como então a telepatia e a precognição se fizeram marcantemente presentes, muito bem e objetivamente demonstradas, como veremos mais adiante. Por outro lado, fenômenos de evolução da luz ao nosso redor, às vezes tão próximo – à base de cinco a dez metros de distância do grupo – que supúnhamos  “sondas” operadas à distância, súbita formação nervosa com idêntico aspecto das formações ectoplásmicas de ambientes fechados, configurando formas de objetos, tudo isso presenciamos largamente e se acha em depoimentos constantes de nosso livro já citado (“A Parapsicologia e os Discos Voadores”).”

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág. 46.