A vida de Francisco

“Quero contar a vida e os feitos do nosso bem-aventurado pai Francisco. Quero fazê-lo com devoção, guiado pela verdade e em ordem, porque ninguém se lembra completamente de tudo que ele fez e ensinou. Procurei apresentar pelo menos o que ouvi de sua própria boca, ou soube por testemunhas de confiança.

Fiz isso por ordem do glorioso Papa Gregório, conforme consegui, embora em linguagem simples. Oxalá tenha eu aprendido as lições daquele que sempre evitou a linguagem difícil e desconheceu os rodeios de palavras!”

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 126-128.

Prólogo

Instruções Secretas

Entretanto, muitos ensinamentos gnósticos sobre disciplina espiritual não foram, em princípio, escritos pois qualquer um pode ler um texto – mesmo aqueles que não são “maduros”. Os professores gnósticos, em geral, não revelavam sua instrução secreta, partilhando-a apenas verbalmente, para garantir a adequabilidade de cada candidato para recebê-la. Essa instrução requeria de cada professor a responsabilidade de conferir ao candidato uma atenção altamente selecionada e individualizada. Por sua vez, o candidato precisava devotar energia e tempo – quase sempre anos– ao processo.

Obviamente, esse  programa de disciplina, assim como os níveis mais elevados do ensinamento budista, atraía poucos adeptos. Embora os temas mais relevantes do ensinamento gnóstico como a descoberta do divino dentro de si mesmo seduzissem tantas pessoas a ponto de constituírem uma grande ameaça à doutrina católica, as perspectivas religiosas e os métodos do gnosticismo não eram voltados para a religião de massa.

(…)somente idéias não asseguram poder religioso, embora este não possa ter êxito sem elas; as estruturas sociais e políticas são igualmente importantes para identificar e unir pessoas em uma afiliação comum.”

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 159-160.

Capítulo: 6- Gnosis: Autoconhecimento Como Conhecimento de Deus.

Deus Justo

“Quando é que um Deus justo cancelaria repentinamente o direito inato de um indivíduo (de continuar se esforçando pela consumação dos potenciais de seu verdadeiro Eu) para fazê-lo sofrer num inferno eterno? É inadmissível que Jesus, sendo a encarnação do amor, da misericórdia e do perdão, pudesse pregar e apoiar tal doutrina. O contexto de toda a sua vida e ensinamentos impossibilita uma inter pretação literal das referências ao inferno como um lugar de ardente tormento eterno.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 248.

Capítulo 41: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte II).

Modos Diferentes de Ensinamentos

“Embora Jesus tenha suprido todos os seus discípulos com igual medida, cada um recebeu e manifestou seus ensinamentos de modo diferente, de acordo com seu grau de espiritualidade e seu bom ou mau karma. (…) Segundo certos grandes mestres da Índia, Judas teve que expiar seus pecados durante vinte séculos e foi finalmente libertado na Índia no século 20. O mau karma de Judas era imenso porque ele não apenas pecou com um ato de traição contra seu Mestre, mas também blasfemou contra o Espírito Santo e contra o Deus-Pai (a Consciência Cósmica), manifestados no Cristo que estava em Jesus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 211.

Capítulo 40: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte I).

Discípulo Simão

(…) por que Jesus chamou Simão (como também vários outros discípulos iletrados) para ser um instrutor quando este não havia recebido sequer uma formação rudimentar nos ensinamentos espirituais? Aqueles que se tornaram apóstolos certamente não foram escolhidos com base em credenciais acadêmicas. Jesus havia instruído Simão nos princípios do discipulado e do conhecimento de Deus em seu relacionamento numa encarnação anterior – algo que Simão, de imediato, não se recordava. Jesus podia ver as realizações espirituais de Simão nos registros astrais do cérebro desse discípulo; assim, baseando-se nessa certificação, ele reconheceu e escolheu Simão para ser o principal de seus missionários.

(…) A eloquência espiritual não é tanto uma questão de dicção, mas de magnetismo da alma, resultante de uma vida virtuosa e da comunhão interior meditativa com Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 429.

Capítulo 23: Pescadores de Homens.

Firme Como uma Pedra

“Em Simão Pedro, Jesus discerniu uma força divina sobre a qual estabeleceria as primeiras fundações de seus ensinamentos, e predisse que a vida espiritual de Simão seria tão firme como uma pedra (hebraico: cephas; grego: Petros [Pedro], “uma rocha”)* (…)

(…)

Nota: Para os judeus da Palestina, este sinal especial de conferir a alguém um novo nome – tal como, no Gênesis, Deus modificou o nome de Abrão para Abraão e de Jacó para Israel – indicava que a pessoa havia sido escolhida para uma missão divina. Uma vez mais, Jesus reporta-se à tradição do Antigo Testamento ao inaugurar seu movimento revolucionário de renovação espiritual.” – Do livro Jesus and His Times, editor Kaari Ward (Pleasantville, Nova York: Reader’s Digest Association, 1987). (Nota da Editora)

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 212.

Capítulo 9: Jesus encontra seus primeiros discípulos.

Sentado no Monte Mamilch

“Enquanto ele ainda estava sentado no Monte Mamilch e ensinando a seus discípulos, vimos uma nuvem que o obscureceu e a seus discípulos: E a nuvem o levou ao céu, e seus discípulos estavam deitados com seus rostos sobre a terra.”

Nascimento, Peterson do. O Evangelho Segundo Nicodemos (Coleção Apócrifos do Cristianismo Livro XI) – Versão Kindle, Posição 580.

A Doutrina do Amor

“(…) o sangue dos cristãos era a seiva da vida lançada às divinas sementes do Cordeiro, e os seus sacrifícios foram bem os reflexos da amorosa vibração do ensinamento do Cristo, atravessando os séculos da Terra para ser compreendido e praticado nos milênios do porvir.”

(…) Doutrina cristã, todavia, encontrara nas perseguições os seus melhores recursos de propaganda e de expansão.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 123.

Círculos Esotéricos

“Nos círculos esotéricos, onde pontificava a palavra esclarecida dos grandes mestres de então, sabia-se da existência do Deus único e absoluto, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os seres, mas os sacerdotes conheciam, igualmente, a função dos Espíritos prepostos de Jesus, na execução de todas as leis físicas e sociais da existência planetária, em virtude das suas experiências pregressas. Desse ambiente reservado de ensinamentos ocultos, partiu, então, a ideia politeísta dos numerosos deuses, que seriam os senhores da Terra e do Céu, do homem e da natureza.”

(…)

“Dessa ideia de homenagear as forças invisíveis que controlam os fenômenos naturais, classificando-as para o espírito das massas, na categoria dos deuses, é que nasceu a mitologia da Grécia, ao perfume das árvores e ao som das flautas dos pastores, em contato permanente com a natureza.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 37.

Elo Entre Ocidente e o Oriente

Ainda assim, o valor global desses registros é inestimável numa pesquisa sobre o Jesus histórico. Há dois modos de conhecer um avatar. Primeiro, vislumbrando sua essência que brilha através de uma miscelânea de fatos, lendas, distorções inocentes ou propositais; e, por um exame cuidadoso, distinguindo o que é significativo e o que é irrelevante, assim como uma pessoa é reconhecida pelo que ela é, e não por seu vestuário. E, segundo, conhecendo diretamente um mestre por meio da comunhão divina intuitiva com essa alma – assim como muitos conheceram Jesus Cristo ao longo dos séculos, tal como São Francisco de Assis, a quem Jesus aparecia todas as noites em carne e osso, Santa Teresa d’Ávila e muitos outros da religião cristã; e tal como Sri Ramakrishna, um hindu, e também eu, estivemos muitas vezes na presença tangível de Jesus. Jamais teria eu assumido a tarefa de escrever este livro sem a certeza do conhecimento pessoal desse Cristo.

(…) seus ensinamentos, interiormente oriundos de sua realização divina e exteriormente nutridos por seus estudos com os mestres, expressam a universalidade da Consciência Crística que não conhece fronteiras de raça ou credo.

Tal como o sol, que nasce no Oriente e viaja para o Ocidente difundindo seus raios, também Cristo surgiu no Oriente e veio ao Ocidente para ser consagrado em uma vasta cristandade (…) Palestina (…) Esse local era o eixo ligando o Oriente com a Europa.

(…) Esse grande Cristo, irradiando a força e o poder espiritual do Oriente ao Ocidente, é um elo divino a unir os povos que amam a Deus – orientais e ocidentais.

(…) Os puros raios prateados e dourados da luz solar parecem vermelhos ou azuis quando observados através de vidros vermelhos ou azuis. Assim, também, a verdade apenas parece ser diferente quando colorida por uma civilização oriental ou ocidental.

(…)

Jesus foi um oriental – de nascimento, família e educação. Separar um mestre do contexto de sua nacionalidade significa nublar o entendimento por meio do qual ele é percebido.  

(…) Elaine Pagels, Ph.D – The Gnostic Gospel”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 99-101.

Capítulo 5: Os anos desconhecidos da vida de Jesus – estadia na Índia.