O Aspecto Espiritual do Homem

“(…) honro as diversas expressões da verdade que fluem do Deus único através das escrituras de seus Vários emissários. Todas elas têm um significado tríplice: material, mental e espiritual. São fontes divinas de “águas vivas” que podem saciar a sede da humanidade no corpo, na mente e na alma.

O significado material dos ensinamentos de Cristo enfatiza seu plicado ao bem-estar físico e social (…).

A interpretação mental elucida a aplicação dos ensinamentos de Cristo para o progresso da mente e do entendimento humanos (…).

(…) em relação ao aspecto espiritual do ser humano, os ensinamentos de Jesus apontam o caminho para o reino de Deus – a experiência pessoal das infinitas potencialidades divinas de cada alma como um filho imortal de Deus, por meio da comunhão devocional e união definitiva com o Pai Celestial, o Criador de todos.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. XXI.

Parte: Introdução.

Os Essênios e os Judeus

“Muitos dos valiosos ensinamentos dos Essênios, e que no tempo de Jesus ainda cingiam-se a certos ritos e a uma pragmática iniciática tradicional, hoje podem ser aprendidos e cultuados com facilidade, sem o discípulo abandonar suas tarefas cotidianas e através de filiação a certas instituições espiritualistas. Algumas dessas instituições modernas ministram lições admiravelmente práticas e sem quaisquer complexidades, pois desenvolvem a mente e ajustam emoções do discípulo sem exigências fatigantes ou compromissos exóticos. Aliás, insistimos em dizer que, depois do advento de Jesus, já não se justificam as iniciações a portas fechadas.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 303-304.

 

Os Evangelhos

“No entanto, o que deveria surpreender os próprios críticos ou desfiguradores da obra de Jesus, é que os evangelhos se originaram de anotações pessoais de sua vida e dos seus ensinos entre um povo cativo e primário. Quem poderia pressupor, naquela época, que um singelo grupo de pescadores, campônios e gente de má fama, ao registrarem os exemplos e os ensinamentos do seu querido rabi e mestre, estavam compondo a obra moral e educativa mais fabulosa para a modificação histórica e redenção espiritual da humanidade?”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 260.

 

Jesus e os Velhos Ensinamentos

“(…) O certo é que a humanidade sempre foi visitada por Espíritos orientadores, assim que ela se revelava sensível e capaz de sentir-lhes as mensagens, embora ainda se mostrasse incapacitada para compreendê-los na profundeza espiritual do seu sentido. O Alto sempre transmitiu para a Terra, antes de Jesus, a mesma fórmula de esclarecimentos e de libertação espiritual dos homens. Assim, os conceitos predicados pelo Divino Amigo, recomendando-nos o “amai-vos uns aos outros” e “fazei aos outros o que quereis que vos façam”, já haviam sido ensinados anteriormente na Lemúria, na Atlântida, na Caldéia, na Fenicia, no Egito, na Índia e na Grécia, através de missionários como Numu, Antúlio, Anfion, Rama, Hermes, Krishna, Buda, Confúcio, Zoroastro, Orfeu, Sócrates, Pitágoras e outros, enquanto, modernamente, essa mesma mensagem de Amor aos homens foi apregoada por instrutores como Ramakrishna, Maharishi, Gandhi e Kardec!

(…)

A simplicidade e a pureza iniciática do Cristianismo petrificaram-se outra vez sob as práticas litúrgicas modernas, que além de exaustivas e infantis, sufocam a figura do Mestre numa fantasia circense. Quando o crente vibra e sente a essência íntima dos ensinamentos libertadores de Jesus, ele já se mostra exausto da longa caminhada entre símbolos, dogmas e mistérios religiosos (…).”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 240-241.

 

Doutrina Através das Parábolas

“Nas parábolas ele punha toda sua tática e inteligência, pois o mais insignificante fenômeno da Natureza transfundia-se na força de um símbolo cósmico. Os seus ensinamentos estão repletos de comparações singelas, mas sempre ligadas à vida em comum dos seres, que atravessaram os séculos e se transformaram em conceitos definitivos, constituindo-se num repositório de encantamento para a redenção humana.

(…)

Só mesmo a força criadora de um Anjo e o sentimento excelso de um Santo, conjugados à sabedoria cósmica de um Sábio, seriam capazes de modelar preceitos eternos sob a argila das palavras mais insignificantes.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 230-231.

 

Ensinamentos em Alexandria

“Certa vez dissestes que, estando encarnado no tempo de Jesus, tivestes ensejo de conhecê-lo pessoalmente, quando visitastes a Hebréia. Posderíeis dizer-nos algo dessa vossa experiência junto ao Mestre?

RAMATIS: -(…) nós gozamos a felicidade de um encontro pessoal com Jesus, na Palestina, quando nos filiávamos a certa escola filosófica de Alexandria*.

*Nota do Médium: Ramatís fazia parte de certa escola iniciática de Alexandra, onde se procurava conhecer a contextura do “homem imortal”. Eram ensinamentos expostos à luz do ambiente tranquilo da fraternidade cota parecidos com as convicções dos essênios e pitagóricos, porém, firmados francamente no conhecimento da Lei do Carma e no processo da Reencarnação. Não estamos autorizados a dizer que filosofo Ramatís foi na época, embora algo conhecido.

**Nota de Ramatís: – Quando Jesus falava aos campônios expunha a parábola do semeador, do grão de mostarda, do joio e do trigo; aos pescadores referia-se à parábola dos peixes; num banquete ou festividade, falava dos talentos, do tesouro enterrado; entre negociantes e especuladores, da pérola de grande valor, o credor incompassivo, os dois devedores; entre magnatas, servia-se das parábolas do rico insensato, o rico e Lázaro; entre os assalariados  explicava- lhes a parábola dos servos inúteis, dos trabalhadores da vinha e do infiel, entre homens de lei mencionava o juiz iniquo, e entre os religiosos a história do publicano e o fariseu.

(…)

Quando retornamos para Alexandria e consultamos os nossos maiorais a respeito das atividades do Rabi Jesus, que tanto nos havia impressionado, todos eles foram unanimes em confirmar que, malgrado a sua aparente insignificância na época, na realidade ele era o maior revolucionário espiritual descido à Terra, a fim de sintetizar os ensinamentos dos seus precursores e redimir a humanidade.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 227-229.

 

A Simplicidade dos Ensinamentos

“(…) empolga-nos reconhecer que a mesma doutrina, cujas bases Jesus assentou na rudeza e simplicidade de um Pedro, na sublimação de Madalena e na sinceridade do publicano Mateus, mais tarde, gerou um Agostinho, discípulo apaixonado de Platão e cuja eloquência, ao expor a Teologia Cristã, abalou Roma e Cartago; ou ainda, o maior filósofo da Igreja, como é Tomás de Aquino, um dos maiores gênios da Idade Média na propaganda do Catolicismo. Mas prevendo também o perigo do intelecto desgarrar-se em demasia e depois formalizar o Evangelho acima do coração humano, aristocratizando em excesso o clero responsável pela ideia cristã, o Alto recorre então ao mesmo espírito que fora o apóstolo João e o faz renascer, na Terra, para viver a figura admirável de pobreza e renúncia de Francisco de Assis. Assim, o calor cordial do sentimento purificado e a abdicação aos bens transitórios do mundo, vívidos pelo frade Francisco de Assis, reativaram novamente a força coesiva e poderosa que cimentou as bases do Cristianismo nas atividades singelas de pescadores, camponeses, publicanos e gente de mau viver. Na comunidade da própria Igreja Católica, transformada em museu de granito e mármore, cultuando as quinquilharias de ouro e prata entre a púrpura e o veludo dos sacerdotes, o Alto situou Francisco de Assis, convidando todos os eclesiásticos à volta do Cristo-Jesus da simplicidade, da renúncia e do amor.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 183.

Lição de Vida Renovada

“O herói morreu como homem moderno; mas, como homem eterno aperfeiçoado, não específico e universal-, renasceu. Sua segunda e solene tarefa e façanha é, por conseguinte (como o declara Toynbee e como o indicam todas as mitologias da humanidade), retornar ao nosso meio, transfigurado, e ensinar a lição de vida renovada que aprendeu.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 28.

Pano de Linho

“(…) Sabe-se que ele, um homem rico, possuía um grande túmulo esculpido numa rocha e que este túmulo, “onde nenhum corpo humano ainda fora depositado”, estava localizado num jardim, também pertencente a José, “próximo do local da Crucificação. Não se pode, porém, ignorar o simbolismo aqui contido. O túmulo – onde ninguém ainda fora depositado numa grande rocha, num jardim, era mais que um túmulo comum. Há muitos séculos, as escolas de mistérios vêm usando esses túmulos onde os corpos dos seus grandes líderes são depositados apenas para serem ressuscitados. O túmulo onde Jesus foi depositado por José era parcialmente reservado à escola secreta. (…) José e seu amigo Nicodemos “envolveram o corpo de Jesus num pano de linho [sabendo] que Jesus se ergueria do túmulo”.

De passagem, talvez seja interessante notar que este mesmo José de Arimatéia foi mandado para a Grã-Bretanha pelo Apóstolo S. Filipe, por volta do ano 63, e instalou-se em Glastonbury, como consta dos registros históricos tradicionais, com alguns outros discípulos da escola secreta. Ali, ele deu curso à missão especial de que o incumbiu Jesus, missão que representava o lançamento das bases dos ensinamentos e práticas das doutrinas secretas.

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 149-150.

Deu Vida às Palavras

“Enquanto sofria na Cruz os mais cruciantes padecimentos físicos e, ao mesmo tempo, a mais torturante humilhação, Ele deu vida às palavras que se destinavam a robustecer a fé que Seus discípulos depositavam nos ensinamentos por Ele pregados, no cumprimento de uma das maiores promessas que lhes fizera.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 122.