Beatificar é Tornar Supremamente Feliz

Enquanto ensinava, Jesus fez com que suas sagradas vibrações e divina força vital emanassem através de sua voz e de seus olhos e se difundissem sobre os discípulos, tornando-os tranquilamente sintonizados e magnetizados, capazes de receber a plena medida de sua sabedoria por meio da compreensão intuitiva.

(…) Beatificar é tornar supremamente feliz; beatitude significa a felicidade, a bem-aventurança, do céu. *(…) princípios morais e espirituais cujo eco jamais decresceu ao longo dos tempos – princípios por meio dos quais a vida do homem se torna abençoada, repleta de bem-aven turança celestial.

A palavra “pobres”, utilizada na primeira Beatitude, significa estar destituído de qualquer refinamento superficial e exterior de riqueza espiritual. (…) Ser “pobre de espírito” é despojar o ser interior, o espírito, do desejo e apego por objetos materiais, posses terrenas, amigos materialistas e o amor humano egoísta.

*Nota:  “Beatificar” deriva do latim: beatus, feliz + facere, tornar. O termo utilizado para “bem-aventurados (…)” no texto original grego dos Evangelhos é makarios, que em latim corresponde a beati, do qual deriva beatitude em português, estado de bem -aventurança ou suprema alegria.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 480.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Cura à Distância

“A cura à distância geralmente envolve o princípio da autossugestão.Um poderoso pensamento, acompanhado de energia vibratória, é enviado pela vontade do agente de cura à pessoa a ser curada, cuja resposta a essa vibração desperta sua própria imaginação e vontade adormecidas para liberar a força vital curativa em seu interior. Curas mentais instantâneas acontecem quando o agente de cura e a pessoa a ser curada estão perfeitamente sintonizados entre si.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 464-465.

Capítulo 25: A cura dos doentes.

Força de Vontade do Agente de Cura

O poder da força vital transmitida exteriormente para a cura de outras pessoas é proporcional à força de vontade do agente de cura.

A simples imposição das mãos dos polos positivo e negativo sobre outra pessoa produz alguma troca de magnetismo a partir da energia ali presente, mas não transmite a potência necessária para a cura. O poder da força vital conscientemente gerado e dirigido, fluindo através das mãos, é o que causa a cura mediante o emprego da atividade da força vital, que cria, integra, desintegra, cristaliza, metaboliza, produz e sustenta o complexo conjunto de células diferenciadas. Essa força vital é inteligente, mas fica reduzida e fora do controle nas pessoas cujo corpo é governado por uma mente fraca e identificada com o ego.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 464.

Capítulo 25: A cura dos doentes.

Jejum e Cura

Um método físico de tratar a doença consiste em jejuar criteriosamente a fim de purificar o corpo de toxinas e rejuvenescer a força vital. No jejum, a vontade volta a depender do Espírito e retira energia da fonte cósmica, reforçando e estimulando a energia curativa no corpo.

(…)

Mas, qualquer que seja o método de tratamento adotado, o resultado – positivo ou negativo – é ainda assim determinado em boa medida pela mente.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 460.

Capítulo 25: A cura dos doentes.

Consciência Crística

Quando me achava no estado de Consciência Crística onipre sente, contemplei a ilusão satânica como uma força cósmica consciente, uma energia criadora semelhante ao relâmpago, que era repe lida da Consciência Cósmica celestial. Eis que vos dou o poder divino mediante o qual podereis derrotar Satanás e seus sequazes; ao superar des a ilusão, nada poderá de modo algum causar-vos dano. Por meio de minha Consciência Cósmica, eu vos darei o poder de vontade que vos permitirá controlar a força serpentina espiralada na base da co luna vertebral. A força vital criadora que flui ao exterior, em direção ao corpo, alimenta os desejos sexuais e os “escorpiões” dos torturantes e venenosos instintos malignos.

(…)

Conforme explicado em versículos anteriores, Satã era originalmente um arcanjo, uma força inteligente da criadora energia cósmica de Deus, dotada com poder para criar, em harmonia com a Inteligência Divina, perfeitas manifestações celestiais na criação material. Essa força emanou de Maha Prakriti, a Grande Natureza, o Espírito Santo, o aspecto criador primordial do Espírito. O poder ativador da Mãe da Criação é maya, a ilusão cósmica, que transforma o Espírito Único em miríades de manifestações. Oculta por trás de um tênue véu de maya, a natureza pura de Prakriti, Para-Prakriti, atua em harmonia com a Inteligência Crística, ou Kutastha, para criar as leis e forças divinas que ativam todas as manifestações dos domínios celestiais astral e causal. Um manto mais denso de ilusão cósmica se fez necessário a fim de originar as vibrações densas indispensáveis para produzir e sustentar uma criação material a partir dessa subjacente matriz astral-causal. Uma vez que essas vibrações densas da ilusão cósmica distorcem e eclipsam a verdadeira natureza da matéria, que é feita da consciência de Deus, esse poder criador que flui em direção ao exterior é identificado como a natureza impura de Prakriti: Apara-Prakriti. Esse é o aspecto que equivale a Satã, o qual é representado como um arcanjo que decaiu da graça divina, uma força criadora que não é dirigida pelas vibrações celestiais – uma força que se rebelou contra a consciência de Deus, obscurecendo a Divindade Inata, com o objetivo de preservar seu próprio reinado sobre a humanidade por meio do autoperpetuado mau uso do livre-arbítrio.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 257-259.

Capítulo 41: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte II).

Kundalini

“(…) as escrituras do Oriente utilizam a alegoria de uma serpente para ilusrar a kundalini ou força vital astral no corpo, a qual, ao despertar com a ajuda de uma técnica avançada de Autorrealização, atravessa uma passagem serpentina, que se encontra espiralada na base da coluna vertebral e sobe até os centros espirituais mais elevados, no cé rebro, outorgando a consciência divina. A pomba simboliza o olho espiritual de três cores – o bico da pomba representa a estrela branca no centro do olho espiritual; as asas da pomba simbolizam os anéis esféricos de cor azul e dourada que circundam a estrela.

Ao elevar a força kundalini ao longo dos centros cerebrospinais e ao introduzir sua vida e consciência através do olho espiritual, ele se contempla como onipresente.

(…)

(…) quando fossem confrontados com o antagonismo e as perseguições, deveriam manter a profunda sabedoria e tranquilidade concedidas pelo despertar da kundalini.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 238-239.

Capítulo 41: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte II).

Classes de Vibração da Palavra

A palavra falada se constitui de três classes de vibração: a energia física (o som), a força vital ativada pela vontade de quem fala e o pensamento. Cada palavra que o homem pronuncia deixa bons ou maus vestígios vibratórios em seu corpo e cérebro físicos, assim como em seu corpo astral de energia vital – o mediador entre o corpo físico e a consciência e em sua mente (a consciência), onde permanecem como um arquivo condensado de tendências.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 131.

Capítulo 36: Que significa a blasfêmia contra o Espírito Santo?

Despertar da Kundalini

Instrutores ignorantes frequentemente associam kundalini com a força sexual e a envolvem em mistério, a fim de assustar neófitos quanto ao perigo de despertar essa sagrada força serpentina. Confundir o despertar de kundalini com o estímulo da consciência sexual é uma concepção interiramente corrompida e extremamente ridícula. Ao contrário, no despertar de kundalini a força vital do iogue se retira dos nervos sensoriais, particularmente aqueles relacionados ao sexo, conferindo-lhe absoluto controle sobre as tentações sensoriais e sexuais.

(…)

Os sentidos da visão, audição, paladar, tato e olfato são como Cinco holofotes que revelam a matéria. À medida que a energia vital flui ao exterior através desses raios sensoriais, o homem é atraído por belas faces, sons cativantes ou sedutores perfumes, sabores e sensações táteis. Esse é um processo natural; mas aquilo que é natural para a consciência limitada ao corpo não é natural para a alma. Entretanto, quando essa energia vital divina é retirada dos sentidos autocráticos através da via espinal, chegando ao centro espiritual de percepção infinita no cérebro, então o holofote de energia astral lança-se à imensidão da eternidade para revelar o Espírito universal. O devoto sente-se atraído ao Sublime Sobrenatural – a Beleza de todas as belezas, a Música de todas as músicas, a Alegria de todas as alegrias. Ele pode tocar o Espírito em todo o universo e ouvir a voz de Deus reverberando em todas as esferas. A forma se dissolve no Sem-Forma. A consciência do corpo, confinada a uma pequena forma temporária, expande-se ilimitadamente no Espírito eternamente existente e sem forma.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 293-294.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Yoga

“Quando alguém se senta em silêncio, tranquilo, ele acalma parcialmente a força vital em seu fluxo para os nervos, libertando-a dos músculos; seu corpo está temporariamente relaxado. Mas sua paz é facilmente perturbada por qualquer ruído ou qualquer outra sensação que chegue até ele, porque a energia vital que continua a fluir para o exterior, através da via espiralada, mantém os sentidos em operação.

(…)

O iogue conhece a arte científica de se desconectar conscientemente dos nervos sensoriais, de modo que nenhuma perturbação externa proveniente da visão, da audição, do tato, do paladar ou do olfato possa ter acesso ao santuário interior de sua meditação impregnada de paz.

(…)

Um “filho do homem” prisioneiro do corpo não pode ascender à liberdade celestial apenas com palavras; ele tem de saber como desatar o nó espiralado da força de kundalini, na base da coluna vertebral, a fim de transcender o confinamento da prisão corporal.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 290-292

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Espiral

“Conforme explicado anteriormente, os corpos físico, astral e causal do homem estão interligados e atuam como um só, por meio de nós de força vital e consciência nos sete centros cerebrospinais.

A energia em geral se move pelo espaço em forma espiral – um padrão presente em toda parte na arquitetura macrocósmica e microcósmica do universo. Iniciando com as nebulosas galácticas – o berço cósmico de toda a matéria – a energia flui em modelos espiralados, ou circulares, ou como vórtices.

(…)

Quando a alma, em seus sutis revestimentos dos corpos causal e astral, inicia a encarnação física no momento da concepção, o corpo inteiro se desenvolve a partir de uma célula primordial formada com a união de espermatozoide e óvulo, principiando com os primeiros rudimentos do bulbo raquiano, do cérebro e da medula espinal.

De sua sede original no bulbo raquiano, a energia vital inteligente do corpo astral flui em sentido descendente ativando os especializados nos chakras astrais cerebrospinais que criam e vivificam a coluna vertebral física, o sistema nervoso e todos os demais órgãos corporais. Ao concluir-se o trabalho da força vital primordial na criação do corpo, ela vem a descansar em uma passagem espiralada no centro mais inferior ou coccígeo. A configuração espiralada desse centro astral dá à energia vital ali localizada a denominação de kundalini, ou força serpentina (do sânscrito, kundala, “espiralada”). Uma vez finalizado seu trabalho criador, a concentração da força vital nesse centro é dita kundalini “adormecida”, pois quando flui ao exterior, para o corpo, avivando continuamente a região física dos sentidos visão, audição, olfato, paladar, tato, bem como a força criadora física, presa à Terra, do sexo-, ela faz com que a consciência se torne fortemente identificada com os sonhos ilusórios dos sentidos e seu domínio de atividades e desejos.

Moisés, Jesus e os iogues hindus conheciam o segredo da vida espiritual científica. Eles demonstraram unanimemente que todo aquele que tenha ainda tendências materiais precisa adquirir maestria sobre a arte de elevar a força serpentina a partir da consciência corporal sensória, dessa forma começando a retraçar os passos interiores em direção ao Espírito.”

Nota:  Em 1953, cientistas descobriram que o DNA, a molécula básica da vida, também é construída em forma helicoidal. Leonardo Fibonacci (1170-1250), matemático italiano de profunda visão, percebeu que incontáveis padrões na natureza correspondem a uma forma espiral, matematicamente expressa como um logaritmo derivado dos assim chamados números de Fibonacci (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, etc.), onde cada número é a soma dos dois precedentes na série. Esta espiral exata surge em ma nifestações aparentemente tão dispares quanto o padrão das pétalas num girassol e das folhas nos abacaxis, nas alcachofras e em muitas árvores; o volume progressivo das câmaras na concha de um molusco marinho; o arco, em anos-luz, das galáxias espirais.

A proporção áurea é considerada como a base da harmonia e beleza de forma na arte, na arquitetura e no desenho clássicos – conforme reconhecido por (entre muitos outros) Pitágoras, Platão, Leonardo da Vinci e os construtores das grandes pirâmides em Gizé. (Nota da Editora)”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 288-290.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.