O Evangelho Compreensível da Ciência Cósmica

“Assim como o Espiritismo é a síntese iniciática mais acessível à mente do homem comum, o Evangelho estruturado por Jesus constitui também a súmula mais compreensível da Ciência Cósmica, para a mente do homem terrícola. Quando os adeptos do Espiritismo penetram cada vez mais no seu âmago, surpreendem-se com as revelações que descobrem Identificadas com todas as ciências ocultas e os ensinos iniciáticos. Na intimidade do Evangelho, as singelas máximas pregadas por Jesus identificam-se com todas as leis que regem o próprio Cosmo.”

*O Evangelho à Luz do Cosmo.

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 86-87.

Nascimento do Avatar e Vibração

“O nascimento de “Avatares” ou de altas entidades siderais no vosso orbe, como Jesus, exige a mobilização de providencias incomuns por parte da técnica transcendental, cujas medidas ainda são ignoradas e incompreendidas pelos terrícolas. É um acontecimento previsto com muita antecedência pela Administração Sideral*, pois do seu evento resulta uma radical transformação no seio espiritual da humanidade.

(…)

para cumprir a missão excepcional no prazo marcado pelo Comando Superior, o plano de sua encarnação também prevê o clima espiritual de favorecimento e divulgação de sua mensagem na esfera física. Deste modo, encarnam-se com a devida antecedência, espíritos amigos, fiéis cooperadores, que empreendem a propagação das ideias novas ou redentoras, recebidas do seu magnifico Instrutor, em favor da humanidade sofredora.

*Nota: Vide a obra de Ramatis, Mensagens do Astral, cap. “Os Engenheiros Siderais e o Plano da Criação“, que dá uma ideia aproximada da “Administração Sideral”  Trecho extraído da obra A Caminho da Luz, de Emmanuel, por Chico Xavier: “Rezam as tradições do mundo espiritual que, na direção de todos os fenômenos do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.

Jesus foi um “Avatar” ou seja, uma entidade da mais alta estirpe sideral já liberada da roda exaustiva das reencarnações educativas ou expiatórias. Em consequência, a sua encarnação não obedeceu às mesmas leis próprias das encarnações comuns dos Espíritos primários e atraídos à carne devido aos recalques da predominância do instinto animal. 

(…) Jesus, o Sublime Peregrino, ao baixar à Terra em missão sacrificial e sem culpas a redimir, para facilitar o seu ligamento com a matéria, viu-se obrigado a mobilizar sua vontade num esforço de reviver ou despertar na sua consciência o desejo de retorno à vida física já extinto em si há milênios e milênios. A fim de vencer a distância vibratória existente entre o seu fulgente reino angélico e o mundo terreno sombrio, ele empreendeu um esforço indescritível de “auto-redução”, tão potencial quanto ao que um raio de Sol teria de exercer em si mesmo para conseguir habitar um vaso de barro.

(…)

(…) para alcançar a matéria na sua expressão mais rude, teve de submeter-se a um processo de abaixamento vibratório perispiritual, de modo a ajustar-se ao metabolismo biológico de um corpo carnal.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 31-33.

Projetando Sua Personalidade e Consciência

“O aparecimento de Jesus entre Seus Discípulos em várias ocasiões durante o período de recuperação constitui, em diversos casos, uma demonstração mística do Mestre, projetando Sua personalidade e consciência a locais distantes de Seu corpo físico. Estas demonstrações de leis espirituais elevadas eram comuns, não só para Jesus, mas, também para muitos eminentes Avatares do passado, alguns de Seus Apóstolos e Discípulos e muitos irmãos da Grande Fraternidade Branca que se faziam visíveis em pontos distantes com bastante frequência. Hoje em dia encontramos nos ensinamentos Rosacruzes as leis simples que auxiliam homens e mulheres a alcançarem o elevado grau de desenvolvimento psíquico que lhes permite projetarem a consciência psíquica a um ponto distante, de acordo com sua vontade, e se tornarem visíveis às elevadas faculdades de pessoas igualmente desenvolvidas e que chegaram ao necessário grau de receptividade.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 253.

Milagres de Jesus não Foram Sobrenaturais

“Os milagres de Jesus não foram sobrenaturais, pois não ultrapassaram os limites das leis naturais nem se manifestaram pela aplicação singular de qualquer lei incomum. (…)  Seu poder de fazer milagres era dual: apreensão mental e compreensão das leis, e a capacidade de aplicar as leis adequadamente, dirigindo sua operação, além da Divindade em Seu interior que lhe permitia dirigir eficientemente os processos criativos da Consciência de Deus em Sua alma. Metade de Seu poder era o dom Divino Nele nascido; a outra metade era o poder desenvolvido pelo estudo, treinamento e experiência.

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 218.

Os dias Sagrados de Dezembro

“(…) há uma correspondência entre as leis Espiritual, Cósmica e Mundana, relativa a uma condição universal que se manifesta a 23, 24 ou 25 de dezembro de cada ano. É nesta época que ocorre uma mudança Cósmica chamada Nascimento do Deus Sol, a qual era sempre celebrada pelos antigos como o Parto da Rainha Celestial ou a Virgem Celestial da Esfera.

(…)

Também na China, muito antes do período cristão, o povo reconhecia esta ocasião do solstício do inverno como sagrado, e no dia 24 ou 25 de dezembro as lojas eram fechadas, como também as cortes de Justiça e locais de atividades comerciais. Entre os antigos persas, as cerimônias mais esplêndidas eram em honra de Mitra, cujo nascimento ocorrera a 25 de dezembro, segundo a tradição.

(…)

No antigo Egito, o dia 25 de dezembro foi celebrado por muitos séculos como o aniversário de vários deuses. Encontramos referências destes fatos em todas as histórias das religiões dos povos antigos, como, por exemplo, no livro intitulado “Religião dos Antigos Gregos”, escrito por Septehenes, que diz: “os antigos egípcios fixaram o início da gravidez de Ísis (A Rainha do Céu e a virgem mãe do Salvador Hórus) nos últimos dias de março e estabeleceram a comemoração do parto no final de dezembro.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 121.

José e Maria entre os Essênios

“Não só José era um Essênio dedicado e carpinteiro por profissão, de acordo com as regras da organização, mas também Maria, sua esposa, era membro associado. Entre tanto, ambos tinham sido obrigados a aceitar a igreja judia e haviam se identificado com essa fé de modo puramente formal, de acordo com as leis da terra.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 66.

Gentios da Galileia

Vemos, portanto, que os gentios que habitavam a Galileia, inclusive os pais de Jesus, eram de sangue ariano, gentios por classificação religiosa natural, místicos pelo pensamento filosófico e judeus por imposição. Em outras palavras, os gentios da Galileia, após o ano 103 a.C. foram forçados a adotar a circuncisão e respeitar a lei mosaica, segundo a qual todas as crianças, a uma certa idade, tinham de aceitar a fé judaica de modo formal, comparecendo à sinagoga para serem admitidas em caráter probatório. Se esta combinação de circunstâncias for mantida na mente do leitor, permitirá que compreenda muitas declarações estranhas existentes na literatura sacra.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 53.

A Espera do Messias

“Do ponto de vista sociológico, os vícios e práticas degradantes haviam se popularizado entre as massas, com os padrões morais bem próximos da licenciosidade. Até nos tribunais havia intriga e crime. O poder governante estava dividido entre duas classes, a nobreza e o clero. A nobreza só buscava a gratificação mais baixa dos sentidos, tentando manter-se dentro da lei apenas o suficiente para lhes permitir alcançarem seus propósitos egoístas. A maioria dos nobresa professava pertencer à seita dos saduceus. Por outro lado, a classe sacerdotal dos fariseus, conhecidos como “os puros, os separados”, porfiava constantemente em seu determinado esforço de manter o poder e impor a estrita aderência à letra de suas leis. Os saduceus eram seus inimigos especialmente quando eram favorecidos por qualquer tipo de cargo ou posição.

As massas eram oprimidas e mantidas na ignorância de sua verdadeira condição; mas acreditavam haver uma possibilidade de se sublevarem pela vinda de um grande líder. Não é de surpreender que essas pessoas, em sua maioria incultas e inexperientes, aderissem a qualquer movimento que lhes permitisse livrar-se dos grilhões ou lhes desse oportunidade de subir a alturas que eles apenas sentiam em sonhos. Por consequência, os incultos e desfavorecidos seguiam líderes e princípios que os colocavam em situação grave e de grande desapontamento. A grande esperança era a de que o esperado Messias modificasse essa situação de sofrimento, estabelecendo a coesão e união do povo de Israel. Como isto ocorreria ninguém sabia: somente os pretendentes que encabeçavam os falsos movimentos tentavam dar uma explicação.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 46-47.

Um Piscar de Olhos Para o Todo

Em resumo, o processo total da Evolução, em todas as suas fases, começa e procede de acordo com as Leis estabelecidas do processo de Infusão, Todas ocupam eons e eons do tempo do Homem, cada eon contendo muitos milhões de anos; porém, como nos diz o Iluminado, a criação inteira, incluindo a Involução e a Evolução de um Universo, é para o TODO simplesmente como um piscar de olhos.

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 63.

A Lei das Leis

“Dominamos as leis inferiores aplicando-lhes as que lhes são superiores; e somente por este modo. Mas não podemos escapar da Lei e ficar inteiramente fora dela. Nada senão o TODO pode escapar da Lei; e isto é porque o TODO é a própria LEI, que todas as Leis procedem. Os mais adiantados Mestres podem adquirir os poderes usualmente atribuídos aos deuses do homem; e há inúmeras ordens de entes, na grande hierarquia da vida, cujas existências e poderes excedem mesmo os dos mais elevados Mestres entre os homens a um grau imaginário para os mortais; contudo, o mais elevado dos Mestres e o Ente mais elevado devem curvar-se à Lei e ser como Nada diante do TODO. De modo que se mesmo estes Entes, cujos poderes excedem os atribuídos homens aos seus deuses, estão subordinados à Lei, imaginai qual não será a presunção do homem mortal da nossa raça e do nosso grau, quando ousa considerar as Leis da Natureza como irreais, visionárias e ilusórias, porque chegou a compreender a verdade que as Leis são de natureza mental e simples Criações Mentais do TODO. Estas Leis, que o TODO destinou para governar as leis, não podem ser desafiadas nem arguidas. Enquanto durar o Universo, elas durarão, porque o Universo só existe pela virtude destas Leis, que formam o seu vigamento e que ao tempo o mantém.”

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 54.