O domínio dos Três Mundos

1) O domínio infinito dos FATOS.

2) O domínio mais restrito das LEIS ou causas segundas.

3) O domínio ainda mais restrito dos PRINCÍPIOS ou causas primeiras.

-Verdades perceptíveis

-Verdades inteligíveis

“(…) os antigos afirmavam que o homem é análogo ao Universo. Por isso, chamavam o homem de “microcosmo” (mundo pequeno) e o Universo de “macrocosmo” (mundo grande).

(…)três hierarquias (FATOS-LEIS-PRINCÍPIOS) (…) OS TRÊS MUNDOS (…) foram extraídas da doutrina de Pitágoras (…) por Fabre d’Olivet:

A aplicação (do número 12) ao Universo não foi uma invenção arbitrária de Pitágoras, pois já era conhecida dos caldeus e dos egípcios, que a aprenderam daqueles, bem como de todos os povos importantes da Terra; ela deu origem ao zodíaco, cuja divisão em doze casas existiu por toda parte, desde tempos imemoriais.

(…)

O homem se compunha das mesmas coisas, mas de maneira inversa – corpo, alma e inteligência – , e cada um desses três aspectos era concebido com três modificações, de sorte que o ternário presente em toda parte estava presente também nas menores subdivisões. Segundo Pitágoras, cada ternário, do que abrange a imensidade até o que constitui o menor individuo, é entendido como uma unidade absoluta ou relativa, formando, assim, o quaternário ou tétrade sagrada dos pitagóricos. O quaternário é universal ou particular.

(…) oráculos de Zoroastro:

O ternário brilha em toda parte no universo

E na Mônada reside seu princípio.”

PAPUS.Tratado elementar de ciências ocultas, Ed. Pensamento, 2022, Pág. 40-42.

Capítulo 2

Vencer o Mal com o Amor

(…) uma advertência para dissuadir criminosos potenciais, fazendo com que o castigo fosse equivalente ao crime.

As leis espirituais são eternamente verdadeiras, mas sua aplicação – registrada nos critérios que governam uma sociedade – pode requerer, em diferentes regiões e épocas, adaptações maiores ou menores de acordo com a natureza do ambiente em que são decretadas.

(…)

(…) não resistir ao mal com os métodos do mal. Jesus aconselha o homem a vencer o mal com a virtude infinitamente poderosa do perdão e do amor.

(…)

O ódio aumenta com o ódio, assim como o fogo aumenta com o fogo; mas, tal como o fogo é extinto pela água, também a ira é subjugada pela benevolência.

(…)

O ideal de não fazer retaliações não justifica submeter-se passiva mente ao erro nem à aprovação tácita do mal. Oferecer a outra face não visa fazer com que a pessoa se torne mental ou moralmente fraca, nem sugere suportar um relacionamento pessoal abusivo ou violento, mas sim instilar a força do autocontrole alcançada pela superação do impulso de agir sob a influência de um sentimento de vingança. Retaliar é um reflexo fácil, mas é preciso ter grande força mental para não revidar o golpe. Somente uma pessoa com forte caráter espiritual e elevados princípios pode resistir ao mal com a virtude.

(…)

A pessoa que se aperfeiçoou na prática da não-violência não permite a ninguém roubar-lhe a paz interior.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 523-524.

Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.

Primeiro Milagre Em Público – O Vinho

“Jesus realizou seu primeiro milagre público não para sancionar a embriaguez pelo uso social do vinho, mas para demonstrar a seus discípulos que por trás de toda a diversidade da matéria está a única Substância Absoluta.

Para Jesus, o vinho não era vinho – era uma vibração específica de energia elétrica, manipulável pelo conhecimento de leis suprafísicas definidas. Toda a criação de Deus opera de acordo com a lei. Acontecimentos e processos por leis “naturais” já descobertas não são mais considerados milagrosos; mas quando a lei de causa e efeito opera de modo sutil demais para que o hmem possa discernir como algo acontece, ele então o denomina um milagre.

Jesus sabia que sustentando e controlando toda a matéria atômica está o poder único da Inteligência e Vontade Divinas, que unifica e equilibra a matéria – a qual pode ter sua origem retraçada à consciência caso seja dissolvida em seus elementos constituintes. Jesus compreendia a relação metafísica entre matéria e pensamento, e demonstrou que um tipo de matéria podia ser transformado em outro tipo – não apenas por meio de processos químicos, mas pelo poder da Mente Universal.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 242-243.

Capítulo 11: Água em vinho: “Jesus principiou assim os seus sinais (…)”

Conexão Com as Leis de Deus

“Uma vez que todos os negócios, direta ou indiretamente, estão conectados com as leis de Deus, traga a presença consciente de Deus para sua mente por meio da meditação, a fim de resolver seus problemas dados por Ele.”

YOGANANDA, Paramahansa. Como Despertar Seu Verdadeiro Potencial. Ed. Pensamento. Versão Kindle, 2019, Posição 1026.

O Mal na Vida do Ser Humano

“Nesse sentido, é certamente verdade que o mal na vida do ser humano é autoengendrado: se um homem golpeasse uma parede de pedras com seus punhos, o inegável resultado maléfico da dor não seria produzido ou desejado pela parede, mas a consequência da ignorância dele ao golpear a dureza naturalmente inflexível das pedras.

Igualmente, pode-se dizer que Deus é a parede de pedra da Bondade Eterna. Seu universo subsiste pela operação de leis justas e naturais. Todo aquele que seja suficientemente tolo para utilizar de modo impróprio sua inteligência, agindo contra essa bondade, produzirá inexoravelmente o mal da dor e do sofrimento não devido a qual quer intenção ou desejo de Deus, mas às formas perniciosas de vida colidindo com os eternos princípios do bem, subjacentes a todas as coisas em Deus.”

Nota: O aspecto de Deus que é ativo na criação; a shakti, ou poder, do Criador Transcendente. Neste contexto, a referência se faz ao aspecto pessoal de Deus que incorpora as qualidades maternais do amor e da compaixão. As escrituras hindus ensinam que Deus é tanto imanente quanto transcendente, pessoal e impessoal. Ele pode ser como o Absoluto Transcendente; mas, conforme enfatiza o Bhagavad Gita (XII:5): “Aqueles que têm o Não-manifestado como meta aumentam as dificuldades; árduo é o caminho do Absoluto para os seres encarnados”. Para a maioria dos devotos, é mais fácil procurar Deus como uma de Suas eternas qualidades manifestadas, tais como amor, sabedoria, bem-aventurança, luz; na forma de um ishta (deidade); ou como Pai, Mãe ou Amigo. Outras denominações para o aspecto materno da Divindade são Om, procurado Shakti, Espírito Santo, Vibração Cósmica Inteligente, Natureza ou Prakriti.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 149-150.

Capítulo 7: O papel de Sată na criação de Deus.

Círculos Esotéricos

“Nos círculos esotéricos, onde pontificava a palavra esclarecida dos grandes mestres de então, sabia-se da existência do Deus único e absoluto, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os seres, mas os sacerdotes conheciam, igualmente, a função dos Espíritos prepostos de Jesus, na execução de todas as leis físicas e sociais da existência planetária, em virtude das suas experiências pregressas. Desse ambiente reservado de ensinamentos ocultos, partiu, então, a ideia politeísta dos numerosos deuses, que seriam os senhores da Terra e do Céu, do homem e da natureza.”

(…)

“Dessa ideia de homenagear as forças invisíveis que controlam os fenômenos naturais, classificando-as para o espírito das massas, na categoria dos deuses, é que nasceu a mitologia da Grécia, ao perfume das árvores e ao som das flautas dos pastores, em contato permanente com a natureza.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 37.

Espírito Absoluto

Durante sua existência terrena, uma pessoa comum está consciente apenas do corpo, o qual, movendo-se de um lugar para outro, contempla no estado de vigília diferentes porções do espaço circunscrito pela matéria. Entretanto, mesmo um indivíduo comum sente durante o estado de sono o poder superior da mente atuando em sonhos, livre das restrições impostas pelas leis usuais da física; e percebe também, durante o estado de sono profundo sem sonhos, uma limitada esfera da calma alegria da alma. Por outro lado, uma pessoa crística, mesmo durante a existência terrena, não apenas vê, através dos olhos físicos, limitadas porções do espaço, como também contempla, através do olho espiritual da intuição, a totalidade do cosmos manifestado, iluminado pela luz astral e pela Consciência Crística, com todos os planetas e estrelas cintilando como pirilampos na incomensurável vastidão do espaço-tempo.

(…)

Deus-Pai não está limitado à infinitude transcendente; Ele está simultaneamente consciente do vazio eterno além do cosmos manifestado e de cada átomo e força vibratória do universo.

A Consciência Cósmica ou Deus-Pai existe em estado puro além de toda a criação e, de maneira oculta, como a Consciência Crística presente em toda a criação. A fim de manifestar a criação, o Espírito Se divide em Pai Criador, que transcende a criação; Filho ou Consciência Crística, que se reflete na criação; e Vibração Cósmica ou Espírito Santo, a substância da criação. Uma vez que Deus Se dividiu nesses três aspectos, e também no cosmos e em todas as Suas criaturas, os seres humanos que procuram unificar-se novamente com Ele têm primeiro que ascender, por meio da meditação, da consciência de pluralidade para a consciência da trindade: Espírito Santo, Consciência Crística e Deus-Pai. Depois disso, o devoto precisa alcançar a percepção final da trindade ou manifestação triuna de Deus como o Único Espírito Absoluto: a onipresente Bem-aventurança sempre-existente, sempre-consciente e sempre-nova.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 413-414.

Capítulo 74: A crucificação.

Profecias de Isaías

“Quando Isaías escreveu que as pessoas tinham tido os olhos cegados e os corações endurecidos, isto significava que eles mesmos, através das próprias ações materialistas errôneas, haviam eclipsado as refinadas faculdades da inteligência e do sentimento concedidas por Deus, tornando-se incapazes de perceber as manifestações de Sua divina presença e o funcionamento de Suas leis na criação – nem mesmo desejando voltar-se para Deus para que Ele pudesse curá-los.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 202.

Capítulo 66: “É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado”.

Dai a César e a Deus

Dai a César”: a atitude espiritual com relação ao cumprimento dos deveres mundanos.

Dai a vosso rei terreno, César, aquilo que é terreno, tal como o Dai tributo monetário que ele considera seu” – disse Jesus aos fariseus-, “mas em vosso coração dai a Deus todo o crédito e toda a reverência, porque Ele é o Soberano Supremo, o verdadeiro possuidor de todas as coisas materiais e mentais, terrenas e celestiais“.

Jesus assim aconselha a todos os devotos que obedeçam aos costumes de seu país e acatem suas leis, como é o caso do pagamento de impostos. Porém, enquanto cumprem as obrigações mundanas, eles devem internamente prestar a homenagem de sua alma a Deus apenas, Aquele que é o Rei dos reis e, como Criador de nosso país de origem, da Terra, do céu, é o Possuidor de todas as coisas que neles existem, qualquer que seja sua natureza: familiar, social, nacional, internacional e cósmica.

(…)

A verdadeira religião é uma arte de viver que harmoniza todos os aspectos do dharma humano – suas justas obrigações materiais, mentais, sociais, morais e espirituais – sem negligenciar tudo aquilo que é necessário para uma boa harmonia em corpo, mente e alma. As palavras de Jesus “dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” nos recordam que, enquanto vivemos no mundo material, esquivar-nos das responsabilidades materiais denota falta de sabedoria. (…) A serenidade de um santo na solidão do Himalaia não é perturbada pelas contracorrentes conflitantes dos deveres sociais e espirituais; no entanto, maior é a grandeza do devoto cujos feitos espirituais podem passar incólumes por todos os desafios do severo campo de provas do mundo.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 188.

Capítulo 65 : Jesus ensina pela última vez no templo de Jerusalém.