A Concepção do Corpo de Jesus

Visão do Dr. Espanhol sobre a concepção do corpo de Jesus

“O corpo de Jesus foi um produto de Engenharia Genética e um processo de inseminação artificial. Estava nas escrituras que o Messias iria nascer de uma virgem, então tinha que cumprir o roteiro, por isso que foi inseminação artificial. A genética humana não conseguiria gerar um corpo que conseguisse suportar o quantum o energético daquele espírito.

Não havia nada da genética do José, mas sim da genética de Maria, que também já era um espírito de sexta dimensão, que passou pelo mesmo processo de Jesus de “apagamento”, ou seja a pagamento da luz e a reconstrução dos corpos compondo o corpo mental concreto e o próprio perispírito que era vestigial, devido à serem espíritos que não mais necessitavam de encarnação, mas estavam lá o perispírito e no caso Dela, Ela nasceu de um processo natural e com genética humana.”

Dr. Espanhol (Por intermédio de Mônica de Medeiros)

Quem é Jesus? O Livro de Marcos

“Marcos escreveu o seu Evangelho com a finalidade precisa de responder à pergunta: “Quem é Jesus?”. O evangelista, porém, não responde com doutrinas teóricas ou discursos de Jesus. Ele apenas relata a prática ou atividade de Jesus, deixando que o leitor chegue por si mesmo à conclusão de que Jesus é o Messias, o Filho de Deus.”

(…)

Toda a atividade de Jesus é o anúncio e a concretização da vinda do Reino de Deus (Mc 1,15). E isso se manifesta pela transformação radical das relações humanas: o poder é substituído pelo serviço (campo político), o comércio pela partilha (campo econômico), a alienação pela capacidade de ver e ouvir a realidade (campo ideológico). Trata-se de proposta alternativa de sociedade, que leva ao nivelamento fraterno das pessoas. Isso provoca a oposição acirrada das autoridades e dos privilegiados, que fazem de Jerusalém e do Templo a sede do
seu poder e riqueza. O resultado do conflito é a paixão e morte de Jesus. Mas Jesus não permanece morto. Ele ressuscita, e sua Ressurreição é a sentença condenatória do sistema que o matou. O livro de Marcos é apenas o começo da Boa Notícia (1,1). O autor deixa claro, portanto, que sua obra não é completa e que, para chegar ao fim, supõe que o leitor tome uma posição: continuar o livro através de sua própria vida, tornando-se discípulo de Jesus.”

Bíblia Sagrada. Edição Pastoral. Paulus Editora, 1990. Versão Kindle, Posição 58664- 58673.

Jesus e Cristo

“(Mateus 22:41-46)

Os escribas e fariseus – como também sucede com muitos fiéis cristãos até hoje – não compreendiam a diferença entre “Jesus” (“Filho do homem”) e “Cristo” (“Filho de Deus” ou “Filho unigênito”), ou seja, entre o Messias encarnado e a infinita Consciência Crística que ele personificava. Não era intenção de Jesus negar que o corpo humano de Cristo, o Messias, descendia do rei Davi, assim (…) seu propósito era deixar claro que a Consciência Crística onipresente não poderia ser limitada ao corpo físico de um filho de Davi ou de qualquer outro ser humano.

Jesus falou aos fariseus no estado de percepção do “Cristo” como a Consciência Universal presente em toda a criação vibratória e plenamente refletida em seu próprio corpo, conhecido como Jesus; e lhes disse também que a Consciência Crística Se manifestara a Davi em visão, descrita no Livro dos Salmos.

(…)

Jesus fez a observação irrefutável de que Davi não poderia ter utilizado o título “meu Senhor” para referir-se a um filho. Davi percebia claramente a diferença entre o Cristo Universal e Sua manifestação em forma humana como o Messias.

O intercâmbio de Inteligência entre os “Senhores” Transcendente e Imanente (a Consciência Cósmica e a Consciência Crística) manifestou -se apenas temporariamente na consciência de Davi por meio de uma visão.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 189-190.

Capítulo 65 : Jesus ensina pela última vez no templo de Jerusalém.

O Dia de Sexta-Feira

“Embora o motivo real que levou Jesus à morte fosse de natureza religiosa, além de julgado pelo Tribunal Sagrado do Sinédrio, a verdade é que o Sumo Sacerdote colheu provas e material suficiente para culpá-lo sob as leis romanas e assim crucificá-lo por um crime de Estado. A lapidação, o estrangulamento ou sacrifício na fogueira eram processos de punição aos que se rebelavam contra a Lei mosaica. Mas a cruz era um suplício romano destinado a punir escravos, rebeldes, criminosos, ladrões ou conspiradores, o que lançava a ignominia sobre a vítima. O Sinédrio poderia sentenciar quanto à lapidação e depois conseguir a confirmação do Pretório de Roma para executá-la; mas os procuradores romanos, em geral, fechavam os olhos a essas questões religiosas dos judeus, deixando-os algo livres para agirem conforme sua lei. Era um assunto particular e Roma saía mais beneficiada a morte de mais um judeu, mesmo porque isso era providência dos próprios patrícios.

Aliás, algum tempo depois da morte de Jesus, foi lapidado Estêvão, um dos seus seguidores, sob a custodia de Saulo de Tarso; e isso fora feito sem qualquer consulta à Procuradoria de Roma. Porventura, não havia o paradoxo de se lapidar as mulheres adulteras, na rua, o que se fazia de imediato e sem a autorização dos romanos? Mas Hanan, o verdadeiro mentor da tragédia do Gólgota, alma vil e vingativa, demonstrou a Caifás que Jesus, rabi da Galileia, era um fascinador de multidões, aceito e reverenciado como um “reformador religioso”, judeu. Em consequência, se ele fosse lapidado pela sentença do Sinédrio, deixaria um rasto de encanto sentimental entre o povo e forte motivo para a reação no seio dos seus próprios asseclas. (…) Assim como tantas vezes tem acontecido na história do mundo, ponderava Hanan, em breve Jesus seria transformado num mártir para execração dos seus patrícios algozes. (…) Em consequência, morto o chefe do movimento cristão, nem por isso seriam liquidadas as suas ideias. Era preciso evitar a auréola messiânica que se formaria em tomo do “Salvador” de Israel, pois a multidão é versátil e muda rapidamente por um simples gesto que a encanta ou por uma palavra que a comove.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 370-371.

 

Judas

“Judas sentia-se atraído pelos ricos e poderosos, pois não perdia ensejo de doutrinar os afortunados, políticos influentes e sacerdotes de Jerusalém, alegando aos companheiros que não poderia haver sucesso no movimento cristão libertador, através de criaturas famintas, maltrapilhas e ignorantes, que constituíam a corte de Jesus. Fazia promessas atraentes e assumia compromissos prematuros, prometendo ótimas regalias para os candidatos que fizessem o seu ingresso no reino de Israel, como “fundadores”, pois o Messias estava prestes a se revelar e seria o supremo mandatário do povo judeu. Em verdade, ele não confiava no êxito da causa cristã pela interferência de legiões angélicas, como admitiam quase todos os seus partidários, nem acreditava que isso se realizaria por força da profecia de Isaias e Miquéias razão por que há muito tempo buscava atrair homens de temperamento enérgico e experimentados a fim de assegurar a vitória final. Judas não consultava os demais companheiros em suas empreitadas ocultas, pois pretendia precipitar os acontecimentos e assim obrigar Jesus a agir, de imediato, no sentido de fazê-lo marchar para Jerusalém, onde então viria às suas mãos o poder da Judéia. Caráter dúbio e utilitarista, ambicioso e imprudente, ele não acreditava no “Reino de Deus” expresso pela fórmula espiritual que exigia o sacrifício e a renuncia dos homens.

No entanto, reconhecia em Jesus um líder e comandante inato, que sabia arregimentar as multidões pela força hipnótica de suas ideias e pela eloquência de suas palavras. Era óbvio que ninguém resistiria em Jerusalém ao verbo inflamante do rabi da Galileia, quando ele conclamasse todos os judeus para o arremesso histórico de expulsar os romanos e destronar Herodes. E concluía essa jornada vitoriosa e segura, Jesus iria dever a ele. Judas, que ousadamente não vacilaria em agir por iniciativa própria. Seria um serviço valioso prestado ao Mestre Jesus e à causa, no que jamais João ou Pedro poderiam supera-lo.

(…)

Decidido, reuniu seus fiéis e transmitiu-lhes a boa nova de sua ida a Jerusalém, não como visitante, mas para pregar durante as festas de Páscoa nas praças, sinagogas, escolas e talvez nos pátios do próprio Templo, onde só discursavam ao povo os mais famosos oradores da Judéia. A notícia alvissareira galvanizou os seus discípulos e ateou o mais vibrante entusiasmo na turba que o seguia à cata de proventos materiais. O “Reino de Deus” e o trono de Israel estavam próximos, pois Jesus decidira-se a empreender a tão esperada Marcha a Jerusalém. A alegria foi contagiante; um sopro renovador e poderoso vitalizou até os mais pessimistas.

(…)

Em breve afluía gente de todos os recantos de Betânia, dominada pelo intenso jubilo de participar do esperado “Reino de Deus”, na Terra, a ser instituído em breve pelo Messias, conforme predisseram os mais abalizados profetas do Velho Testamento. (…) O Mestre iria a Jerusalém não somente pregar a Boa-Nova e o Reino de Deus, mas inquirir os poderosos, afastar os sacerdotes cúpidos e exploradores do povo infeliz, assim como libertar o povo eleito do jugo romano. As multidões o esperariam festivas ás portas da cidade para recepcioná-lo, como se faz dignamente a um rei; e o levariam em triunfo pelas ruas até à cidadela do Templo. Ali, Jesus seria consagrado sua augusta majestade divina e da inexpugnável fortaleza seguiriam para o palácio de Herodes, onde ele assumiria poder, em cumprimento da profecia de Isaias e Miquéias.

Diante da casa de Ezequiel, a multidão dava vivas a Jesus num delírio de festa. Os apóstolos sorriam, felizes, contagiados pelo entusiasmo da turba e faziam coro às hosanas ao Mestre.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 314-318.

 

Influência Entre os Essênios

“A seara cristã já estava com a terra pronta para a semeadura e garantida a germinação através do “adubo” essênio. Ali pregava-se a ideia superior do amor a Deus e ao próximo; pesquisava-se a imortalidade da alma e estudava-se a reencarnação; censurava-se a guerra, o furto, a exploração, a avareza, o ódio e a vingança. Cultuava-se a bondade, o perdão, a renúncia e o sacrifício da própria vida; faziam-se votos de retidão e de serviço ao próximo, protegiam-se as crianças, amparavam-se os velhos e os enfermos, ensinava-se o respeito alheio e o culto exclusivo dos bens do Espirito Superior.

Torna-se, portanto, evidente, que esse grupo de homens, cultuando isoladamente todas as virtudes superiores do Espírito, era uma espécie de “embaixada” espiritual que descera à Terra para receber o Messias, o qual, então, daria forma objetiva e didática aos mesmos princípios que os Essênios cultuavam e os cimentaria com a substância do seu próprio sangue.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 297-298.

 

O Extraordinário

“No entanto, ele mesmo (José) não pôde furtar-se aos fenômenos que lhe atingiram o espírito durante o nascimento de Jesus, quando, apesar de sua severidade e prudência espiritual, lhe pareceu distinguir sons e melodias indefiníveis, enquanto sua alma pressentia uma luz safirina e Temeroso da zombaria dos demais e não podendo identificar tais fenômenos pela sensibilidade física, então preferiu silenciar quanto a essa sensação estranha e aceitando-a mesmo à guisa de alucinação. No entanto, Maria, sua esposa, adormecida num transe feliz, viveu a plenitude dessas ocorrências pois só teve conhecimento do despertar do seu filho excelso no mundo, quando ele já se achava tranquilo, deitado a seu lado, no singelo berço de palha.

Alguns rabis puros de coração, mais tarde, confirmaram que haviam pressentido ondas de luz e de perfumes durante o oficio na sinagoga, no momento presumível do nascimento do menino Jesus. Enquanto isso, pastores e camponeses, simples e bons, juraram ter visto sobre a casa de Sara, onde Jesus nascera, súbitas refulgências que pareciam cintilações à luz do Sol surgindo detrás das nuvens, Em verdade, as hostes angélicas projetavam suas luzes profiláticas e desintegradoras no ambiente onde Jesus deveria nascer, a fim de eliminarem as substâncias pestilentas, os detritos e petardos magnéticos que eram projetados pelos espíritos das Trevas desejosos de impedirem o sucesso do advento do Messias.

(…)

As criaturas simples, ingênuas e bondosas, corações famintos de amor e repletos de fé, sentiram mais nitidamente a presença real do Messias. No entanto, como o cérebro físico não possui capacidade para atender duas vidas simultâneas, a física e a espiritual, o certo é que mais tarde os participantes de tais fenômenos insólitos terminaram por esquecê-los no prosaísmo da vida humana.

(…)

Mas, com o decorrer do tempo, a própria Maria esqueceu as suas divinas emoções vividas durante o nascimento de Jesus, ante as responsabilidades de uma vida ativa e onerada junto à família, cuja descendência numerosa provinha de dois casamentos. Assim, enquanto tudo voltou ao normal, na Terra, foram sendo esquecidas as lembranças daqueles dias, encaixando-se a sua existência na moldura dos acontecimentos comuns da vida humana. No entanto, as entidades que protegiam Jesus jamais se descuraram em torno dele, mantendo-se atentas e neutralizando todas as investidas e tramas que eram mobilizadas pelos espíritos diabólicos.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 118-120.

Sofrimento Pela Mudança de Vibração

“Jesus, como sábio e psicólogo sideral, compreendia perfeitamente a natureza psíquica de vossa humanidade, pois os pecados dos homens eram frutos da sua imaturidade espiritual. Jamais ele sofreria pelos insultos e apodos, ou pelas ingratidões e crueldades humanas, ao reconhecer nas criaturas terrenas mais ignorância e menos maldade. Porventura os professores se ofendem com as estultícias e travessuras dos pequenos que ainda frequentam os jardins de infância, considerando injúrias ou crimes aquilo que ainda é próprio da irresponsabilidade infantil?

(…) O seu ver dadeiro sacrifício e sofrimento, enfim, foram decorrentes da penosa e indescritível operação milenar durante o descenso espiritual vibratório, para ajustar o seu psiquismo angélico à frequência material do homem terreno, A Lei exige a redução vibratória até para os espíritos menos credenciados no Espaço, cuja encarnação terrena, às vezes, se apresenta dificultosa nesse auto-esforço de ligar -se à carne. Mas Jesus, embora espírito de uma frequência sideral vibratória a longa distância da matéria, por amor ao homem, não hesitou em suportar as terríveis pressões magnéticas dos planos inferiores que deveria atravessar gradualmente em direção à crosta terráquea.

(…)

Ele desceu através de todos os planos inferiores, desde o mental, astralino e etérico, até poder manifestar se com sucesso na contextura carnal e letárgica da figura humana. Abandonando os píncaros formosos do seu reino de glória, imergiu lentamente no oceano de fluidos impuros e agressivos, produzidos pelas paixões violentas dos homens da Terra e dos desencarnados no Além.

(…)

O Sublime Peregrino descido dos céus lembra o mensageiro terreno que, após exaurir-se no tormento da caminhada de muitos quilômetros, deve entregar a “carta de libertação” a infelizes prisioneiros exilados de sua Pátria.

(!) Assim, os 33 anos de vida física de Jesus significam apenas o momento em que ele faz a entrega da mensagem espiritual do Evangelho, pois o processo espinhoso e aflitivo até imergi-lo nos fluidos terráqueos durou um milênio do calendário humano. Essa operação indescritível de sua descida sacrificial em direção à Terra é, na realidade, sua ver dadeira “Paixão”, pois só os anjos, que o acompanhavam distanciando-se cada vez mais, por força da diferença vibratória, é que realmente podiam compreender a extensão do heroísmo e sofrimento de Jesus, quando deixou o seu mundo rutilante de luzes e prenhe de beleza, para então habitar um corpo de carne em beneficio dos terrícolas.

(…)  Não podeis subestimar as fronteiras vibratórias que separam e disciplinam as várias manifestações da vida cósmica. É muito longa a faixa ou distância existente entre o anjo e o homem.

(…)

O escafandrista, ao descer ao fundo dos mares, embora permaneça senhor de sua consciência, fica circunscrito ao meio líquido, à sua fauna e densidade; a sua capacidade normal, do meio externo, fica reduzida. Tal descida exige-lhe uma técnica especial e uma prévia adaptação às leis naturais do plano aquático onde vai fixar se e agir.

(…)

O Messias, cuja aura é imenso facho de luz a envolver a Terra – do que a sua transfiguração no Tabor nos da uma pálida ideia – teve que transpor densas barreiras fluídicas e enfrentar terríveis bombardeios mentais, inferiores, suportando os efeitos da viscosa névoa magnética do astral inferior a envolver a sua aura espiritual. Vapores sádicos atingiram-lhe o campo emotivo-angélico, no turbilhão de vendavais arrasantes produzidos pelas paixões tóxicas da humanidade ainda dominada pelos instintos animalizados.

(…)

A alma sublime, à medida que ingressa nos fluidos mais grosseiros dos mundos materiais, para aí viver e se manifestar, ela também sofre os impactos, os efeitos e as reações próprias desse ambiente hostil, pois não pode eximir-se da ação e reação das leis físicas criadas por Deus na dinâmica dos mundos materiais.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 38-41.

Missão na Terra

“A vida de Jesus não foi um automatismo, nem consequência de deliberação do Alto, impondo o Cristianismo de qualquer modo; mas os acontecimentos principais foram esquematizados dentro de um plano de sucesso espiritual, em que não fosse tolhida a vontade, o pensamento e o sentimento de todos os seus participantes encarnados ou desencarnados. Espíritos eleitos, escolhidos e convidados participaram desse programa messiânico de benefício coletivo, sob a égide do Messias, mas nenhum deles foi cerceado no seu livre-arbítrio.

Os apóstolos, discípulos e seguidores de Jesus, ao servi-lo para o êxito de sua sublime missão, também buscaram sua própria renovação espiritual e imolaram-se para a florescência de um ideal superior, liquidando velhas contas cármicas assumidas no pretérito. O sangue cristão, derramado para alimentar os fundamentos do Cristianismo, também lavou as vestes períspirituals dos seus próprios mártires.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 36-37.

Fontes Históricas e a Personalidade Jesus

“Alguns estudiosos confiaram na referência feita por Josefo, na sua obra “Antiguidade dos Judeus” 93 anos depois de Cristo, aceitando como relato histórico da autenticidade do Mestre Galileu a seguinte passagem: “Nesse tempo viveu Jesus, um homem santo, se homem pode ser chamado, porque fez coisas admiráveis, que ensinou aos homens; e inspirado recebeu a Verdade. Era seguido por muitos judeus e muitos gregos. Foi o Messias”.

Mas, a nosso ver, as provas mais autênticas da vida de Jesus são as referências à perseguição aos “cristãos”, isto é, os seguidores do Cristo. Havendo cristãos martirizados por se recusarem a abandonar a doutrina do seu líder Jesus, cujos fatos foram registrados pela História, conclui-se que o Mestre Jesus não foi um mito, mas uma figura real, malgrado a ausência de apontamentos históricos.

(…) a carta enviada a Tibério, pelo senador Públio Lentulo, quando presidente da Judéia, narrando a existência de “um homem de grandes virtudes chamado Jesus, pelo povo inculcado de profeta da verdade e pelos seus discípulos de filho de Deus. É um homem de justa estatura, muito belo no aspecto; e há tanta majestade no seu rosto, obrigando os que o veem a amá-lo ou a temê-lo. Tem os cabelos cor de amêndoa madura, são distendidos até as orelhas; e das orelhas, até as espáduas; são da cor da terra, porém, reluzentes. Ao meio da sua fronte, uma linha separando os cabelos, na forma em uso pelos nazarenos. Seu rosto é cheio, de aspecto muito sereno, nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face; o nariz e a boca são irrepreensíveis. A barba é espessa, semelhante aos cabelos, não muito longa e separada pelo meio; seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros, resplandecendo no seu rosto como os raios do sol, porém, ninguém pode olhar fixo o seu semblante, pois se resplandece, subjuga; e quando ameniza, comove até às lágrimas. Faz-se amar e é alegre; porém, com gravidade. Nunca alguém o viu rir, mas, antes, chorar.

(…)

É inadmissível que no curto espaço de uma geração, homens ignorantes, rudes e iletrados, pudessem inventar uma personalidade tão viva e inconfundível em sua contextura moral, como foi Jesus.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 24-27.