Magia e cura

“(…)Não percebem que os milagres das imagens são milagres do homem e das multidões que as adoram.

(…)a magia é divina porque afasta o adepto de qualquer forma de misticismo e faz dele o centro de um campo magnético de amor, cuja radiância elimina o mal, aniquila a dor e dispersa o sofrimento.

Quando este centro concentra seu foco, é criado o terapeuta. É a radiância do amor que cura, e isto é um remédio que não podemos encontrar à venda em nenhuma farmácia e que não pode ser manufaturado ou destilado em nenhum laboratório industrial.

(…) porque os antigos foram os primeiros a emergir após os desastres da época, quando as raças atingiram seu apogeu e foram destruídas por terem violado sua própria sabedoria.

Por isso eu quis tentar um experimento terapêutico – e convido os discípulos da Arte a seguirem o exemplo que dei, um modesto exemplo sem nenhuma crença mística.

O novo experimento ensinará mais que mil volumes.

Vamos atribuir a nós mesmos o objetivo de curar aqueles que vêm até nós, sem desejar que saibam o que fizemos e muito menos que nos agradeçam. Vamos amá-los e ter a sabedoria necessária para não desejar o impossível. Vamos dar a eles uma palavra de conforto e, com nosso amor, fazer brotar dentro deles aquela força compensadora que age na natureza humana como restauradora do equilíbrio vital.”

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág.37-38.

Para os discípulos da Grande Arte

Atingir fé verdadeira

“Pois para atingir fé verdadeira em qualquer coisa, precisamos de longa e séria disciplina mental, não existindo, em realidade, nenhum assunto do qual se fale tanto e se compreenda tão pouco. Falo, aqui, seriamente, pois o homem que pode treinar sua fé para realmente crer e cultivar ou desenvolver sua vontade pode realmente operar o que o mundo, por consentimento geral, considera milagres. Virá o dia em que este princípio formará não só a base de toda educação, mas também de toda a moral e cultura social.”

LELAND, Charles G. Aradia.O Evangelho das Bruxas, 2019, Pág.72.

Diálogo com Nicodemos

“Em resposta, Cristo dirigiu a atenção de Nicodemos diretamente à Fonte celestial de todos os fenômenos da criação, tanto mundanos quanto “milagrosos”, afirmando sucintamente que todos podem entrar em contato com essa Fonte e conhecer as maravilhas que dela procedem, assim como fazia Jesus, ao passarem pelo “segundo nascimento” espiritual do despertar intuitivo da alma.

(…)

As multidões superficialmente curiosas, atraídas por demosntrações de poderes extraordinários, receberam apenas uma parcela escassa do tesouro da sabedoria de Jesus, mas a inequivoca sinceridade de Nicodemos lhe permitiu obter do Mestre uma orientação precisa que enfatizava o Poder e o Objetivo Supremos nos quais o homem deve concentrar-se. Os milagres da sabedoria que iluminam a mente são superiores aos milagres de cura física e controle da natureza; e milagre ainda maior é a cura da causa-raiz de todas as formas de sofrimento: a ignorância ilusora que obscurece a unidade da alma humana com Deus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 263-264.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Primeiro Milagre Em Público – O Vinho

“Jesus realizou seu primeiro milagre público não para sancionar a embriaguez pelo uso social do vinho, mas para demonstrar a seus discípulos que por trás de toda a diversidade da matéria está a única Substância Absoluta.

Para Jesus, o vinho não era vinho – era uma vibração específica de energia elétrica, manipulável pelo conhecimento de leis suprafísicas definidas. Toda a criação de Deus opera de acordo com a lei. Acontecimentos e processos por leis “naturais” já descobertas não são mais considerados milagrosos; mas quando a lei de causa e efeito opera de modo sutil demais para que o hmem possa discernir como algo acontece, ele então o denomina um milagre.

Jesus sabia que sustentando e controlando toda a matéria atômica está o poder único da Inteligência e Vontade Divinas, que unifica e equilibra a matéria – a qual pode ter sua origem retraçada à consciência caso seja dissolvida em seus elementos constituintes. Jesus compreendia a relação metafísica entre matéria e pensamento, e demonstrou que um tipo de matéria podia ser transformado em outro tipo – não apenas por meio de processos químicos, mas pelo poder da Mente Universal.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 242-243.

Capítulo 11: Água em vinho: “Jesus principiou assim os seus sinais (…)”

As Curas

“Sob a pedagogia dos Essênios, amigos da família, Jesus desenvolveu as forças ocultas sob rigorosa disciplina e aprendizado terapêutico, a ponto de curar pela simples presença aqueles que dinamizavam um intenso estado de fé em sua alma. Mas ele não violentou ou contrariou as leis do mundo físico ou do mundo espiritual. Seguia deter minados métodos e regras na distribuição, concentração e doação dos seus fluidos curadores. O Mestre, embora um Sábio e um Justo, submetia-se fielmente ao mecanismo natural da vida humana criada por Deus e exercia o seu ministério sem discrepar dos princípios de controle e organização dos mundos planetários. Não há dúvida de que a capacidade espiritual de Jesus poderia dispensar qualquer técnica ou gestos apropriados para efetuar suas curas. Mas a verdade é que ele mesmo mobilizava, dirigia e aplicava os fluidos terapêuticos conforme as leis que os regiam.

(…)

Sadio de organismo, sem qualquer deformidade “psicofísica”, com um duplo etérico portador do mais puro ectoplasma, em combinação com o mesmo elemento extraído da contextura do próprio orbe, Jesus era uma antena viva diamantífera, de onde fluíam energias vitais que, operando modificações surpreendentes nos enfermos, eram tidas por milagres. A sua palavra criadora era penetrante e hipnótica. Insuflava a vitalidade, o ânimo, a alegria e a esperança nos que o ouviam. O seu falar se impregnava de tal força, que os paralíticos se moviam, os cegos enxergavam e os leprosos se limpavam das chagas corrosivas. Era um fabuloso potencial de energias criadoras que lhes dava a saúde e restabelecia-lhes o dinamismo orgânico.

Aliás, o conhecimento moderno da própria ciência académica demonstra que o ser humano pode despertar e acumular forças vitais em si mesmo, quando confia e submete-se incondicionalmente a uma vontade insuperável, que o convence de curá-lo de todos os seus males. (…) incendidos por uma fé que lhes ativa todo o cosmo orgânico-vital logram curas surpreendentes, que são fruto de sua própria mobilização energética.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 246-247.

 

Milagres e Feitos

“O Mestre realizou inúmeras curas e renovações espirituais, que não devem ser consideradas milagres, mas resultantes de suas faculdades mediúnicas. Em virtude de sua elevada hierarquia espiritual e da incessante cooperação das entidades angélicas que o assistiam, tudo o que ele realizava nesse sentido, embora tido por miraculoso, era apenas consequência da aplicação inteligente das leis transcendentais. Afora os Essênios terapeutas, que sabiam manejar com êxito as forças ocultas e curavam pela imposição das mãos, só alguns outros iniciados ou magos, como Simão, o Mago, os discípulos de Apolônio de Tyana, sacerdotes, budistas, iogues ou adeptos emigrados do Egito, é que sabiam provocar tais fenômenos. Os demais, mesmo cientistas altamente intelectualizados da Judéia e de Roma, ignoravam as leis do mundo invisível. O conhecimento atual da fenomenologia mediúnica e a existência de médiuns de alta capacidade ectoplásmica comprovam os mesmos feitos do Sublime Galileu.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 243.

 

O Extraordinário

“No entanto, ele mesmo (José) não pôde furtar-se aos fenômenos que lhe atingiram o espírito durante o nascimento de Jesus, quando, apesar de sua severidade e prudência espiritual, lhe pareceu distinguir sons e melodias indefiníveis, enquanto sua alma pressentia uma luz safirina e Temeroso da zombaria dos demais e não podendo identificar tais fenômenos pela sensibilidade física, então preferiu silenciar quanto a essa sensação estranha e aceitando-a mesmo à guisa de alucinação. No entanto, Maria, sua esposa, adormecida num transe feliz, viveu a plenitude dessas ocorrências pois só teve conhecimento do despertar do seu filho excelso no mundo, quando ele já se achava tranquilo, deitado a seu lado, no singelo berço de palha.

Alguns rabis puros de coração, mais tarde, confirmaram que haviam pressentido ondas de luz e de perfumes durante o oficio na sinagoga, no momento presumível do nascimento do menino Jesus. Enquanto isso, pastores e camponeses, simples e bons, juraram ter visto sobre a casa de Sara, onde Jesus nascera, súbitas refulgências que pareciam cintilações à luz do Sol surgindo detrás das nuvens, Em verdade, as hostes angélicas projetavam suas luzes profiláticas e desintegradoras no ambiente onde Jesus deveria nascer, a fim de eliminarem as substâncias pestilentas, os detritos e petardos magnéticos que eram projetados pelos espíritos das Trevas desejosos de impedirem o sucesso do advento do Messias.

(…)

As criaturas simples, ingênuas e bondosas, corações famintos de amor e repletos de fé, sentiram mais nitidamente a presença real do Messias. No entanto, como o cérebro físico não possui capacidade para atender duas vidas simultâneas, a física e a espiritual, o certo é que mais tarde os participantes de tais fenômenos insólitos terminaram por esquecê-los no prosaísmo da vida humana.

(…)

Mas, com o decorrer do tempo, a própria Maria esqueceu as suas divinas emoções vividas durante o nascimento de Jesus, ante as responsabilidades de uma vida ativa e onerada junto à família, cuja descendência numerosa provinha de dois casamentos. Assim, enquanto tudo voltou ao normal, na Terra, foram sendo esquecidas as lembranças daqueles dias, encaixando-se a sua existência na moldura dos acontecimentos comuns da vida humana. No entanto, as entidades que protegiam Jesus jamais se descuraram em torno dele, mantendo-se atentas e neutralizando todas as investidas e tramas que eram mobilizadas pelos espíritos diabólicos.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 118-120.

Nascimento Sagrado

“Embora Jesus tenha nascido sem produzir milagres que deveriam abalar seus familiares e a vizinhança, tal fato revestiu-se de suma importância no Espaço, em torno da Terra, onde os anjos que o acompanhavam em sua descida para a carne vibraram de intenso jubilo pelo êxito do mundo espiritual no advento do Messias. Era o mais esplendoroso acontecimento verificado até aquela época, pois através do sacrifício de alta Entidade Espiritual, as trevas terrenas, dali por diante, receberiam mais forte Luz Crística, em comunhão mais íntima com o seu Cristo Planetário. Jesus. o Messias, instrumento vivo hipersensível e descido dos céus, derramaria através de sua carne a Luz do Espírito do Senhor, ensejando a mais breve libertação do “homem velho”, ainda algemado à força coerciva dos instintos animais.

(…)

Nenhuma estrela se moveu no céu, guiando reis magos até Nazaré, embora Melchior, Baltazar e Gaspar tivessem realmente procurado identificar o local onde se encarnara o Avatar prometido para aquela época. Eram velhos magos e experimentados astrólogos, que pela disposição extraordinária dos astros no signo de Pisces e além de sua profunda sensibilidade mediúnica, certificaram-se de que uma Entidade de alta estirpe espiritual teria nascido na Terra, naqueles dias proféticos para os conhecedores da Astrologia. Em consequência, devido aos seus cálculos astrológicos e à sua habilidade esotérica, puderam identificar que a posição conjuncional de Saturno, Marte e Júpiter marcava uma data sideral de suma importância para as atividades espirituais.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 114-115.

Uma Virgem – O Pecado da Procriação Comum

“A vida monástica das criaturas que fugiram dos peca dos do mundo profano e se retiraram para os conventos quase sempre lhes produz na mente uma exagerada desconfiança e prevenção contra o sexo humano, ao qual então atribuem a culpa de quase todas as mazelas do mundo. Assim, as organizações religiosas terrenas tudo tem feito para situar os seus Messias, Avatares ou Instrutores espirituais acima do processo das relações sexuais, pois o consideram um ato pecaminoso ou impuro. Obviamente eles então devem nascer de virgens em divino esponsalício com espíritos santos, ou então de raios fulgurantes ou gênios fabulosos, que os cercam de esplendores e glórias, independente da genética sexual do mundo físico

PERGUNTA:- Mas a natureza excepcional do Espírito de Jesus, porventura não exigiria, realmente, um processo genético mais elevado para a sua manifestação na Terra, independente do mecanismo sexual?

RAMATIS: Se o mecanismo sexual da concepção da vida humana é considerado um processo inferior, isso não e culpa de Deus, que o criou para a manifestação do ser, na matéria. A responsabilidade é do homem que o transforma num processo para satisfação de suas paixões aviltantes. Embora se considere a supremacia espiritual incomum de Jesus, nem por isso ele precisaria derrogar as leis imutáveis da Vida e alterar o processo da genética humana, para encarnar-se no seio da humanidade.

(…)

À medida que se distancia a época em que atuaram tais homens excepcionais, a posteridade esquece, pouco a pouco, a vida natural ocorrida sob a disciplina das leis que regem o mundo, passando a cercá-los de uma auréola fantasiosa, de um mistério o divinização que satisfazem a exaltação do fanatismo religioso

O sacerdócio organizado, cuja vida e sustento depende da especulação religiosa, explora a faceta humana negativa dos seus fiéis e crentes, em vez de esclarecê-los à luz da ciência e da razão. Assim, em breve, os líderes e instrutores espirituais perdem suas características humanas sensatas e atribuem-lhes poderes, milagres e lendas, que passam a alimentar o “combustível” da fé, da idolatria dos templos e o comércio de suas organizações.

(…) De acordo com a história sagrada do vosso orbe, a maioria dos legisladores religiosos sempre nasceu de virgens e por obra de forças extraterrenas, ou de misteriosos esponsalícios independente do mecanismo natural do sexo e da gestação. Os livros dos assírios, dos hindus, dos caldeus, dos chineses e dos árabes são unânimes em assinalar nascimentos pro vindos de virgens e sob condições miraculosas.”

*Nota pessoal ao parágrafo: Campbell – O Mito dos nascidos de virgens.

(…)

O sexo não é mecanismo aviltante, porém, a porta abençoada da vida carnal e de acesso para as almas sofredoras poderem ressarcir-se dos seus pecados e remorsos de vidas anteriores. O corpo humano é o vaso ou o alambique onde se filtra todo resíduo menos digno aderido à contextura delicada do períspirito. Em suma: é o “fio-terra” que depois transfere para o solo o magnetismo deletério e os fluidos tóxicos do ser.

(…)

Por isso, Deus valoriza tanto as mães, sejam quais forem as suas condições sociais ou morais. Elas são sempre dignas do amor divino e do alto respeito espiritual desde que não destruam nem abandonem o fruto dos seus amores lícitos ou pecaminosos. (…) As infelizes criaturas devotadas à profissão do aborto, ou as mães que preferem a destruição do seu rebento prematuro, jamais podem avaliar, na Terra, o inferno pavoroso à sua espera após a desencarnação Não existem vocábulos humanos, na linguagem do mundo. que possam dar uma ideia dos tormentos e do desespero dessas mães desnaturadas, presas dos charcos repugnantes do astral inferior.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 108-113.

Poder Mental

“E agora quereis que vos explique os milagres de Jesus. Somos todos o miraculoso gesto do momento; nosso Senhor e Mestre era o centro daquele momento.

Entretanto, não era de Seu desejo que Seus gestos fossem conhecidos.

Ouvi-O dizer ao aleijado: “Levanta-te e vai para casa, mas não contes aos sacerdotes que eu te curei.”

E o pensamento de Jesus não estava com o coxo; mas antes com os fortes e os aprumados.

Sua mente procurava e capturava outras mentes, e Seu espírito visitava outros espíritos.

E ao fazê-lo, Seu espírito transformava essas mentes e esses espíritos. Parecia milagroso, mas para nosso Senhor e Mestre era simplesmente como respirar o ar de cada dia.”

GIBRAN, Gibran Khalil.  Jesus, o Filho do Homem. Tradução: Mansour Challita. Associação Cultural Internacional Gibran, 1973, pág. 133.