Milagre dos Milagres

“Então, a grande assembleia dispersou-se, ficando Jesus e Seus onze Apóstolos sozinhos. Subiram ao alto da pedra sob a qual se haviam reunido, formaram um círculo em cujo centro ficou Jesus. Enquanto eles cruzavam os braços, numa saudação mística, tendo a mão direita sobre o peito esquerdo e os pés na posição correta, simbólico do seu ritualismo, formou-se uma nuvem no centro do círculo. Isto não as surpreendeu, pois a formação dessa nuvem fora por eles testemunhada em muitas ocasiões e conheciam a lei pela qual ela se formava. Esperavam mesmo que, depois que se lhes fosse concedido o poder, também pudessem formar tais nuvens, em certas ocasiões. As antigas escolas de misticismo e de ciência divina, assim como as de hoje, têm praticado a formação do fenômeno, mantendo em segredo a sua fórmula. Quando essas nuvens se formam, aqueles que são por elas envolvidos se tornam invisíveis. Entretanto, no caso de Jesus, não só se tornou ele invisível, como também, quando a nuvem subiu, Ele subiu com ela. A certa altura, a nuvem gradualmente se dissipou e a forma espiritual de Jesus e a Sua forma física desapareceram.

(…)

Era o milagre dos milagres, pois as onze Apóstolos, com a descida do Espírito Santo, tornaram-se os herdeiros vivos do poder divino que Jesus possuíra, transferível por eles, da mesma forma, aos dignos, e usado por eles na propagação da sua missão e da missão de Jesus pela redenção do homem.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 130-131.

Milagres de Jesus não Foram Sobrenaturais

“Os milagres de Jesus não foram sobrenaturais, pois não ultrapassaram os limites das leis naturais nem se manifestaram pela aplicação singular de qualquer lei incomum. (…)  Seu poder de fazer milagres era dual: apreensão mental e compreensão das leis, e a capacidade de aplicar as leis adequadamente, dirigindo sua operação, além da Divindade em Seu interior que lhe permitia dirigir eficientemente os processos criativos da Consciência de Deus em Sua alma. Metade de Seu poder era o dom Divino Nele nascido; a outra metade era o poder desenvolvido pelo estudo, treinamento e experiência.

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 218.

O Nascimento de Jesus

“(…)Olhando em todas as direções, José viu que os céus e a terra e até mesmo as pessoas de lugares distantes estavam silenciosos e imóveis, e soube que a presença de Deus se fazia sentir sobre a Terra e que algum milagre estava para acontecer. Enquanto ele e a mulher esperavam na caverna, uma grande Luz surgiu da escuridão e os evitou e foi pairar sobre Maria. A Luz tornou-se menor e mais densa em sua alvura, até que envolveu Maria e depois foi se extinguindo. Enquanto José e a mulher observavam em silêncio, a Luz desapareceu, ouviu se a voz de um recém-nascido e um anjo apareceu dizendo: “Nesta hora, em humildade de espirito e pureza de mente, nasceu o Filho de Deus da Virgem do Templo, concebido pelo Espírito Santo através da palavra de Deus, e seu nome será Jesus pois este é o nome de Deus em que se infundem o fogo do espírito e o poder da palavra.

(…)

Onde está o grande Rei cuja estrela anunciou nos céus o seu nascimento? A esta hora seus pais devem estar na estrada, pois já passou a hora do advento“. José respondeu: “Vou à Judéia com o Filho de Deus, não com o Rei, pois seu Reino não é deste mundo, mas sim dos corações humanos”.

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 99.

O Poder Mental e o Poder da Palavra

“Outro ponto importante a considerar é que a razão da aceitação geral dos místicos quanto à Divina Concepção encontra-se na crença comum entre os místicos e filósofos orientais de que o poder do pensamento, ou o poder de uma palavra mental ou audível é capaz de impregnar a matéria e levar a matéria sem vida à consciência. (…) Os místicos de todos os tempos afirmaram, e através dos chamados milagres comprovaram para si mesmos, que certos princípios latentes e poderosos podem ser invocados pelo homem e são aplicados por Deus no processo criativo do universo. A própria criação do mundo é considerada por todos os místicos do Oriente como a primeira grande demonstração da potência do Logos, ou o poder da Palavra enviada ao espaço onde não existia vida, resultando na sua imediata impregnação e na manifestação da matéria viva. (…)”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 82-83.

Princípio de Vibração – O Poder

“Uma pequena reflexão sobre o que dissemos mostrará ao estudante que o Princípio de Vibração compreende os admiráveis fenômenos do poder manifestado pelos Mestres e Adeptos, que aparentemente são capazes de destruir as Leis da Natureza, mas que em realidade simplesmente usam uma lei contra outra, um principio contra outro; e que obtêm os seus resultados mudando as vibrações dos objetos materiais ou formas de energia, e então realizam o que é comumente chamado milagre.

Diz um dos velhos escritores herméticos: “Aquele que compreende o Principio de Vibração alcançou o cetro do Poder

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 84.