A irritação

“A ira, ao contrário, coloca definitivamente em questão o presente. Ela pressupõe uma pausa interruptora no presente. É nisso que ela se distingue da irritação. A dispersão geral que marca a sociedade de hoje não permite que surja a ênfase e a energia da ira. A ira é uma capacidade que está em condições de interromper um estado, e fazer com que se inicie um novo estado. Hoje, cada vez mais ela cede lugar à irritação ou ao enervar-se, que não podem produzir nenhuma mudança decisiva. Assim, irritamo-nos também por causa do inevitável.”

HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Ed. Vozes, 2022, Local 435.

5| Pedagogia do ver

Hábito da Quietude

“As pessoas que, por meio da meditação, formaram o hábito da quietude gravitam naturalmente em direção à companhia de almas virtuosas e santas, assim como indivíduos materialmente inquietos preferem relacionar-se com pessoas mundanas. (…) A companhia correta proporciona o impulso necessário para se melhorar. Imitar os bons significa engajar-se em boas ações; as boas ações formam bons hábitos; e os bons hábitos desalojarão os maus hábitos.

(…) um ponto positivo acerca dos maus hábitos é que eles raramente cumprem suas promessas, revelando-se, por fim, invetera dos mentirosos.

(…)

A virtude é reconhecida pela vibração de harmonia que ela gera interiormente.

Escravizadas pelos maus hábitos, muitas pessoas tornam-se antiguidades psicológicas – jamais mudando, ano após ano cometendo os mesmos erros, deteriorando-se em suas obsessões.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 307-308.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Palavras Carregadas de Vibração

“Palavras saturadas de sinceridade, convicção, fé e intuição são como bombas de vibração altamente explosivas, que podem pulverizar as rochas das dificuldades e criar a mudança desejada.”

YOGANANDA, Paramahansa. Como Despertar Seu Verdadeiro Potencial. Ed. Pensamento. Versão Kindle, 2019, Posição 520.

Os dias Sagrados de Dezembro

“(…) há uma correspondência entre as leis Espiritual, Cósmica e Mundana, relativa a uma condição universal que se manifesta a 23, 24 ou 25 de dezembro de cada ano. É nesta época que ocorre uma mudança Cósmica chamada Nascimento do Deus Sol, a qual era sempre celebrada pelos antigos como o Parto da Rainha Celestial ou a Virgem Celestial da Esfera.

(…)

Também na China, muito antes do período cristão, o povo reconhecia esta ocasião do solstício do inverno como sagrado, e no dia 24 ou 25 de dezembro as lojas eram fechadas, como também as cortes de Justiça e locais de atividades comerciais. Entre os antigos persas, as cerimônias mais esplêndidas eram em honra de Mitra, cujo nascimento ocorrera a 25 de dezembro, segundo a tradição.

(…)

No antigo Egito, o dia 25 de dezembro foi celebrado por muitos séculos como o aniversário de vários deuses. Encontramos referências destes fatos em todas as histórias das religiões dos povos antigos, como, por exemplo, no livro intitulado “Religião dos Antigos Gregos”, escrito por Septehenes, que diz: “os antigos egípcios fixaram o início da gravidez de Ísis (A Rainha do Céu e a virgem mãe do Salvador Hórus) nos últimos dias de março e estabeleceram a comemoração do parto no final de dezembro.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 121.

A Alquimia da Palavra

“Os místicos de todos os tempos demonstraram que mesmo a palavra falada, composta de um som vocálico adequadamente pronunciado pelo homem, tem o poder de perturbar o estado da matéria, de fazê-la vibrar ou modificar sua natureza elementar ou sua composição química.(…)”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 84.

Servir ao Outro

“Sempre que visitamos uma grande cidade podemos parar e oferecer dinheiro para os moradores de rua que encontramos. Tão frequentemente vemos as pessoas apressadas, tentando chegar ao seu destino. Mas, quando reservamos um momento para oferecer algo a alguém necessitado e temos uma interação humana, isso muda por completo a atmosfera da nossa mente e também da mente da pessoa. Isso nos tira do piloto automático. Servir os outros é a antítese de se retirar para dentro de si mesmo. É uma mudança energética que nos move em direção ao estado aberto e sem fronteiras da interdependência.

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 113.

O Exagero Desengaja

Exageros nos desengajam do presente em uma medida ou outra, o que significa que perdemos nossa conexão com o mundo ao nosso redor. No caso da economia, quando a bolha da prosperidade estoura, ela nos força a voltar para as coisas básicas da vida: comida e aluguel. Começamos a nos fazer perguntas básicas: “Como eu poderia simplificar minha vida? Como posso me adaptar às mudanças que vejo ao meu redor? Talvez devesse começar uma horta, talvez adquirir algumas galinhas para poder ter ovos”.

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 63.

Como Encontrar a Felicidade?

“O fato de que, em última análise, o mundo não nos dá garantias não é uma punição; é apenas como as coisas são. Mas para onde isso nos leva? Como podemos apreciar a vida – nossos relacionamentos, nossos corpos físicos, o Concerto n°5 em Mi bemol maior de Beethoven – sem nos agarrarmos a eles como algo que irá durar e continuará a nos dar prazer? Como podemos encontrar verdadeira felicidade interior sabendo que estamos sujeitos à incerteza, ao envelhecimento, à doença e à morte? O Buda não havia respondido a essas questões ainda quando renunciou o direito a seu reino.

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 40.

A Busca da felicidade no Externo

“Em seu texto O modo de vida do Bodisatva (The Way of the Bodhisattva), o renomado erudito indiano Shantideva fala de nossa tendência a procurar a felicidade fora de nós mesmos. Ele diz que, se as coisas tivessem quaisquer qualidades inerentes, então essas qualidades deveriam ser sempre evidentes não mudariam nunca. Por exemplo, se um travesseiro possuísse a qualidade inerente do conforto, ele traria conforto mesmo para uma mãe que tivesse acabado de perder seu único filho. Bastaria ela deitar sua cabeça sobre ele e tudo ficaria bem.

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 39.