Os Santos Que Vivem Sem Alimentos

“Num livro intitulado Amanzil, sobre Teresa Neumann, a camponesa de Konnersreuth na Baviera, escrito com base em palestra do Reverendo Joseph Schrembs, D.T., Bispo de Cleveland, proferida em 12 de fevereiro de 1928, encontram-se fatos notáveis sobre a vida dela, concernentes à sua subsistência pela energia divina.

1. “Ela possui os estigmas do Salvador crucificado. As chagas permanecem inalteradas. Elas não se inflamam nem cicatrizam.”

2. “Ela revive a Paixão de Nosso Senhor todas as sextas-feiras.”

3. “Ela repete em aramaico as palavras pronunciadas por Cristo.”

4. “Ela adivinha os segredos mais íntimos do coração.”

5. “Ela não toma nenhum alimento ou bebida. Não ingere alimentos sólidos desde 1923; apenas água ou um pouco de suco de fruta.”

“Mas no dia de Natal de 1926, ela parou inteiramente de tomar qualquer alimento, seja sólido ou líquido, de modo que agora, por quase dois anos, essa jovem não comeu ou bebeu coisa alguma, somente recebendo a Sagrada Comunhão todas as manhãs. (…) O veredicto de todos os médicos da Universidade de Berlim, de Praga, de Frankfurt, de Munique – doutores sem nenhum credo religioso – é este: ‘Falsidade ou fraude estão absolutamente fora de questão no caso de Teresa Neumann’. Ela não está desnutrida apesar da falta de alimentação desde o Natal de 1926 e tem uma aparência tão saudável quanto qualquer um à sua volta. Nas sextas-feiras ela perde cerca de quatro quilos e meio. Seis horas após o término das visões da Paixão, ela já readquiriu seu peso normal de 55 quilos.”

Quando encontrei Teresa Neumann na Baviera, em 1935, ela já vivia sem alimento por 12 anos, mas parecia tão jovial quanto uma flor.”

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Nota: Em Autobiografia de um logue, Capítulo 39, “Teresa Neumann, a Estigmatizada Católica”, Paramahansa Yogananda relata detalhadamente seu encontro com esta mística dos tempos modernos e sua experiência pessoal durante a visão extática que Teresa teve da Paixão de Cristo. Teresa Neumann faleceu em 1962. (Nota da Editora)

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“A santa bengali Giri Bala já vivia sem comer por mais de 56 anos quando a visitei em 1936. Segundo me contou, desde que seu guru a iniciou numa técnica que liberta o corpo da dependência do alimento material, ela consegue viver inteiramente da Energia Cósmica. Durante todos esses anos sem comer, ela jamais adoeceu ou experimentou desconforto. Sua nutrição deriva das energias mais sutis do ar e da luz do sol, bem como do poder cósmico que recarrega o corpo através do bulbo raquiano.

Perguntei-lhe o propósito de ter sido ensinada a viver sem alimento. “Provar que o homem é Espírito”, ela respondeu. “Demonstrar que, pelo progresso divino, o homem pode gradualmente aprender a viver da Luz Eterna, e não da comida.

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“Em eras evolutivas superiores, a regra será que o alimento consista principalmente de oxigênio, luz solar e energia etérea. Extrair nutrientes de material alimentar grosseiro é um meio um tanto indireto de obter a energia ali contida a fim de reparar o desgaste dos tecidos corporais. Retirar energia do oxigênio e da luz solar é muito mais efetivo.”

Nota: Entre outros santos cristãos que viveram sem comer (apresentavam também os estigmas), pode-se mencionar Santa Liduína de Schiedam, Beata Isabel Renzi, Santa Catarina de Siena, Domênica Lazarri, Beata Angela de Foligno e Luísa Lateau, santa do século 19. São Nicolau de Flüe (Irmão Klaus, eremita do século 15 cuja súplica apaixonada em favor da união salvou a Confederação Suíça) absteve-se de alimento durante 20 anos.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 185-186.

Capítulo 8: A Tentação de Jesus no deserto.

Primeira e Segunda de Pedro

“A Primeira de Pedro é uma carta escrita em estilo tão semelhante ao de São Paulo, que se supõe redigida por Silvano, discípulo de Paulo, que se tornara colaborador de Pedro, e que é mencionado nessa carta, no cap. 5,12. Essa carta é notável pelo seu ensinamento sobre a alegria do cristão batizado e a união dos cristãos em Jesus Cristo (caps. 1 e 2). Dirigida a cristãos que sofrem por sua fé, a carta lembra-lhes o exemplo da Paixão de Cristo (cap. 3), exortando-os à santidade e à prática de todas as virtudes correspondentes aos seus estados.”

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“A Segunda de Pedro, que parece ter sido redigida por outro secretário do apóstolo aproxima-se muito estreitamente da Carta de Judas.”

Bíblia Sagrada Ave-Maria: Edição revista e ampliada. Edição Claretiana Editora Ave-Maria, Editora Ave-Maria, 2012. Versão Kindle, Posição 1273-1277.

O Sonho da Esposa de Pilatos

“A narrativa do Evangelho de Mateus, escrito entre 70 d.C. e 115 d.C. é séculos anterior à do Evangelho de Nicodemos, escrito provavelmente no século IV d.C., portanto o autor pode facilmente ter adicionado ao seu relato da Paixão de Cristo o sonho da esposa de Pilatos, dentre outros episódios, eventos que ocorreram que
completam o enredo da Paixão de Cristo, para legitimar o seu evangelho.”

Nascimento, Peterson do. O Evangelho Segundo Nicodemos (Coleção Apócrifos do Cristianismo Livro XI) – Versão Kindle, Posição 998.

A Paixão de Mel Gibson

“Quando os pregos perfuraram Suas mãos e pés, Ele sofreu uma das dores mais terríveis que um homem pode conhecer, em virtude de ferimentos nos nervos medianos das mãos e nos nervos plantares de ambos os pés, chamada causalgia. Essa dor é tão brutal que, a não ser que algo seja feito imediatamente, a vítima entra em profundo estado de choque. Tal dor pode ser comparada a uma descarga de raio atravessando os braços e as pernas.

(…)

No final, existem oito pontos principais nos quais o filme falha em mostrar com exatidão como foi a Crucificação de Jesus. Em primeiro lugar, omite o terrível sofrimento mental de Jesus no Jardim do Getsêmani, que já O teria deixado debilitado. Segundo, a lancinante dor no rosto casa pela neuralgia do trigêmeo decorrente dos efeitos da coroação também foi totalmente negligenciada. Além disso, o severo espancamento (32 vezes) com bastões seguido por quase dez minutos de brutal açoitamento (frente e costas), com um flagrum contendo afiados scorpiones executado por soldados corpulentos e bem-dispostos) já teria causado a Sua morte depois de vários golpes. E, mesmo que por um milagre Jesus tivesse sobrevivido a isso, Ele teria experimentado extrema dificuldade para respirar, sufocando a cada tentativa de inspirar e ofegando. Além disso, uma pessoa nessas condições não poderia ter carregado uma cruz que pesava entre 80 e 90 quilos. Também totalmente ausente está o efeito da fixação dos pregos nos pés e nas mãos. Isso teria provocado uma condição médica chamada causalgia, uma das mais terríveis dores que pode sofrer o ser humano, levando a vítima a gritar, em extrema agonia. O suppedaneum (descanso para os pés) mostrado no filme é uma invenção de artistas do século passado, e não cabe em uma representação realística da Crucificação. Ao contrário do que é visto no filme, o fenómeno “sangue e água” não acontece como se o material fosse espirrado, mas escorre suavemente da ferida quando a lança é retirada, pois a efusão pleural que circunda os pulmões diminui em razão do colapso do órgão. Finalmente, a grande quantidade de sangue que Maria Madalena e a mãe de Jesus limparam do chão é inconsistente com os ferimentos causados.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 85-87.

 

A Paixão Corporal de Jesus

“É curioso verificar quantas asneiras esses materialistas modernos são capazes de dizer em matéria científica. Notemos que o único evangelista que relata o fato é um médico. E nosso venerado confrade Lucas, “medicus carissimus” como o chama São Paulo em sua carta aos Colossenses, o faz com a precisão e concisão de um clínico. A hematidrose é fenômeno raro, mas bem descrito. Aparece segundo Dr. Le Bec “em condições completamente especiais: uma grande debilidade física, acompanha da de um abalo moral, seguido de profunda emoção e de grande medo (Le Supplice de la Croix, Paris, 1925, loc. cit.) (et coepit pavere et edere).(…) Uma vasodilatação intensa de capilares subcutâneos que se rompem em contato com os fundos de saco de milhões de glândulas sudoríparas. O sangue se mistura ao suor e se coagula na pele após a exsudação. É esta mistura de suor e de coágulos que se reúne e escorre por todo o corpo em quantidade suficiente para cair por terra. Notai que essa hemorragia microscópica se produz em toda a pele, que fica portanto atingida e prejudicada em seu conjunto e, de algum modo, dolorida e mais sensível para todos os golpes futuros. Mas passemos adiante.”

BARBET, Pierre. A Paixão de Cristo, segundo o cirurgião. São Paulo: Edições Loyola, 2014, pág. 195.

 

 

O Santo Sudário

“Artista algum teria jamais podido imaginar todas as minúcias dessas imagens, das quais cada uma reflete um detalhe daquilo que sabemos hoje sobre a coagulação do sangue, mas que se ignorava no século XIV. Mesmo hoje, nenhum de nós seria capaz de executar tais imagens sem cometer algum engano.

Foi este conjunto homogêneo de verificações, sem um único deslize, que me decidiu, de acordo com o cálculo das probabilidades, declarar que, sob o ponto de vista anátomo-fisiológico, a autenticidade do Santo Sudário é uma verdade científica.

A História

(…)

Que destino lhe deram os apóstolos? Apesar da natural repugnância própria a judeus, para os quais tudo o que toca a morte é impuro, sobretudo um pano manchado de sangue, é impossível admitir que não tivessem recolhido com todo cuidado esta relíquia da Paixão do Homem-Deus. É necessário admitir também que a esconderam cuidadosamente. Deviam protegê-la da destruição por parte dos seguidores da jovem Igreja. (…) não se podia pensar em propô-la à veneração dos novos cristãos, ainda imbuídos do horror dos antigos pela infâmia da cruz. (…)  só nos séculos V e VI é que veremos os primeiros crucifixos que, resto, aparecem ainda um tanto disfarçados. Só nos séculos VII e VIII é que ele se espalham um pouco. Não será senão no século XIII que se difundirá a devoção à Paixão de Cristo.”

BARBET, Pierre. A Paixão de Cristo, segundo o cirurgião. São Paulo: Edições Loyola, 2014, pág. 19-21.

 

Prefácio

“(…) reunisse em um livro o resultado de minhas experiências anatômicas, pesquisas arqueológicas e escriturísticas, bem como de minhas meditações e reflexões sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.

E este, com efeito, um assunto que há mais de vinte anos não me tem deixado o pensamento, indo às vezes até a obsessão.”

BARBET, Pierre. A Paixão de Cristo, segundo o cirurgião. São Paulo: Edições Loyola, 2014, pág. 11.