Produção e ritual excluem-se mutualmente

“A tese de Marshall McLuhan de que “o meio é a mensagem” vale também para as armas como meio. O meio não é um mero portador de uma mensagem. Ao contrário, a mensagem é criada pelo próprio meio. O meio não é um recipiente neutro que transporta diferentes conteúdos. Ao contrário, um novo meio produz um conteúdo particular, por exemplo, uma nova percepção.”

“Produção e ritual excluem-se mutualmente.”

HAN, Byung-Chul.O desaparecimento dos rituais: Uma topologia do presente. Ed. Vozes, 2021, Local 1074-1109.

Do duelo à guerra de drones

Incapacidade de conclusão

“No excesso de abertura e de ilimitado que dominam o presente, perdemos a capacidade de conclusão. Com isso, a vida se torna meramente aditiva. A morte pressupõe que a vida seja expressamente encerrada.

Mesmo a percepção hoje é incapaz de conclusão ou inferência, pois se apressa de uma sensação à outra. Apenas a permanência contemplativa é capaz de concluir, de inferir. Fechar os olhos é um emblema da conclusão contemplativa. As imagens e informações que se aglomeram fazem com que seja impossível fechar dos olhos.

O imperativo neoliberal da otimização e do desempenho não permite o encerramento. Torna tudo provisório e incompleto.

(…)

A incapacidade de conclusão também tem muito a ver com o narcisismo. O sujeito narcísico vivência a si mesmo de maneira mais intensa não no feito ou no trabalho terminado, mas na prestação constante de novos trabalhos a serem desempenhados.

“O aumento constante de expectativas, de modo que o comportamento respectivo nunca é vivido como satisfatório, corresponde à incapacidade de levar o que quer que seja a cabo. A sensação de ter alcançado uma meta é evitada, pois com isso a própria vivência se objetivaria, ela assumiria uma figura, uma forma, e, com isso, existiria independente do self. […] A continuidade do self, o caráter inacabado e a incompletude de seus impulsos são um traço essencial do narcisismo”.

HAN, Byung-Chul.O desaparecimento dos rituais: Uma topologia do presente. Ed. Vozes, 2021, Local 393-410.

Rituais da Conclusão

Atrofia da percepção

“A palavra objeto vem do verbo obicere, que significa se contrapor, se colocar diante ou se lançar à frente, acusar. O objeto é primariamente, então, um contra [Gegen] que se volta conta mim, que se contrapõe, se opõe a mim, que me contradiz, me repugna e resiste a mim. Nisso consiste a sua negatividade. Esse campo de sentido de objeto ainda está presente na palavra francesa objection, que também significa objeção ou protesto [Widerspruch].

(…)O curtir é o estágio de absoluta atrofia da percepção.”

HAN, Byung-Chul.A expulsão do outro: Sociedade, percepção e comunicação hoje. Ed. Vozes, 2022, Local 650-668.

Contracorpo

Falsas percepções do sentido

“Vemos que o Sol nasce a leste e se põe a oeste, que sua presença é o dia e sua ausência é a noite. Nossos olhos nos fazem acreditar que o Sol se move à volta da Terra e que esta permanece imóvel. Quando, durante muitas noites seguidas, acompanhamos a posição das estrelas no céu, vemos que elas mudam de lugar e acreditamos que se movem à nossa volta, enquanto a Terra permanece na imobilidade. No entanto, a astronomia demonstra que não é isso que acontece.

Assim, há uma contradição entre nossa crença na imobilidade da Terra e a informação astronômica sobre os movimentos terrestres.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14º Edição. São Paulo: Editora Ática. 2020, pág. 19.

Introdução: Para que filosofia?

E se não for bem assim?

Aula Magna

Percepção Intuitiva da Verdade

“O “segundo nascimento”, cuja necessidade é mencionada por Jesus, leva-nos ao domínio da percepção intuitiva da verdade.”

*Nota: Que ninguém suponha”, diz a Teologia Germânica, “que chegamos a esta verdadeira luz e a este perfeito conhecimento (…) por ouvir dizer, ou por leitura e estudo, nem tampouco por extrema proficiência e grande erudição”. “Não é suficiente”, diz Gerlac Petersen, “conhecer somente por estimativas: precisamos conhecer por experiência”. Assim Matilde de Magdeburg comenta suas revelações: “A escritura deste livro foi vista, ouvida e experimentada em cada membro. (…) Eu o vejo com os olhos de minha alma e o escuto com os ouvidos do meu espírito eterno.” – Citado em Mysticism, de Evelyn Underhill, parte I, capítulo 4.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 266.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Comunicação por Vibrações

“Depois de estar com Jesus por um dia juntamente com seu companheiro, André estava tão impregnado do magnetismo espiritual que emanava de Jesus que compreendeu quem Jesus era, reconhecendo-o como o Cristo. A Consciência Crística não pode ser inferida intelectualmente, mas tem de vir por meio da percepção intuitiva. Gurus enviados por Deus não têm de converter seu círculo interno de discípulos com sermões em praça pública; eles se comunicam sobretudo pela silenciosa emanação das vibrações de sua realização divina.

(…)

A totalidade de uma pessoa se expressa em seu magnetismo. Seu próprio ser, na verdade, tem origem no magnetismo – nos poderes ideativos criadores do corpo causal do homem, as ideias de Deus que compõem os corpos astral e físico e que conferem sustento à encarnação daquela alma. A Consciência Cósmica e a Energia Cósmica, penetrando pelo bulbo raquiano, dirigem-se aos centros sutis cerebrospinais de vida e consciência, e daí ao corpo físico, como correntes positivas e negativas, formando uma série de magnetos. Cada individuo se constitui de um feixe de tais magnetos, capaz de exercer atração conforme sua força magnética.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 206.

Capítulo 9: Jesus encontra seus primeiros discípulos.

Disposição para Orar e Meditar

“(…)o buscador de Deus, que mantém sua percepção concentrada no olho espiritual, é guiado pelas sugestões provenientes da consciência e da intuição. Desse modo, seu discernimento e autocontrole estão sempre despertos e alertas, capazes de reconhecer e debelar a incitação de impulsos e hábitos prejudiciais que a ilusão cósmica insinua à sua consciência identificada com o corpo.

(…) Jesus elogiou a disposição interior do devoto que, por amor a Deus e ao bem, realiza um intenso esforço por orar e meditar apesar da desobediência do corpo. Tal estado é muito melhor que a hipocrisia de manter o corpo exteriormente em postura de meditação e oração enquanto interiormente se está rebelde e com má vontade.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 365.

Capítulo 73: A agonia de Jesus no jardim de Getsêmani e sua prisão.

Novas Realidades no Processo Evolutivo

“(…) Agora, assumindo a veracidade da teoria da evolução, abrem-se as perspectivas futuras que ela nos aponta e podemos, em plena lógica, afirmar a hipótese de que o homem, no seu próprio processo evolutivo, vá desenvolvendo estruturas de sensibilidade e percepção capazes de lhe revelar aspectos da realidade que lhe eram antes velados.

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág. 87.

Natureza do Hiperespaço

“Sendo assim, havemos de convir que o fenômeno parapsicológico, implicando em expressão de energia de natureza ainda não cientificamente conhecida e em novas percepções do ser humano, revelando faculdades de seu potencial interno, na realidade ainda não de todo revelado, nem por isso é menos efetivo, sensível, objetivo. Há que pensar-se pois em que meio, em que ambiente, em que “substratum” da realidade –  até agora apenas suspeitado, praticamente ainda oculto à ciência humana – se passa essa fenomenologia, atuam as suas causas, constituindo-se aquele “substratum” na razão substancial e energética de sua própria manifestação.”

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág. 72.

Agora estou emocionadamente Satisfeito

Agora estou emocionadamente satisfeito e nunca mais exigirei provas dessa natureza.”

“Verifiquei que, depois disso, a faculdade ainda mais se desenvolveu, se ampliou e se aclarou, modificando-se evidentemente para melhor, de vez que foi complementada por uma espécie de visão hiperespacial, conjunto esse – telepatia – visão hiperespacial– que possibilitou tudo o que se seguiu e que constitui a razão de ser deste livro.”

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág. 63.