A Harmonia da Lei e o Reencontro

“(…)

– Sim – concordou o orientador –, Isso é também possível; entretanto, examinada a harmonia da Lei, o reencontro do trio é inevitável. Todos os problemas criados por nós não serão resolvidos senão por nós mesmos.

(…)

– (…) através do pensamento, comungamos uns com os outros, em plena vida universal.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 26.

Resgate de Débitos

“– Hilário, a vida nunca se engana. É provável que alguém apareça por aqui e se extasie à frente do objeto, disputando-lhe a posse.

– Quem?

– O moço que empenhou a palavra, provocando a fixação mental dessa pobre criatura, ou a mulher que o afastou dos compromissos assumidos. Reencarnados, hoje ou amanhã, possivelmente um dia virão até aqui, tomando-a por filha ou companheira, no resgate do débito contraído.

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 26.

A Influência dos Desencarnados nos Objetos

“(…) singular espelho, junto do qual se mantinha uma jovem desencarnada com expressão de grande tristeza.

(…)

– O assunto – aventei, preocupado – compele-nos a refletir sobre as antigas histórias de joias enfeitiçadas…

– Sim, sim – ponderou o Assistente –, a influência não procede das joias, mas sim das forças que as acompanham.

Hilário, que meditava a lição maduramente, considerou:

– Se alguém pudesse adquirir a peça e conduzi-la consigo…

– Decerto – atalhou o instrutor – arcaria também com a presença da moça desencarnada.

– E isso seria justo?

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 26.

A Energia dos Objetos

– Cada objeto, então – concluiu Hilário –, pode ser um mediador para entrarmos em relação com as pessoas que se interessam por ele e um registro de fatos da Natureza…

(…)

As almas e as coisas, cada qual na posição em que se situam, algo conservam do tempo e do espaço, que são eternos na memória da vida.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 26.

Conhecendo a Matéria Através da Psicometria

“– Imaginemos – disse por minha vez – que nos propuséssemos fixar a atenção num exame mais circunstanciado. Poderíamos, assim, conhecer a história da matéria que serve à formação do relógio que analisamos?

– Sem dúvida. Isso demandaria mais trabalho, mais tempo, contudo, é iniciativa perfeitamente viável.

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 26.

Aperfeiçoar os Pensamentos

“– Somos, desse modo, induzidos a crer – considerou meu companheiro – que não dispomos de recursos para alcançar o pensamento daqueles que se fizeram superiores a nós…

– Sim, aqueles que atingiram uma elevação que não somos capazes de imaginar, remontaram a outros planos, transcendendo-nos o modo de expressão e de ser. O pensamento deles vibra em outra frequência. Naturalmente, podem acompanhar-nos e auxiliar-nos, porque é da Lei que o superior venha ao inferior quando queira, contudo, por nossa vez, não nos é facultado segui-los.

(…)

– (…) O pensamento nos condiciona ao círculo em que devemos ou merecemos viver e, só ao preço de esforço próprio ou de segura evolução, logramos aperfeiçoá-lo, superando limitações para fazê-lo librar em esferas superiores.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 26.

Vestígios Espirituais

“– O pensamento espalha nossas próprias emanações
em toda parte a que se projeta. Deixamos vestígios espirituais, onde arremessamos os raios de nossa mente, assim como o animal deixa no próprio rastro o odor que lhe é característico, tornando-se, por esse motivo, facilmente abordável pela sensibilidade olfativa do cão. Quando libertados do corpo denso, aguçam-se-nos os sentidos e, em razão disso, podemos atender, sem dificuldade, a esses fenômenos, dentro da esfera em que se nos limitam as possibilidades evolutivas.

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 26.

Correntes Mentais que Envolvem os Objetos

“– (…) O relógio está envolvido pelas correntes mentais dos irmãos que ainda se apegam a ele, assim como o fio de cobre na condução da energia está sensibilizado pela corrente elétrica. Auscultando-o, na fase em que se encontra, relacionamo-nos, de imediato, com as recordações dos amigos que o estimam.

Hilário refletiu alguns momentos e observou:

– Então, se estivéssemos interessados em conhecer esses companheiros e encontrá-los, um objeto nessas condições seria um mediador para a realização de nossos desejos…

– Sim, perfeitamente – aprovou o instrutor –; usaríamos, para isso, alguma coisa em que a memória deles se concentra. Tudo o que se nos irradia do pensamento serve para facilitar essa ligação.

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 26.

Vibrações Fixadas

“(…) É um objeto animado pelas reminiscências de seus antigos possuidores, reminiscências que se reavivam no tempo, através dos laços espirituais que ainda sustentam em torno do círculo afetivo que deixaram.

(…)

Isso quer dizer que vemos imagens aqui impressas por eles, por intermédio de vibrações…

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 26.

Recordações de Família

– Todos os objetos que você vê emoldurados por substâncias fluídicas acham-se fortemente lembrados ou visitados por aqueles que os possuíram.

Não longe, havia curioso relógio, aureolado de luminosa faixa branquicenta.

Áulus recomendou-me tocá-lo e, quase instantaneamente, me assomou aos olhos mentais linda reunião familiar, em que venerando casal se entretinha a palestrar com quatro jovens em pleno viço primaveril.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 26.