Intelectualidade e Sabedoria

“A intelectualidade é um atributo do poder da razão, e a sabedoria é uma qualidade libertadora da alma. Quando a razão é purificada por meio de um tranquilo discernimento, ela se transforma em sabedoria.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 488.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Tornar-se Puro de Coração

A suprema experiência religiosa é a percepção direta de Deus, para a qual é necessário tornar puro o coração.”

Bhagavad Gita 

O iogue que, de maneira completa, tranquilizou a mente e controlou as paixões, livrando-as de toda a impureza, e que se unificou com o Espírito, ele verdadeiramente alcançou a suprema beatitude.

Com a alma unida ao Espírito com a yoga, tendo uma visão de igualdade para com todas as coisas, o iogue contempla seu Eu (unido ao Espírito) em todas as criaturas, e todas as criaturas no Espírito.

Aquele que Me percebe em toda parte e contempla todas as coisas em Mim nunca Me perde de vista, nem Eu jamais o perco de vista.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 486.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Discurso 26

As Beatitudes

O Sermão da Montanha, parte I

 

A bem-aventurança experimentada por aqueles que estão livres de apegos materiais

A satisfação da fome interior pela Verdade

O misericordioso Jesus expressou a verdadeira natureza de Deus

Yoga: purificação do ser interior para a percepção de Deus

O verdadeiro “pacificador”: aquele que medita e vive como Cristo ensinou

O reino de alegria alcançado por aqueles que vivem e morrem conforme os princípios da conduta correta

As pessoas espirituais são “o sal da terra” e “a luz do mundo”

Beatitude significa a felicidade, a bem-aventurança, do céu. Jesus aqui expõe com força e simplicidade (…) princípios por meio dos quais a vida do homem se torna abençoada, repleta de bem-aventurança celestial.”

 

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 477.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Jejum e Cura

Um método físico de tratar a doença consiste em jejuar criteriosamente a fim de purificar o corpo de toxinas e rejuvenescer a força vital. No jejum, a vontade volta a depender do Espírito e retira energia da fonte cósmica, reforçando e estimulando a energia curativa no corpo.

(…)

Mas, qualquer que seja o método de tratamento adotado, o resultado – positivo ou negativo – é ainda assim determinado em boa medida pela mente.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 460.

Capítulo 25: A cura dos doentes.

Satisfação Temporária da Matéria

“Quem achar a sua vida” – aquele que fizer da felicidade material o objetivo de sua vida – “perdê-la-á” – quando a morte dissolver seu tênue vínculo com a existência material, forçosamente perderá qualquer satisfação temporária que tenha adquirido. “E quem perder a sua vida por amor de mim” – aquele que sacrificar os desejos de prazeres materiais com o propósito de purificar a consciência para estabelecer contato com a bem-aventurada Consciência Crística na meditação – “achá-la-á” – encontrará a felicidade perdurável da vida divina.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 253.

Capítulo 41: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte II).

O Jejum da Meditação

O profundo samadhi da meditação é possível somente quando todas as funções corporais são aquietadas. Uma dieta apropriada e o jejum são úteis, condicionando o corpo para esse estado de tranquilidade e interiorização. Jesus reconheceu esse princípio ao jejuar a fim de espiritualizar o corpo e libertar a mente durante seus quarenta dias no deserto.

Meditar com o estômago vazio é uma boa prática, pois a energia que opera o sistema nervoso não está então ocupada com as funções corporais. A meditação após uma refeição pesada estabelece um conflito entre a consciência do corpo e a superconsciência da alma. Quando temos o estômago cheio, o coração, os pulmões e os sistemas digestivo e nervoso estão todos ocupados com a digestão do alimento, queimando carbono e mantendo a circulação até os pulmões para eliminar do sangue o dióxido de carbono. Isso conserva a mente subconsciente ocupada, e ela, por sua vez, introduz sua inquietude na mente consciente. Tal invasão da consciência impede a comunhão divina interior.”

Nota: “Estudos recentes indo-germânicos revelaram que o jejum pode prolongar o tempo de vida”, relatou um artigo no The Deccan Chronicle, de Hyderabad, India, em 23 de janeiro de 1995. “As experiências efetuadas pelo Centro de Biologia Celular e Molecular (CCMB), com sede em Hyderabad, em colaboração com o Instituto Max Planck de Endocrinologia Experimental (Alemanha), observaram que o jejum preservava grande quantidade de energia. Esse excesso de energia poderia ser utilizado para executar outras funções do corpo humano ou para mantê-lo saudável, aumentando assim a longevidade.

“Durante as experiências, em que ratos foram submetidos a jejum, descobriu-se que a renovação ou substituição das células de revestimento interno, o que requer uma grande quantidade de energia, cessou completamente. Não havia também decadência celular fisiológica, e as células intestinais tornaram-se mais eficientes na absorção de nutrientes”, disse Dr. P. D. Gupta, Diretor Representante do CCMB e chefe do estudo em grupo.

“Dr. Gupta relatou que havia exemplos de munis jainistas que jejuaram por mais de 200 dias. Entretanto, descobriu-se que o jejum de até três dias interrompia completamente a ‘decadência celular fisiológica’. A pesquisa constatou que o jejum intermitente de um ou dois dias durante o período de um mês era sempre benéfico.” (Nota da Editora)

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 190-191.

Capítulo 8: A Tentação de Jesus no deserto.

O Templo

“O Templo – O Templo é sem dúvida o centro de Israel. É nele que todos os judeus, também os da Dispersão, devem se reunir para prestar culto a Deus. No Templo habita o Deus único, santo, puro, separado, perfeito. Por natureza, os seres humanos e as coisas são profanos, impuros, banais, imperfeitos. A única forma de se purificar é aproximar-se de Deus. O homem se torna mais puro quanto mais perto estiver de Deus; quanto mais distante, mais impuro. Percebe-se, então, o poder dos sacerdotes na sociedade judaica: são eles que estão mais perto de Deus e, consequentemente, cabe a eles decidir sobre o que é puro e impuro e também o que fazer para se purificar. Essa autoridade dos sacerdotes sobre o povo acaba legitimando e reforçando o Templo, que se torna não só o centro religioso, mas também o centro econômico e político. É por isso que no tempo de Jesus o Templo possui imensas riquezas (o Tesouro) e toda a cúpula governamental age a partir daí (o Sinédrio). Desse modo, a casa de oração e ofertas a Deus se torna um imenso banco e lugar de poder político. Em outras palavras, a religião se torna instrumento de exploração e opressão do povo.”

Bíblia Sagrada. Edição Pastoral. Paulus Editora, 1990. Versão Kindle, Posição 56454.

O processo Iniciático Através das Águas

É preciso preciso explicar os vários processos do batismo, juntamente com seus efeitos correspondentes ou estados espirituais. O ritual do batismo pela imersão em água originou-se na Índia, e enfatizava a purificação do corpo precedendo a purificação da mente. Os estudantes que buscavam a instrução de um santo tinham primeiro de purificar seu corpo banhando-o – o que por si só iniciava o processo de purificação da mente, ao demonstrar o devido respeito ao mestre e ao interiorizar os pensamentos na expectativa das bênçãos e do valor das lições a serem recebidas. “Ser asseado é quase como ser santificado” – eis uma útil primeira lição. A imersão em água abre os poros da pele, eliminando do corpo toxinas perturbadoras, aliviando e acalmando o sistema circulatório. A água refresca as terminações nervosas e envia mensagens de sensações calmas por todos os centros vitais do corpo, equilibrando harmoniosamente as energias vitais.

A vida surgiu inicialmente da energia, depois das nebulosas e, por fim, da água. Toda semente de vida está irrevogavelmente vinculada à água. A vida física não pode existir sem ela. Aquele que se banha diariamente e medita logo a seguir esse sentirá o poder do “batismo” pela água. Banhar-se com a consciência de purificação sagrado ou lago, ou em outro curso de água natural cercado pela majestade cênica de Deus, é uma experiência de vibrante elevação. 

(…)

É a atitude mental de fé e devoção com que alguém recebe o batismo cerimonial – seja por imersão, seja pelo modo alternativo simbólico de espargir água sobre a cabeça – que determina as bênçãos recebidas; e é a continuidade de pensamento e ação corretos que assegura benefícios perduráveis. O iniciado, portanto, deveria regularmente batizar seu eu com o Espírito, pela imersão da consciência na sabedoria, no magnetismo e na radiação divina do Espírito Santo, em meditação.

Uma vez que o objetivo do batismo é trazer uma transformação e elevação da consciência por meio de alguma forma de imersão simbólica, é útil considerar como podemos ser “batizados” inconscientemente por aqueles com quem nos associamos. Portanto, aquele que almeja a “iniciação” deve manter-se cuidadosamente atento em relação às águas em que imerge sua consciência. As vibrações de outras pessoas podem ser recebidas por um intercâmbio de magnetismo.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 117-118.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.

Eu Sou a Voz, ou Som Cósmico

“Este é o significado de sua resposta: “Eu sou a voz, ou Som Cósmico, clamando ou vibrando no deserto do silêncio”. Deserto significa a consciência de um santo, onde não pode crescer a vegetação de novos desejos materiais. O santo se transforma em terreno árido no qual a presença de Deus possa florescer sem a resistência do desabrochar de intrusões materialistas.

(…) João respondeu que concedia o batismo físico com água, purificando a consciência com um arrependimento que traria uma influência espiritual temporária. E prosseguiu dizendo que o ser superior que ainda estava por vir mostraria às pessoas o caminho para a redenção pelo batismo no Espírito – proclamando que era papel de Jesus, com sua aura crística, batizar as almas com o fogo da sabedoria e o poder das sagradas emanações vibratórias do Espírito Santo.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 114.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.

Atraso Moral Terrestre

“Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram física e moralmente, examinadas as condições de atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as vísceras dos seus irmãos inferiores, como nas eras pré -históricas de sua existência, marcham uns contra os outros ao som de hinos guerreiros, desconhecendo os mais comezinhos princípios de fraternidade e pouco realizando em favor da extinção do egoísmo, da vaidade, do
seu infeliz orgulho.”

Nota pessoal: Sistema de Capela “reconforto com as víceras”.

(…)

“As grandes comunidades espirituais, diretoras do cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.”

Nota Pessoal: Exilados de Capela

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 27-28.