O processo Iniciático Através das Águas

É preciso preciso explicar os vários processos do batismo, juntamente com seus efeitos correspondentes ou estados espirituais. O ritual do batismo pela imersão em água originou-se na Índia, e enfatizava a purificação do corpo precedendo a purificação da mente. Os estudantes que buscavam a instrução de um santo tinham primeiro de purificar seu corpo banhando-o – o que por si só iniciava o processo de purificação da mente, ao demonstrar o devido respeito ao mestre e ao interiorizar os pensamentos na expectativa das bênçãos e do valor das lições a serem recebidas. “Ser asseado é quase como ser santificado” – eis uma útil primeira lição. A imersão em água abre os poros da pele, eliminando do corpo toxinas perturbadoras, aliviando e acalmando o sistema circulatório. A água refresca as terminações nervosas e envia mensagens de sensações calmas por todos os centros vitais do corpo, equilibrando harmoniosamente as energias vitais.

A vida surgiu inicialmente da energia, depois das nebulosas e, por fim, da água. Toda semente de vida está irrevogavelmente vinculada à água. A vida física não pode existir sem ela. Aquele que se banha diariamente e medita logo a seguir esse sentirá o poder do “batismo” pela água. Banhar-se com a consciência de purificação sagrado ou lago, ou em outro curso de água natural cercado pela majestade cênica de Deus, é uma experiência de vibrante elevação. 

(…)

É a atitude mental de fé e devoção com que alguém recebe o batismo cerimonial – seja por imersão, seja pelo modo alternativo simbólico de espargir água sobre a cabeça – que determina as bênçãos recebidas; e é a continuidade de pensamento e ação corretos que assegura benefícios perduráveis. O iniciado, portanto, deveria regularmente batizar seu eu com o Espírito, pela imersão da consciência na sabedoria, no magnetismo e na radiação divina do Espírito Santo, em meditação.

Uma vez que o objetivo do batismo é trazer uma transformação e elevação da consciência por meio de alguma forma de imersão simbólica, é útil considerar como podemos ser “batizados” inconscientemente por aqueles com quem nos associamos. Portanto, aquele que almeja a “iniciação” deve manter-se cuidadosamente atento em relação às águas em que imerge sua consciência. As vibrações de outras pessoas podem ser recebidas por um intercâmbio de magnetismo.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 117-118.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.

Eu Sou a Voz, ou Som Cósmico

“Este é o significado de sua resposta: “Eu sou a voz, ou Som Cósmico, clamando ou vibrando no deserto do silêncio”. Deserto significa a consciência de um santo, onde não pode crescer a vegetação de novos desejos materiais. O santo se transforma em terreno árido no qual a presença de Deus possa florescer sem a resistência do desabrochar de intrusões materialistas.

(…) João respondeu que concedia o batismo físico com água, purificando a consciência com um arrependimento que traria uma influência espiritual temporária. E prosseguiu dizendo que o ser superior que ainda estava por vir mostraria às pessoas o caminho para a redenção pelo batismo no Espírito – proclamando que era papel de Jesus, com sua aura crística, batizar as almas com o fogo da sabedoria e o poder das sagradas emanações vibratórias do Espírito Santo.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 114.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.

Atraso Moral Terrestre

“Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram física e moralmente, examinadas as condições de atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as vísceras dos seus irmãos inferiores, como nas eras pré -históricas de sua existência, marcham uns contra os outros ao som de hinos guerreiros, desconhecendo os mais comezinhos princípios de fraternidade e pouco realizando em favor da extinção do egoísmo, da vaidade, do
seu infeliz orgulho.”

Nota pessoal: Sistema de Capela “reconforto com as víceras”.

(…)

“As grandes comunidades espirituais, diretoras do cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.”

Nota Pessoal: Exilados de Capela

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 27-28.

Estágios da Iniciação de Jesus

“Durante o tempo de seu ministério público, Jesus passou por quatro estágios antigos e tradicionais de iniciação, esboçados séculos antes por Pitágoras, que foram: 0 primeiro grau de preparação, culminando no sermão da Montanha; o segundo grau de purificação, representado pelas milagrosas curas e demonstrações da terapêutica mística: o terceiro grau de iluminação, manifestado pela volta de Lázaro dentre os mortos; e o quarto grau de visão espiritual, manifestado pela transfiguração.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 220.

Purificação da Água, o Batismo

“Quando João chegou à Palestina, mostrou-se em público (…). Cabia-lhe anunciar a vinda do grande Redentor aos humildes e aos pobres em espírito. Ele apresentou uma ideia inteiramente nova, pois pregava a doutrina do batismo como meio de redenção ou regeneração.

(…) o Batismo, (imersão na água) e o uso da água para a purificação no sentido simbólico ou Cósmico, havia sido introduzido nos rituais e cerimônias da Grande Fraternidade Branca do Egito por um personagem conhecido pelo nome de El-Moria. Foi ele um dos grandes Avatares dos primeiros dias da Fraternidade, que aprendeu, através da meditação e da iluminação Cósmica, que a água purifica tanto no sentido físico como no sentido Cósmico.(…) fontes de água purificada passaram a ser colocadas na frente de cada altar, nos templos de mistério do Egito e em terras.

Foi este mesmo grande Avatar o primeiro a introduzir o batismo público para regeneração espiritual, realizando essas cerimônias no Lago Mocris, no distrito de Faium, no Egito (…)”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 197-198.

O Embrutecimento da Matéria

A matéria não é mais que a força mental coagulada. Para exprimir isto os cabalistas comparam o Espirito a um pedaço de estanho, que em contato com o calor (Amor divino, Luz divina, Æsch) – derrete, se sutiliza e purifica; porém, estando afastado desse calor, endurece, condensa-se e cai na matéria (mentira da sensibilidade reflexa). ”

Três Iniciados. O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia. Editora Pensamento: São Paulo, 2018, pág. 20.

Médiuns Somos Todos Nós

“Vemos a mediunidade em todos os tempos e em todos os lugares da massa humana. (…) Médiuns somos todos nós, nas linhas de atividade em que nos situamos. A força psíquica, nesse ou naquele teor de expressão, é peculiar a todos os seres humanos, mas não existe aperfeiçoamento mediúnico sem acrisolamento da individualidade.”

METALURGIA
Acrisolar: tirar as impurezas de (metal precioso), purificar no crisol; copelar.

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 11-18.

Purificação

“(…) A partir do primeiro contato com coven é necessário um ano inteiro até que o aspirante a bruxo chegar ao ponto de iniciação. Este tempo necessário, do ponto de vista da Arte, para separar o joio do trigo; aqueles que estão sinceramente interessados na bruxaria como religião, em oposição aqueles que tem todas as ideias erradas sobre ela.”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 122.

Resumo do Processo Iniciático

“Primeiro, vem a separação.(…) A purificação, interna e externa, (…) A morte simbólica (…) Depois de receber o novo conhecimento, o iniciado renasce.”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, pp. 121-124.

Dissolução, Transcendência ou Transmutação

“É assim que se alguém – em qualquer sociedade – assumir por si mesmo a tarefa de fazer a perigosa jornada na escuridão, por meio da descida, intencional ou involuntária, aos tortuosos caminhos do seu próprio labirinto espiritual, logo se verá numa paisagem de figuras simbólicas (podendo qualquer delas devorá-lo), o que não é menos maravilhoso que o selvagem mundo siberiano do pudak e das montanhas sagradas. No vocabulário dos místicos, esse é o segundo estágio do Caminho, o estágio da “purificação do eu”, em que os sentidos são “purificados e tornados humildes” e as energias e interesses, “concentrados em coisas transcendentais”; ou, num vocabulário mais moderno: trata-se do processo de dissolução, transcendência ou transmutação das imagens infantis do nosso passado pessoal. Em nossos sonhos, os perigos, gárgulas, provações, auxiliares secretos e guias ainda são encontrados à noite; e podemos ver refletidos, em suas formas, não apenas todo o quadro da nossa presente situação, como também a indicação daquilo que devemos fazer para ser salvos”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 105.